Leon permaneceu sombrio no trajeto do UBER até o seu apartamento, em São Paulo, insatisfeito com o resultado de sua viagem de negócios ao Canadá e com sua decisão impulsiva.
No entanto agora era tarde demais para mudar de ideia. Em casa, tirou o terno feito sob medida, comprado especialmente para a reunião com Eduardo, e foi para o banheiro. Depois de tomar banho e aparar a barba, vestiu jeans e uma camiseta, indo preparar um café da manhã decente.
Leon comeu ovos e batata na varanda coberta de sol e com uma linda vista do bairro residencial da cidade.
A varanda fora um dos motivos para Leon comprar o apartamento. O ambiente cheio de árvores o tranquilizava, descobriu. Gostava de sentar lá à noite, depois de um longo dia de trabalho no computador, bebericando café, ou em momentos mais festivos... A sua deliciosa Coca-cola Vanilla. Todavia, agora nada o acalmava.
Comeu depressa, antes de ir encontrar seu melhor amigo — e empresário. Pensou em qual seria a reação de Bruno. Leon suspeitava que ele apoiaria a sua decisão pouco convencional. Bruno podia parecer conservador, mas no fundo não era. Não se pode ser CEO de uma empresa internacional antes dos 40 anos sendo humilde e amigável. Bruno tinha o seu lado implacável, especialmente para fazer dinheiro. Se o esquema de Leon desse certo, os tornaria ricos.
Cinco minutos depois, Leon vestiu sua jaqueta preferida, de couro marrom, sua boina de couro que fazia o par perfeito da jaqueta e saiu. Após uma hora, estava sentado no escritório de Bruno.
— Como "não viu Eduardo"? — O tom de Bruno era confuso. — Pensei que tinha marcado a reunião antes de viajar.
— Infelizmente, ele teve que sair da cidade no dia em que cheguei ao Canadá. Deixou desculpas. Uma emergência familiar.
— Inferno, Leon. Que má sorte do caramba.
— Com certeza. Encontrei o diretor-gerente dele. Ele me garantiu que a SoftwareBillada está muito interessada em meu novo programa de antivírus e anti-spyware.
— Com certeza estão. — falou Bruno secamente. — É brilhante.
Leon concordava com Bruno. Era brilhante, especialmente por poder rastrear a origem do vírus — ou espião — e contra-atacar sozinho. Desde que começara a trabalhar na montagem do programa, Leon soubera que a sua modesta e relativamente pequena empresa de software, na Alemanha, não tinha força suficiente para fazer justiça ao produto. Precisava de uma empresa mais sólida, com política de marketing capaz de lançá-lo mundialmente.
Depois de fazer uma busca atenta, encontrara a SoftwareBillada, uma empresa de software com o núcleo no Canadá, relativamente nova, com um ótimo apelo no mercado e também a reputação de oferecer generosos contratos a criadores de novos programas e jogos, pagando uma porcentagem a cada venda do produto ao invés de uma quantia fixa.
Após algumas negociações não muito bem-sucedidas pela Internet e por telefone, Leon voara para o escritório central da SoftwareBillada na América, com o intuito de conhecer pessoalmente o dono. Durante os dois dias de estada, esperava conseguir de Eduardo um contrato. Certamente, não contava com o que tinha acontecido.
— Não consegui um contrato — admitiu. — No entanto, o que obtive foi a oferta de uma possível sociedade.
— Sociedade! — exclamou Bruno, excitado. — Com Eduardo Benvenuti? Você deve estar brincando. Aquele homem é uma lenda nos negócios. Tudo o que ele toca, vira ouro. Uma sociedade com ele vale milhões.
— Na verdade, bilhões. Se eu puder fechar esse acordo, os seus 15 por cento da minha pequena empresa tornarão você ainda mais rico do que já é.
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Contrato de Casamento - Leon e Nilce.
FanfictionLeon um jovem pegador, solteiro e empresário no ramo virtual está prestes a se tornar sócio de uma das maiores empresas do ramo, contudo há um pequeno problema. O dono da empresa só aceita homens casados como sócio. E agora Leon? Como será? Acompan...