Na Mata

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Luna narrando

- A onde está nossas coisas ? - eu perguntei a Benjamin.
- Está na sala.
- Ótimo, vamos logo.
Ok, vá chamar as meninas. - Benjamin falou.

Desci as escadas rápido.
Sther já estava de pé arrumando suas coisas. Mas ainda não tinha visto Cris.
- Onde está Cris ? - Perguntei a Sther.
- Já está vindo, se acalme.
- Estou tentando.

Então logo Cris e Benjamin apareceram na porta, estávamos todos prontos.
Nos despedimos de dona Elizabeth.
- Boa sorte crianças, e tomem muito cuidado!
- Pode deixar dona Elizabeth, nós nos cuidaremos. - Disse a abraçando.
- Luna, venha aqui, preciso falar com você. - Elizabeth me disse.
- Oque foi dona Elizabeth ?
- Pegue esse cordão, muitos dizem que é para dar sorte, e outros falam que ele te protege, então espero que faça os dois! - Ela me disse sorrindo.
- Ah, muito obrigado! Não vou tirar do pescoço. - Disse dando um belo sorriso.

Que cordão lindo, ele tinha duas cordas que davam a volta no pescoço, com uma pedra azul pendurada na ponta toda envolvida com os fios da corda. Espero mesmo que ele me de sorte e me proteja, pois vou precisar.

Saímos da pensão e andamos até sair da cidade, o lado norte de Sangramento, não era literalmente o lado norte, mais sim o nome do lugar.

O lado norte, era de dar medo, tínhamos que adentrar uma floresta enorme, até acharmos esse lugar onde Hafh  estava. Dona Elizabeth já avisa nos avisado, que nessa floresta a coisas que não devemos nem sonhar em atravessar seu caminho. Todo cuidado era pouco, nos sabíamos que teríamos que passar a noite na mata, mas não sabemos oque nos aguarda.

- Preparados ? - Cris disse.
- Não, mas temos que ir. - Eu disse.

Então todos nós fomos entrando naquela floresta, caminhamos por um bom tempo. Benjamin colocou pedaços de roupas em algumas árvores para podemos voltar embora depois de acharmos Hafh.
Decidimos parar um pouco para podemos descansar e comer algo.

- Tomara que nós já estejamos perto desse lugar. - Disse Sther, devorando seu sanduíche.
- Digo o mesmo. - Eu disse olhando para baixo.
  Ouvi alguem passar longe da gente, me levantei rápido, olhei para todos os lados mais não vi nada.
- Vocês estão vendo algo ? - eu perguntei em um sussurro.
- Eu vi alguém passando por ali. - Disse Cris pegando uma faca e apontando para uma árvore.
- Eu não quero fazer mal a vocês!! - Uma voz feminina falou atrás de uma árvore.
Não dava para ver quem era, sua voz estava baixa porem firme.
- Saía daí! - Benjamin disse.
Então uma garota saiu de trás da árvore, e se dirigiu para perto de nós.
- Eu só estou de passagem, não quero confusão, me deixem ir. - Ela disse.
- Por que se escondeu da gente ? - Disse Sther.
- Não estou me escondendo de vocês, mas dos diábolos que estão atrás de mim, e logo vão me achar se eu ficar parada por muito tempo.
- Oque ? Como assim ? diábolos ?. - Eu disse tuda confusa com aquilo.
- Não a tempo para explicar.

Então ela começou a subir em uma árvore atrás de sí, era como se ela fizesse aquilo a muito tempo, subia com agilidade, ficou uns três metros acima do chão, e então começou a nós olhar..
- Vocês vão ficar aí ? Subam logo, ele vão chegar Jajá. - Ela disse pegando uma faca afiada de sua bolsa.

Nós não sabíamos oque fazer, ficamos olhando para ela.

- vocês querem morrer ? Subam!

Nós olhamos por algum tempo, então decidimos subir em alguma árvore alta, e esperar oque ia acontecer.
Ela nos deu uma olhada e fez sinal de silêncio, estava tentando ouvir algo.
Derrepente eu ouvi um barulho, de como um cachorro correndo.

E então, eu não pude acreditar no que os meus olhos estavam vendo, era um
cachorro enorme, nunca havia visto algo daquele tipo, suas presas estavam para fora, tinha unhas afiadas, cor preta, ele estava farejando onde estávamos, foi se aproximando da árvore daquela garota que estava olhando para ele fixamente.
Ela nos olhou e fez denovo um sinal de silêncio, mas não pude segurar, eu estava apavorada, e  deixei escapar um gemido, no mesmo momento aquele bicho enorme desviou sua atenção para cima e me olhou no fundo dos olhos, mas no mesmo instante, a menina pegou sua faca e pulou da árvore em cima dele o golpeando na nuca, que caiu desacordado, sua faca ficou cravada nele.
- Me de a sua faca !! - ela disse alto olhando pra mim.
Eu apenas peguei a minha faca e joguei pra ela. Benjamin ja estava no chão e me ajudou a descer.
Ela pegou minha faca e segurou a cabeça daquele ser e fez como quem iria cortar.
- Ei ei ei. - Disse Benjamin. Fazendo com que ela o olha-se.
- Oque foi ? - ela falou brava, mas ainda segurando a cabeça.
- Se eu não cortar, ele não vai morrer! - ela disse passando a faca no pescoço dele e arrancando a cabeça fora.
- Meu Deus por que vocês fez isso ? - Disse Cris assustada.
- Esse diábolo não tem coração, se não separar a cabeça do corpo não morre!! Bom, pelo visto vocês não sabem nada sobre aqui. E se querem ficar vivos vão embora! - Ela disse me devolvendo a faca e virando de costas para entrar no meio da mata denovo.
- Nosso amigo foi sequestrado! - Eu disse indo atrás dela. Que me olhou e começou a rir, uma risada sarcástica.
- E vocês acham que vão o salvar ?
- Nós não achamos, nós vamos! - Disse Benjamin se colocando a frente.

Ela então mudou de expressão rápido.

- Vocês não podem simplesmente entrar em uma mata, sem sabem onde vão, e com oque vão lutar, se não fosse eu aqui, vocês teriam morrido no primeiro instante! Oque existe aqui não é da realidade que vocês vivem lá fora! 
- A realmente é que meu melhor amigo foi sequestrado por alguém ou algo, e não importa oque venha, nós vamos enfrentar! Podemos não saber oque tem aqui, mas vamos descobrir e salvar ele! - Eu disse a ela.
-  Esse lugar é perigoso pra vocês! Pelo menos pra quem não sabe se defender, ou nem dos problemas que os aguardam.
- Então, por favor, nos ajude! - Disse Cris.
Eu olhei para Cris brava. Já não tinha ido muito com a sua cara, e ainda mais depois dessa discussão, não podia simplesmente pedir a sua ajuda.
- Não precisamos da ajuda dela.
- Precisamos sim! Ela salvou nossas vidas! Precisamos que ela nós ajude.
- Disse Sther.
- Isso é verdade, a ajuda dela seria bem útil. - Disse Benjamin.
Eu olhei pra ele surpresa, não esperava isso dele, ela ajudou porque quis, eu não pedi nada, poderia ter me defendido sozinha.
- Por favor nos ajude. - Disse Benjamin.

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