Bem-vinda Sara

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- SARA!! - Meu pai gritou batendo na porta.

Acordei assustada corri e abri a porta, meu pai estava com um terno cinza chiquérrimo e começou :

- Sara! Você não veio para almoçar e ainda está atrasada para a sua apresentação para a alcateia! - Falou com um tom de irritação.

- Perai pai ! Já desço. - Bati a porta em sua cara e corri para o banheiro.

Tomei uma ducha em cinco minutos e basculhei o quarda roupas para achar algum vestido, até que acho um vestido azul marinho longo simples mas... Com um mega colar de pedras, salto preto e um cabelo com babyliss feito em um minuto.

- Está linda filha. - Meu pai disse ao me ver descendo as escadas.

- Obrigada, mas porque não me acordou na hora do almoço? - Pergunto pulando dois últimos degraus.

- Você precisa descansar, aliás amanhã é domingo correto ?

- Correto.

- Segunda feira você tem aula.- Ele disse rápido.

Dei um "piti" pro meu pai, mas depois estávamos em sua caminhonete e já podia ver a alcateia toda reunida em uma grande rua cheia de pedrinhas no chão. Já podia sentir o cheiro maravilhoso de bolo de morango e escutar as crianças brincando, é os barulhinhos das pedras enquanto correm.
Meu pai estacionou o carro um pouco afastado e fomos indo em direção à eles que ao nos verem comemoraram, meu pai fez um discurso rápido e percebi que éramos os únicos "bem" vestidos da festa.
Tirei meu salto e corri com as crianças, comemos bolo e quando cansei me sentei ao lado de uma garota ruiva que estavam de olhos em uma garotinha de mais ou menos 10 anos igual à ela.

- Sua irmã?  - Perguntei.

- Sim, a Ellen e você é boa com crianças.

- Ela me analisou.

- Obrigada, sou Elisa.

Conversamos muito e descobri que ela é da minha sala, e que provavelmente vamos ser boas amigas.
Escureceu e as crianças brincaram de esconde-esconde e eu fui procura-lás, digamos que eu sou boa em cheiro chocolate em suas roupas.
Logo meu pai me chamou e fomos embora. Tomei uma banho demorado de banheira e fui comer a macarronada do almoço que meu pai preparou.
Estava ótimo! E fui ver séries na sala enquanto meu pai roncava  (literalmente). Fui me deitar três da manhã e fiquei pensando no bolo e adormeci.
Acordei com meu pai me olhando na porta do quarto batendo uma colher de madeira em uma panela.

- Paaai!  - Resmunguei.

- Levanta, vou falar agora da reunião. - Ele saiu do meu quarto.

Me levantei cambaleando e piscando meus olhos para se acostumarem com a claridade da janela.Tomei uma ducha, fiz minha higiene e coloquei um vestidinho florido e desci as escadas brincando de amarelinha.
Avistei meu pai sentado na mesa comendo panquecas com mel e me sentei ao seu lado pegando uma panqueca e derramando uma cachoeira de mel encima.

- Na reunião conversamos sobre o supremo alfa.

- O que é "supremo alfa"? - perguntei levando uma colher da panqueca em minha boca.

- É o líder de todas as alcateias, a nossa, a Deuses da noite, Lua de Sangue e a do supremo: Fiéis da Lua.

- Então ele é que comanda?

- Sim, ele quer ver como está o seu treinamento, pois ele vem assim que alguém entra em alguma alcateia.

- Então, ele quer ver se eu sei "lutar"? Fiquei meio tensa.

- Exatamente, então por isso eu vou te treinar hoje á tarde.

- Sério? - Digo desanimada .

Ele me olhou com uma cara, e a retirou da mesa indo em direção à floresta.
Terminei de tomar café e subi para trocar de roupa e liguei para minha mãe, conversamos até a hora do almoço.

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Alma Gêmea do SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora