Capítulo 4 - Sushi Town

136 14 17
                                    

— O quê? — O choque fez Nilce levantar. — Você disse com­prar anel de noivado?

— Sim — Leon se levantou de pronto.

— Certamente não é necessário! — Ela não conseguia pensar em ir a uma joalheria com ele, fingindo serem apaixonados.

— Claro que é mulher!! Quando apresentá-la ao Sr. Eduardo como minha esposa, você terá tudo o que a minha esposa deve ter... Isso inclui uma aliança em seu dedo e um guarda-roupa que assombrará os olhos daquele homem do diabo.

— Mas...

— Sem mas, por favor, Nilce. Lamento chamá-la de Nilce, visto que meu bem, meu amor e, imagino, querida, estão fora de cogitação.

— Nilce está ótimo.

— OK! Não se esqueça de me chamar de Leon.

— Não esquecerei. Agora, quanto ao assunto de guarda-roupa...

— Sim?

— Nem sempre me visto assim. Estas são minhas roupas de tra­balho.

— Isso é um alívio. - Nilce não gostou da cara do empresário, e aquele modo como sorria de lado levantando a bochecha.

— Não há motivo para me insultar senhor perfeição!

— Não estava insultando, apenas sendo sincero. O conjunto que você está usando é simplesmente brochante. A cor não combina com você... com seus olhos! É masculino demais.

— Eu pensei que você fosse um gênio da computação, não um consultor de moda. (Quem é você? Valentino?)

— Sou um homem. E sei o que fica bem em uma mulher. O fato de você pensar em usar uma roupa assim fala por si só. Vou levá-la para comprar roupas antes de dezembro, você querendo ou não.

—Tudo bem — concordou ela, pensando que seu guarda-rou­pa provavelmente não tinha as roupas necessárias para um cruzei­ro de fim de semana com colunáveis. — Você está pagando.

— Bom. Isto é uma coisa que gosto em você, Nilce. Sabe qual é o melhor console e o aceita!

Nilce tentou não ficar ofendida. Mas, era um pouco demais ele criticar suas roupas, depois, dizer que a única coisa que gosta­va nela era seu lado capitalista.

Ficou tentada a atirar nele que o único motivo para fazer este acordo horrível era a devastadora situação financeira de seus pais.

O que a fez lembrar.

— Preciso fazer uma rápida ligação antes de sair.

— Certo. Esperarei no carro. Está aí fora. É preto, com a placa MARTINS.

E saiu, antes dela conseguir pensar num comentário amargurado.

Revirou os olhos, pegando o telefone. Enquanto apertava as teclas, pensou no que diria à sua mãe.

Nada, decidiu, até que o primeiro milhão estivesse no banco.

Assim, era melhor se acalmar. Ou o seu futuro benfeitor pode­ria desistir do acordo.

Se ele queria comprar um anel de noivado, ótimo. Se queria comprar um guarda-roupa novo para ela, ótimo também.

— Sou eu mãezinha — falou, quando sua mãe atendeu. — Algumas boas notícias. Afinal, consegui outro cliente.

— Isso é bom. Ele é rico?

— O bastante.

— Bem apessoado?

Contrato de Casamento - Leon e Nilce.Onde histórias criam vida. Descubra agora