Dentro da Prisão

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Hafh narrando

Acordei assustado, não sabia a onde estava, parecia que eu avia dormido a décadas!

" como eu vim para aqui "
A única coisa que eu conseguia pensar.

Eu estava faminto, e sedento.
O cheiro naquele lugar era horrível, era abafado, e sem nem um tipo de cuidado, e nem iluminação, eu não conseguia vem muito bem, as luzes piscavam, e ainda eram fracas, o lugar não tinha janelas, só uns pequenos arcondicionados, então eu me encostei na parede, e tentei ver alguma saída, mas não via nada.
- Tem alguém aí ? - Eu perguntei baixo.
- Finalmente você acordou em! - Uma voz feminina disse.
- O.. olá, quem é você ? - Eu disse desconfiado.
- Olá meu nome é Renata, mas pode me chamar de R.
- Olá. - Outra voz baixa disse.
- Oi, quem é você ? - Disse mais assustado ainda.
- Meu nome é Arthur, e o seu ?
- Eu me chamo Hafh.
- E então Hafh, foi sequestrado também ? - R disse.
- Bom, eu não sei, não consigo me lembrar de nada que aconteceu nos últimos dias.
- Há, com certeza eles te deram alguma injeção para que se esquecesse o caminho até aqui. - Disse Arthur.
- Até aqui ? Oque é aqui ? - Disse assustado.
- Aqui é hospício. - Disse R rindo.
- Estou falando sério, quanto tempo estou aqui ? E oque é aqui ??
- Aqui é o seu pior pesadelo Hafh, nos aqui somos comigo bichos, onde eles fazem experiências. - Disse Arthur triste.
- Como assim experiências ?
-  Eles querem nos transformar em seres humanos super evoluídos, mas ainda estão em fase de testes, e precisam de cobaias, mas raramente alguns que são trazidos aqui se destacam, e viram queridinhos Hargous, mas não se engane, você para ele só será um super humano, que o servirá.- Disse R.
- Mas, quem é Hargous ? - Eu disse confuso com todas aquelas informações.
- Ele é o Deus, ou pelo menos se acha um Deus! - Disse Arthur.
- Mas até hoje nunca os vimos, não sabemos como ele é. - Disse R.
- Vocês já passaram por essas experiências ?
- Sim, todos aqui. - Disse Arthur.
- Todos ? Tem mais alguém além de nós ? - Eu disse confuso.
- Há pelo visto você não olhou em volta não é mesmo, a mais selas aqui, muitas pessoas aqui não saíram com vida. Ficamos sabendo que Hargous está selecionando os melhor humanos que tiverem aqui, mas ainda não sabemos o porque. - Disse Arthur.
- Como vocês ficam sabendo disso ? - Eu disse.
- Os diábolos nos avisam quando vai acontecer algo. - Disse Arthur.
- Meu Deus , oque é diábolos ??
- São os queridinhos de Hargous. Foi ele quem os criou, mas também tem alguns soldados humanos no meio, que as vezes nos confundem. Os diábolos mudam de forma dependendo da seu humor. Então te digo, por favor não os provoque!
- Como são essas experiências ? - Eu disse.
- São horríveis, mas muitas delas nós não vemos, eles nos fazem durmir. Mas depois voltamos cheios de cicatrizes. - Disse Arthur.
- As punições também são cruéis. - Disse R me mostrando uma cicatriz enorme na perna.
- Meu Deus oque fizeram com você ? E oque você fez ?? - eu disse apavorado.
- Provoquei um diábolo. E então eles me fizeram durmir, e quando voltei já estava assim. - Ela disse olhando para a cicatriz.
Eu já não sabia mais oque pensar, era tantas coisas, e eu tinha que aceitar isso mesmo não querendo, será que eles iriam me matar ?...
Um barulho interrompeu meus pensamentos, um homem alto, forte,  com um enorme corte da testa até a orelha abriu uma grande porta que iluminou todo aquele lugar a onde eu estava, ele colocou algumas bandejas de comida em cada sela.

Quando ele parou em minha sela, me encarou, de uma forma que me deu medo. Ele percebeu o meu medo, e quando se virou, eu pude ver um leve sorriso em seu rosto.

- Esse é um diábolo, a sua cicatriz foi em uma briga com outro aqui dentro, os dois se estranharam e começar a briga. - Disse Arthur.
- Pois é, nós assistimos de camarote. - Disse R brincando.
- Vamos comer. - Eu disse.

Aquela comida era horrível, tinha gosto de vômito. Parecia que quem a fez misturou tudo oque tinha pela frente junto com algumas meias sujas. Mas era a única coisa que tinha para comer ali, eu tinha que aceitar. Arthur e Renata parecem ter se acostumado com aquela "comida".
Após comermos eu me sentei perto de Renata, que não pude deixar de perceber que ela era linda, tinha os cabelos enormes, olhos pretos igual bulicas brilhantes, pele branca igual neve, acho que porque não via a luz do sol a muito tempo, estatura alta, muito muito delicada.
- Quanto tempo você está aqui ? - Eu disse me sentando ao seu lado.
- Já faz um ano. - Ela disse.
- Uau, como aguentou todo esse tempo aqui ? - Perguntei assustado.
- Eu foi obrigada. - disse ela um pouco triste.
- E sua família ?
- Digamos que eu e minha família não tínhamos uma moradia fixa, íamos de cidade em cidade, vivendo da nossa arte, mas em algum dia que eu não me lembro qual, um homem ficou revoltado com meus país, e quando chegou a noite ele colocou fogo em nossa tenda, meus pais estavam dormindo, mas eu e meu irmão estávamos encima de uma árvore olhando as estrelas como sempre fazíamos, era distante da nossa tenda, eu e meu irmão não vimos, e quando vimos era tarde de mais. - Ela disse choramingando.
- Não foi sua culpa a morte deles R, e eu sei que eles não te culpam por isso. - Eu disse lhe abraçando.
- Mas é seu irmão ? Onde ele está ?
- Bom, ele foi sequestrado junto comigo, eu ja o vi aqui dentro 2 vezes, mas não pude conversar com ele.
- Qual o nome dele ?
- Gabriel.
- Há sim, quantos anos vocês têm ?
- Eu tenho 18 e Gabriel 19.

"Era tanta coisa que avia acontecido, com uma garota de apenas 18 anos."
Pensei.

- E você ? Quantos anos tem ? E deixou alguém importante para trás ? - Ela me disse olhando para baixo.
- Eu tenho 18 também. Sim, meus amigos e minha mãe. Aliás quantos dias eu estava desacordado ?
- Já fazia 3 dias. Até achamos que você tinha morrido.
- Eu também pensaria isso. - Disse rindo.
- E você Arthur ? - Eu o perguntei.
- Eu oque ?
Quanto tempo está aqui e quantos anos tem ?
- Há, estou aqui a um ano e meio. E tenho 20 anos. - Ele me disse sem desviar a atenção para mim.
- Como vocês aguentaram ? Digo... sem serem mortos? - eu perguntei.
- Nós somos o tipo de super humano que eles querem, nós já resistimos a muitas coisas que eles nos submeteram. E a muito tempo eles não colocavam ninguém na nossa sela, ninguém entrava mas também ninguém saía, e eu acho que se está aqui nessa sela conosco é porque agradou alguém. - Disse Arthur.

Logo depois que Arthur disse isso, uma sirene tocou, e uma fumaça começou a subir por nossas pernas.

- Algo irá acontecer hoje. - Disse R.
- Oque ? - Eu disse.
- Só vamos descobri após nós acordarmos. - Disse R.

Como ali era tudo escuro, Não dava para saber se era dia ou noite, simplesmente nos programavam para fazer oque eles quiserem, até mesmo durmir na hora que eles sentissem vontade.  E então tudo apagou, não vi mais nada.

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