Capítulo 7 - Por quê você nunca diz... NÃO!?

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- Nilce! Afinal! - exclamou Alanna. - Passei a manhã toda esperando você me ligar. Bom, ainda são dez horas. Então, o que aconteceu depois que saímos? Sim ou não?

- Sim ou não, o quê? - provocou Nilce.

- Por Deus, sua víbora, não me atormente. Dá para notar que algo aconteceu. Você parece muito animada para todos os nossos es­forços terem falhado. Quero saber cada detalhe.

Nilce riu. Nunca contaria cada detalhe. Ela podia viver com o fato de Leon ter se rendido. Mas não queria que alguém mais soubesse.

Mesmo assim, não precisava negar que ela e Leon tinham se tor­nado amantes. Provavelmente, ele se vangloriaria com seus amigos.

Afinal, ela era uma conquista! Houvera algo que ela não permi­tira a ele na noite passada? Se houvesse, ela não conhecia.

- Certo - admitiu. - Todos os nossos esforços funcionaram. Leon e eu fomos para a cama na noite passada.

Ah, que maneira gentil de colocar as coisas, considerando que as escapadas deles não tinham exatamente se resumido à cama.

- Eu sabia! - exclamou Alanna. - Jeff disse que ele não seria capaz de resistir a você. Que Leon e celibato não combinam.

Nilce franziu o rosto. Embora soubesse que Leon nunca seria a sua primeira escolha como parceiro, ainda não queria pensar que fora apenas por frustração que aceitara a sua oferta de sexo.

- Então, o que acha dele agora? - insistiu Alanna. - Gosta um pouco mais dele?

Nilce riu forçado. Devia saber que Alanna começaria com as perguntas e que ela e Glaucia tinham esperanças.

- Creio que sim, mas, nada temos em comum.

- Os opostos se atraem, você sabe.

- Atração não é o suficiente, Alanna.

- É um começo. Você acha que com o tempo pode se apaixo­nar por ele?

- É improvável.

Talvez sexualmente obcecada, viciada no corpo dele, sim.

Se apaixonar? - Esperava que não. Se autodestruir uma segunda vez por um ho­mem seria suicídio. Porém, Nilce suspeitava que, bem dentro, já estava sobre aquela tênue linha entre ter desejo e se apaixonar.

- Improvável, mas não impossível? - sugeriu Alanna.

- Nada é impossível.

- Onde ele está agora?

- Foi à casa dele, pegar o resto de suas coisas para a nossa per­manência no iate. E comprar alguns suprimentos.

- Mesmo? Que tipo de suprimentos? Glaucia disse que a cober­tura tinha tudo o que vocês precisariam para uma curta estada.

Nilce não podia confessar serem preservativos, pois aquilo levaria a mais perguntas embaraçosas.

- O jornal de domingo - respondeu. - E leite. Nós dois gos­tamos de leite no café.

- Viu? Vocês têm algo em comum.

- Você é uma mulher de muita fé, Alanna.

- A vida sem fé é horrível. Você precisa ter sempre esperança. Sei o que é viver sem esperança, e cheira mal. Glaucia e eu conversávamos, na noite passada, e achamos que você é o tipo certo de mulher para Leon.

- Deus do céu, por quê?

- Você é esperta, sensual e extremamente sensível. Aposto que até cozinha bem.

Contrato de Casamento - Leon e Nilce.Onde histórias criam vida. Descubra agora