Lawren J.
— Hoje eu sei que posso ter o que quero, e ninguém mais vai me fazer sofrer — ela diz se olhando no espelho orgulhosa do que vê e coloca seu colar favorito de rubi e cristal que custam uma fortuna, presente que ganhou de seu falecido marido.
•Lembranças•
— Mamãe eu não quero ir para aquele lugar novamente. — A criança lamentava puxando a barra da blusa de sua mãe que já estava ficando sem paciência.
— Você não tem que querer nada pirralha, eu preciso de dinheiro e você vai lá conseguir para mim — a mulher coçou o cabelo engrenado e sujo nervosa por conta da imensa vontade de usar crack — anda... anda vai logo e não demore — ela disse empurrando a garota para seguir seu caminho.
A pequena garota de oito anos olhou para trás em direção à mãe que ficou no barraco de madeira, com os olhos marejados de lágrimas que clamavam segurança, seus grande olhos verdes irradiava medo.
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Ao chegar no lugar, que por sinal sempre estava cheio de homens bebendo e jogando, o medo da pequena criança só aumentou. Ela caminhou vagarosamente pelo lugar até avistar uma mesa com vários homens já bêbados e a maioria fumando cigarros e murmurou de cabeça abaixada pedindo dinheiro mas devido ao alto barulho de conversas e risadas dos demais no recinto, ninguém a ouviu.
Então a pequena pensou em ir embora dali o mais rápido possível, mas sabia que se não chegasse em casa com dinheiro sua mãe lhe bateria como se fosse um saco de pancadas e assim criou coragem e ergueu a cabeça, observou as pessoas e então falou mais firme.
— Será que os senhores poderiam me dá um pouco de dinheiro? — diz mais alto, a garotinha força um sorriso e os homens da mesa param a conversa e a olham.
— Dinheiro para o que meu docinho? — Um velho barrigudo de dentes amarelados diz sorrindo — Venha cá — a pequena vai até ele - Você tem olhos grandes e bonitos sabia? — diz olhando a criança da cabeça aos pés.
— Obrigada, você vai me dá dinheiro?
Ele manda ela sentar no colo dele e ela faz o que o homem pede.
— Você deixa o tio Rod passar a mão em você docinho? — Ela apenas acena com a cabeça que sim e fecha os olhos com muito medo ao sentir o homem passar a mão por todo o corpo dela e posteriormente todos os homens ao redor da mesa riem enquanto eles se divertem com a cena de seu amigo tocando o corpo da pequena garota.
Quando ela sai do bar sente-se muito enojada de si, do seu corpo sujo ao toque do homem que por sinal lhe deu bastante dinheiro. Apesar de ser muito pequena, decide que o melhor é fugir e assim parar de ser explorada por sua mãe para sustentar-lhe os vícios.
Kamila C.
— Hoje eu sei que vou conseguir atingir minhas metas, ninguém mais irá conseguir mudar meus planos — ela diz sorrindo e olhando para as anotações em um dos três cadernos que estão em sua mesa de estudos, determinada de que seu futuro será de grande sucesso e como ela esperou e se preparou para que seria.
•Lembranças•
— Acho que a gente devia brincar agora de esconde-esconde — a filha da melhor amiga da mãe de Kamila diz para ela já entediada de ter que fazer a tarefa de casa.
— Não Normany, eu tenho que estudar e você também — a pequena de seis anos diz para a amiga que não quer estudar e volta a se concentrar em fazer a tabuada da casa do quatro sem precisar contar nos dedos.
— As vezes você é muito chata — Normany diz para a amiga e se levanta — você vai ficar maluquinha da cabeça se ficar somente aí, estudando e estudando cada vez mais.
Apesar de ser muito nova a garota já é bem decidida do que quer e determinada nos estudos. E assim termina a conversa com a amiga que se levantou deixando os cadernos abertos indo em direção ao balanço brincar.
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Após sua amiga ter ido para casa, a pequena Kamila foi tomar um banho e jantar com os pais que lhe perguntou como foi o dia brincando no jardim com a amiga. Ela conta tudo aos pais que não brincou, que apenas ficou estudando enquanto a amiga brincava sozinha.
As vezes mãe de Kamila acha que deveria insistir que sua filha brinque mais e deixe um pouco de lado a determinação nos estudos, afinal, ela ainda é muito criança.
— Kamila você sabe que nós te amamos não é mesmo? — A mãe de Kamila diz e pega na mão de seu marido que murmura concordando e Kamila apenas sorri e volta a comer seu jantar.
Ao terminar o jantar Kamila se despede dos pais com um beijo e sobe para estudar mais um pouco e vai dormir logo posteriormente.
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A Fugitiva ;; Camren (Em Breve)
FanfictionFugir talvez não seja bem ao certo ficar longe, manter distância de algo. Nem sempre é somente isso, e sim fugir de algo que está em você. Fugir dos seus sentimentos, do que você sente. Em A fugitiva, você irá adentrar em um mundo onde tudo é po...