Capítulo 3 - O Primeiro Encontro

8 1 0
                                    

O caminhão chegou por volta das 15:00, mais ou menos 10 minutos após minha avó sair. Pensei em ligar para ela só pra ver se ela estava perto e podia voltar, mas me virar e resolver tudo sozinha seria uma maneira de mostrar os meus pais que eu podia ser independente.

Peguei o dinheiro que vovó deixou para pagá-lo e descarregamos o caminhão. Não era muita coisa, apenas objetos pessoais e a maioria de nossas roupas, além do meu piano. Nossa, esqueci de falar o quanto eu amo tocar piano, faz só dois anos que comecei mas já me apaixonei e é um amor que só cresce.

Colocamos as coisas encaixotadas em um canto da sala e o piano no lugar que eu pedira para a corretora reservar assim que solicitamos uma casa. Paguei o moço que fez a mudança e o agradeci por ter sido tão cuidadoso com tudo. Ele foi embora e eu fiquei em pé atrás da porta me decidindo se ia correndo matar a saudade do piano, ou se ia facilitar o trabalho da minha avó e desencaixotar tudo.

Quando dei por mim, já estava sentada e meus dedos deslizavam sobre as teclas do piano provocando aquele som que me enchia de alegria e que eram capaz de expressar meus sentimentos tão bem de uma forma que eu jamais seria capaz de descrever. O ambiente de enchia de uma atmosfera ao ritmo de Fur Elise, composta por Beethoven. E eu sorria e chorava ao mesmo tempo.

Estava tão embriagada de Beethoven que demorei a perceber que alguém patia à porta

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Estava tão embriagada de Beethoven que demorei a perceber que alguém patia à porta. Por um segundo temi que fosse a minha avó que havia chegado e eu não desempacotara nada, mas resolvi secar as lágrimas e ir atender. Antes de abrir a porta dei mais uma olhada para o piano que, naquele momento, era meu único e melhor amigo presente. 

Abri a porta e para a minha surpresa, não era a minha avó, mas era um rosto familiar ao qual eu não sabia dizer de onde o conhecia

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Abri a porta e para a minha surpresa, não era a minha avó, mas era um rosto familiar ao qual eu não sabia dizer de onde o conhecia. Ele segurava o que parecia ser um prato bem embrulhado com papel alumínio. Sua pele era bem clara, seu cabelo era castanho claro e seus olhos tinham a cor do mar da Litorânea. Era bem mais alto que eu e sorriu ao me ver.

- Boa tarde, em que posso ajudá-lo? - Falei um tanto desanimada por ter parado de tocar piano.

- OI - ele disse sorrindo e, meu Deus, aquele sorriso era maravilhoso - eu e minha mãe soubemos que vocês se mudaram agora a pouco para esta casa e ela me mandou trazer essa torta que ela fez como um desejo de boas vindas.

Se Fosse FácilWhere stories live. Discover now