Capítulo 1

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Infância de Luna (Aos seus cinco anos de idade)
Wanessa e Roberto (pais de Luna)

Música:My love-Sia

Enquanto meus cabelos pretos e longos brigavam com o vento, eu olhava de minha janela os pássaros que assoviavam sem parar, indicando estarem muito felizes.Procurei saber ou entender o que eles queriam dizer, pois minha mãe me disse que pássaros quando cantam é sinal de que algo muito bom estava para acontecer.

Ainda em meus pensamentos ouvi a porta de meu quarto ser aberta e logo minha mãe começou à falar:

-Luna querida, se continuar a observar os pássaros vai se atrasar para a aula.

Virei para ela e dei um sorriso compreendendo,mas não me contive e perguntei:

-Mãe? O que os passarinhos estão querendo dizer nas suas músicas?

Ela saiu do lado da porta e veio em minha direção, abaixando para ficar na mesma altura que eu.Sorrindo falou:

-Acho que eles querem dizer que ééé...

Ela parou de falar e ficou me olhando com uma cara estranha, uma expressão de brincadeira.

-O que é mamãe? O que eles querem dizer?

Perguntei já eufórica.Mamãe começou a rir e gritou:

-Eles dizem que é para fazer cócegas na Luna! !!

Não deu tempo de correr e mamãe começou à fazer cócegas em mim, sem parar.

-Maaeee .....paraaaa, ta doeendoo..

Eu ria descontroladamente até que ela parou ainda sorrindo, pegou algo de sua calça e quando vi, percebi que era uma pulseira com vários pingentes de pássaros prateados.

Mamãe pegou meu braço e colocou a pulseira e me olhou fixamente:

-Filha, isso aqui é para você se lembrar do quanto eu te amo e mesmo que possa acontecer algo eu sempre estarei aqui.

Ela falou apontando para o meu coração.
Fiz uma cara estranha tentando entender o porquê que do nada ela falava coisas desse tipo.Mas logo disfarcei.

-Obrigada mãe!

A abracei, ainda admirando a pulseira.

-De nada meu amor. Agora pegue sua mochila e vamos. Não quer se atrasar logo no primeiro dia de aula né!?

Balancei a cabeça em negativa e fui pegar minha mochila brilhosa.
Acompanhei minha mãe pegando na sua mão.
Saímos de casa e como todos os dias fomos andando até a escola.
No caminho comecei a cantar, e quando cheguei em frente a escola dei um beijo em minha mãe e fui para a minha sala.

De cabeça baixa apenas ouvindo a gritaria de outras crianças entrei na minha sala, já vendo a professora Laura de música e todos os meus colegas sentados.

-Olá Luna. Seja bem vinda novamente. Sente-se querida.

Ela falou apontando à uma última cadeira no canto da parede.Aquele era o meu lugar.Distante de todos.Assenti à professora e fui sentar.
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Já no término da aula, esperei todos saírem para eu ir embora. Peguei minha bolsa e corri para fora da sala, passando pelo corredor não vi Maicon, ou melhor, o pé de Maicon, que de propósito me fez cair de cara no chão sujo, machucando minha boca.Comecei a sentir gosto de sangue e as lágrimas que estavam prestes à cair.Mesmo não querendo, me levantei.

Azul   ImortalOnde histórias criam vida. Descubra agora