Capítulo 2 - Terra a Vista

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Não posso dizer que nos últimos 6 meses eu fui capaz de superar completamente aquela traição, mas posso afirmar com toda certeza que o pior eu já passei. Assim que pousamos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, eu pensei comigo mesma: "Estar nesse lugar é difícil, assustador e a melhor coisa que já me aconteceu!", já estava mais do que na hora de vestir a armadura e encarar as coisas boas que a vida me oferecia.

 Assim que pousamos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, eu pensei comigo mesma: "Estar nesse lugar é difícil, assustador e a melhor coisa que já me aconteceu!", já estava mais do que na hora de vestir a armadura e encarar as coisas boas que a...

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Eu e minha avó pegamos um táxi e fomos direto para o hotel. Às 00:10 era complicado ligar para casa, todos estariam dormindo, mas mesmo assim mandei uma mensagem só para que se tranquilizassem. Fui logo dormir, a semana seria cheia de trabalhos.

O nosso quarto não era tão grande, mas não era minúsculo. Tinha uma janela e uma sacada que davam para a avenida. Era branco e tinha duas camas de solteiro, como a minha avó havia pedido. O armário caberia nossas coisas, mas optamos por não desarrumar as malas, amanhã ou depois já estaríamos nos mudando. A única coisa de diferente que vi foi uma redonda com quatro cadeiras onde poderíamos fazer algumas refeições. De resto, a televisão e o ar condicionado me pareciam bem comuns.

O despertador do meu celular me acordou às 9:00 e eu não estava pronta para a vida. Nem lembro como eu fui parar naquela cama. Meu cabelo estava horrível, eu me pergunto como conseguem criar uma coisa tão falsa nos filmes, quem acorda com o cabelo no lugar? Certamente essa pessoa não era eu.

 Meu cabelo estava horrível, eu me pergunto como conseguem criar uma coisa tão falsa nos filmes, quem acorda com o cabelo no lugar? Certamente essa pessoa não era eu

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Vovó já tinha puxado as cortinas e pedido o café. Agora ela tomava banho e eu ouvia a água do chuveiro cair, aquilo parecia canção de ninar. Me levantei e fui me arrumar, ou tentar. Metade minha era sono e outra metade tinha ficado na cama dormindo.

Nos arrumamos e comemos, vovó pediu um táxi e fomos ao endereço, que a corretora tinha dado. Era um condomínio repleto de casas que, para mim, pareciam um tanto luxuosas. Foram os meus assessores que me indicaram e se responsabilizaram pela compra, claro que eu é quem pagaria. Não sei se me acostumaria com tudo aquilo, mas ia tentar. Só não queria me tornar uma dessas metidas frescas que gritam por tudo e fazem cara de nojo o tempo todo.

 Só não queria me tornar uma dessas metidas frescas que gritam por tudo e fazem cara de nojo o tempo todo

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A corretora se chamava Tarsila e era uma loira de olhos claros, alta e magra. Ela trajava um terninho branco com uma blusa de cetim roxa e scarpins brancos, talvez para combinar com a roupa. Já eu me vestia assim:

- Essa casa é mais do que maravilhosa, Tarsila

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- Essa casa é mais do que maravilhosa, Tarsila. Você fez um ótimo trabalho. - Falei um tanto admirada com tudo aquilo.

- Muito obrigada. Quando a sua equipe me disse que vocês estavam se mudando e precisavam de um lugar para ficar, pensei logo nesse condomínio. Não seria surpresa para você se encontrar alguém do Projac aqui. - Ela respondeu enquanto eu andava pelos cômodos já mobiliados.

- Quando podemos nos mudar? - Interveio a minha avó na conversa.

- Só assinar esses documentos e vocês já podem se mudar. Rápido assim.

Minha avó verificou e assinou todos os documentos e fomos ao hotel pegar nossas coisas. O caminhão com algumas coisas pessoais devia chegar hoje, então fomos fazer o almoço e esperar por ele. O único problema era que percebemos que não tínhamos comprado nada para cozinhar, então fomos a um restaurante bem perto dali e comemos. Eu voltei para casa para esperar o caminhão que poderia chegar a qualquer momento e minha avó foi ao supermercado comprar tudo o que precisávamos.

Se Fosse FácilWhere stories live. Discover now