love only.

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TERIA EU VOLTADO????? gente eu fui abduzida por aliens e eles só me soltaram agora

o que eu escrevi aqui tá tão profundo que eu achei petróleo mas infelizmente é a verdade

só queria lembrar que o amor vence tudo então não revide ódio com ódio revide com amor
BEIJO desculpa os erros de ortografia eu sou formada em artes cínicas não em letras


Semana de provas é a verdadeira semana do desespero, um pouco pior se você estiver no terceiro ano. Hoje, sexta foi o último dia, se você andasse pelos corredores você via as olheiras de longe de qualquer um. As da minha namorada por sinal eram as piores. Além de ter que ter estudado ela ajudou metade da nossa sala com a matéria de química que quase ninguém tinha entendido, Lauren é uma menina muito boa mas só quando ela quer.

Depois da luta que foi essa ultima prova nos dispensaram e decidimos não ir para casa, quer dizer, foi decidido pra mim que eu não ia para casa pois essa era a minha maior vontade, mas quem disse que Dinah e Normani deixaram?
Depois da briga que foi pra resolver pra onde nós íamos resolvemos ficar no campo da escola mesmo porque ninguém tinha dinheiro pra nada.

Nos sentamos nos primeiros degraus da arquibancada. Não foram passados nem cinco minutos e Dinah e Normani estavam se agarrando, sim, elas namoram, não,  elas não tem nenhum pudor.

"Ei, porque vocês não vão da uma volta, o campo é tão grande" Lauren disse. Dinah pegou a mão de Normani, que esboçou um sorriso malicioso, e a levou para o outro lado. Eu estava prestando atenção nelas, até que eu me viro para Lauren e ela está com o mesmo sorriso olhando para mim. Hoje não.

"Nem vem, eu tô menstruada" Seu rosto foi de dez a zero em um segundo, soltei uma risada alta e a abracei de lado, ela enfiou o rosto em meu pescoço e eu comecei a fazer carinho em seus cabelos.

E assim passamos por vários minu minutos até o celular de Lauren fazer barulho que tinha chegado uma mensagem, ela pegou o celular da mochila, o desbloqueou e leu a mensagem, eu não olhava para a tela que estava do meu lado, eu olhava ela, as expressões, que não eram nada boas, seu rosto entristeceu e eu queria socar quem mandou aquela mensagem que a fez ficar assim, mas, antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela se levantou e pegou a mochila a botando no ombro, parou a minha frente e me deu um beijo na testa.

"Minha mãe me pediu para ir pra casa, pede pra Dinah te levar depois, ok? te amo." E saiu.

Essa noite eu não dormi direito, Lauren não respondeu nenhuma das mensagens que eu a mandei, encerrou todas as ligações que eu tentei começar. Que merda tá acontecendo.

Já deviam ser umas seis da tarde quando eu resolvi reagir e ir descobrir o que está acontecendo.

Cheguei na casa dela e a porta como sempre aberta, não sei quantas vezes já os avisei disso. Na sala e na cozinha não havia ninguém então fui direto para o quarto de Lauren, nem bati na porta, entrei de uma vez e encontrei a mesma deitada na cama toda coberta, seus olhos assim que encontraram os meus se encheram de lágrimas. Corri e me ajoelhei no chão ao lado da cama, peguei seu rosto com as duas mãos e olhei diretamente naquelas duas órbitas verdes.

"O que tá acontecendo, Lauren? Porque você tá chorando?" Meus olhos já estavam marejados, mesmo eu não sabendo o motivo, ela chorando já me da vontade de desabar junto.

Ela não me respondeu, secou as lágrimas que a ainda caiam e se assentou na cama, me levantei do chão e fiz o mesmo. Peguei suas duas mãos e as pus em meu colo logo começando um carinho.

"Eu não te contei isso porque eu achei que ia parar, que era uma brincadeira de alguma criança de dez anos, mas, não parou e definitivamente não é uma criança de dez anos" Ela respirou fundo, eu sentia em mim a dor que ela estava sentindo. Como eu fui burra de não perceber que estava acontecendo alguma coisa?

"A mais ou menos dois meses atrás eu recebi uma mensagem de um número desconhecido, na mensagem dizia que eu não mereço você, eu não respondi, deixei pra lá mas a pessoa não parou. Ai começaram as mensagens homofóbicas, textos me chamando de lixo, de nojenta e me acusando de ter aliciado a você a ser assim também. Eu não contei pra ninguém, eu me senti fraca, humilhada. Todos os dias essa pessoa me denigre mas eu aguento e finjo que não é nada, mas, ontem eu explodi, eu desmoronei e eu não queria falar com ninguém eu sou queria ficar no meu quarto, sozinha"

Nos duas choravamos compulsivamente. Não conseguia pensar em nada para falar então eu a abracei, forte, como se nossos corpos fossem se fundir. E assim ficamos, abraçadas e em meio a soluços e pensamentos, como o ser humano pode ser tão nojento?

Depois de mais calmas nos separamos, peguei seu rosto e encarei suas órbitas verdes de novo, agora vermelhas em volta.

"Você sabe que tipo de pessoas fazem isso? As que não tem amor, eles não tem amor e não aceitam os que tem de sobra como nos, esse tipo de pessoa nos não temos que ter raiva, nos temos que ter dó e nos temos que mostrar a eles que o amor vence tudo, porque enquanto ele está aí distribuindo o ódio nos estamos aqui sentido o sentimento mais puro que existe, o sentimento que nos deixa imune a esse ódio todo, o sentimento que nos faz diferente deles que nos faz feliz." As lágrimas já tinham voltado mas junto a elas um sorriso. Dois sorrisos de duas almas apaixonadas. Lauren me puxou para um beijo, um beijo calmo, um beijo que dizia eu te amo e sinceramente, dane se os que não gostam, os que sofrem são eles com esse ódio no peito.

ONE SHOTS CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora