capítulo 15

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Dois anos se passaram e aparentemente tudo estava normal, Maite fez as pazes com o pai, mas não voltou pra casa de seu pai, continua morando no seu cantinho de William. Naquela manhã ela acordou abraçada a camisa de William, como sempre fazia, dormia com ela pra sentir a presença dele, se arrumou e foi direto pra galeria. Na próxima semana, iria haver uma exposição de seus quadros, ela não venderia nenhum, pois esses eram pra William, uma homenagem há ele, somente ia expor e tambem porque Anny insistiu muito, se não ela guardaria abaixo de sete chaves.

Mai: bonequinha??

Anny: aqui.

Mai: o que ta fazendo?

Anny: a lista de convidados.

Mai: só chame os mais importantes, não chame ninguém fofoqueiro, pra dizer que tô com depressão e blábláblá.

Anny: kkkkk entendi chefinha.

Mai: boba.

Anny: e vc comeu hj mocinha?

Mai: não, mais depois vou no café e como algo.

Anny: ta muito magra.

Mai: olha quem fala.

E continuaram àquela briga boba, mas nao se largavam, eram unha e carne. Anny acabou saindo pra comprar comida pra ela e Maite, enquanto Mai ficou ajeitando algumas coisas.

Pe: filha?

Mai: oi pai?

Pe: que quadros maravilhosos.

Mai: esses são pra exposição.

Pe: vc ainda não esqueceu aquele rapaz né.

Mai: eu o amo, nunca vou esquecer.

Pe: ele está morto minha filha.

Mai: mais ele vive em mim.

Depois daquela pequena briga com o pai, Maite pediu pra ficar sozinha, Pedro nao entendia, que quando se ama é pra sempre e sempre lembrava ela que William está morto, aquilo chateada muito Maite. Nem esperou Anny chegar com a comida, saiu da galeria e o cheiro do perfume de William estava no ar, sorriu ao imaginar que ele poderia estar ali agora. Seguiu para o lugar onde teria paz e ficaria mais perto de William, o cemitério, muitas pessoas acham o lugar macabro, mais pra ela não, o único lugar que sentia a presença dele de verdade, afinal o corpo dele estava dentro daquela tumba.

Sentou encima da lápide e passou os dedos pela cerâmica.

Mai: ai William sinto tanto sua falta.

Sorriu, fechou os olhos e mais uma vez àquela brisa com o perfume dele tocou seu rosto.

Mai: não deixo de pensar em vc um só dia, seria tudo diferente se não tivesse sido cabeça dura, eu te ajudaria e hoje estaríamos felizes, casados, quem sabe?.

Se levantou e ficoi de frente pra lápide, suspirou fundo e começou chorar.  Aquele dia a presenca viva dele estava mais perto, nao entendia, mas se sentia feliz.

Mai: sabe amor, semana que vem vou fazer uma exposição com os quadros que pintei em sua homenagem, mais não vou vender nenhum, são todos meus, pena qua vc não vai ver, espero que de onde estiver sinta orgulho de mim. Queria tanto te arrancar dessa cova, mais não posso. Nunca esqueça, Eu Te Amo.

**: vc acha mesmo que eu estou aí dentro??

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