- Eu não lembro a última vez que minha calcinha estava seca - Resmungou Alycia jogando sua calcinha no lixo, ri percebendo seu nivel de estresse.
- Você sem calcinha facilita meu trabalho - Disse, enquanto vestia minha roupa depois de transarmos na sacada de um prédio. Sim, isso estava na minha lista.
- Eliza, por favor me deixe entediada com seu sexo, eu não aguento mais me sentir desse jeito - Disse Alycia prendendo o cabelo e fechando os botões de sua blusa.
- Fala isso quando eu tiver com a boca na sua buceta - Disse e Alycia sorriu maliciosamente, segurando meu rosto, mordendo meus labios.
- Eu queria sentar nessa sua boca agora mesmo - Disse, agarrei sua cintura, pressionando seu corpo contra a parede.
- Então senta, me deixa te chupar - Sussurrei, chupando o seio da morena por cima de sua blusa, ela suspirou, mordendo o lábio e segurando um gemido.
- Eu nunca pensei que falaria isso, mas não aguento mais gozar - Disse Alycia, fechando os olhos, tudo que fiz foi me ajoelhar em sua frente, abrindo ainda mais suas pernas. Então a abocanhei com tamanho desejo, ja sentindo seu gosto escorrendo pela minha boca.
Há exatamente um mês e três dias, Alycia demonstrou algum tipo de reação, quando os médicos acharam que tudo estava perdido, lá estava ela. Durante aquela semana ela apresentou um bom desempenho, falando que a morena poderia acordar a qualquer momento.
- É realmente raro os casos de algum paciente acordar depois de um mês ou mais em coma - Disse a doutora Ellis, uma mulher com seus 30 anos, estava ali todos os dias e rezava ate mesmo por mim.
- Você acha que ela vai ficar bem? - Perguntei tentando ignorar as lagrimas e o nó na garganta que ja me sufocavam.
- Sua mulher é uma guerreira, esta apresentando resultados muito bons para alguém que esta tanto tempo parada. Minha preocupação é quando acordar, ela aparentemente esta bem, mas existe sequelas e não sabemos como ela apresentou na cirurgia. - Disse Ellis, beijei a mão de Alycia, soltando um suspiro.
- Ela é o amor da minha vida - Disse, encarando seu rosto palido, deixei que as lagrimas caíssem, um tanto frustrada - Eu a amo tanto, eu nunca pensei que... por favor me prometa que ela vai ficar bem. Eu não aguento viver sem ela.
- Eu não posso prometer isso querida, mas existe 80% de chances que ela vá acordar e as fisioterapias caso ela tenha alguma sequela. Estamos todos torcendo - Disse Ellis tocando em meu ombro, assenti, deitando a cabeça no braço da Alycia.
- Por favor, acorde logo, eu não aguento mais viver sem você.
- Eu te amo tanto que dói pra respirar - Disse Alycia no meio de lagrimas, ela me olhava com tanto medo que nunca fui capaz de vê-la daquela forma - Me prometa que nunca mais vai fazer isso!
- Eu prometo, me desculpa - Disse e Alycia me bateu, ainda chorando.
- Aquele carro poderia ter matado você, como esta tao calma? Merda!
- Eu te amo e estou aqui viva, fique calma - Disse, puxando a morena para os meus braços.
- Eu não posso viver sem você, me entende? Eu não posso!
Cinco de dezembro, sexta feira, a fina chuva caia pela janela. Não lembrava a última vez que estava feliz, meus últimos dias se resumiam em café e lagrimas. As amigas de Alycia estava o tempo todo no hospital, Raven e meus amigos do trabalho tambem vinham ver, mas nada se comparava aquela dor de estar ali todos os dias.
Seis de dezembro, sabado, ainda chovia fraco, pensei que aquilo só poderia ser minhas lagrimas, seria Deus chorando por mim? Meu coração se apertava, não iria aguentar ficar o natal sem ela.
Sete de dezembro, domingo, me levantei da cadeira desconfortavel para pegar o café que ficava no corredor ao lado, era a única vez no dia que deixava Alycia sozinha. Prendi o cabelo que ja me incomodava de grande, soltei um suspiro e beijei sua testa antes de ir.
- Bom dia, senhora Griffin - Disse Ellis um tanto animada e eu apenas forcei um sorriso como de costume, estava vivendo os piores dias da minha vida.
Fui andando calmamente ate o corredor, peguei uma garrafa e enchi de café, era o suficiente para me manter acordada. Estava voltando para o quarto, assim que abri a porta, deixei a garrafa cair fazendo um barulho assustador, mas não tão assustador ao ver Alycia com os olhos abertos.
- Verde é minha cor favorita - Disse e Alycia revirou os olhos, selando nossos labios.
- Você sabe que ja me conquistou né? Não precisa me bajular - Disse Alycia me enchendo de beijos pelo pescoço.
- Mas eu to falando serio, eu amo seus olhos, é minha coisa favorita em você
- E se eles fosse preto?
- Eu iria ama-los, eu amo essa expressao, o seu olhar como se enxergasse minha alma, eu amo tudo em você. - Disse, a garota deu um sorriso timido ainda me olhando.
- Terra e Mar - Disse Alycia, no inicio olhei confusa, mas logo percebi que ela falava dos seus olhos terra e meus olhos mar, abri um sorriso e a beijei apaixonadamente. Jurei a mim mesma que jamais iria esquecer o seu olhar.
ALGUEM ACORDOU AAAAA
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Enchanted
Teen FictionAlycia passou para faculdade em uma nova cidade, o que significava mudança, vida nova e obviamente um lugar novo. O que ela não esperava era ter problemas com sua vizinha, Eliza Taylor.