Nada se encaixa.

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Acordei com o sol batendo em meu rosto. Parece que hoje o domingo vai ser muito bonito. Espero! Não aguento mais ficar em casa nos domingos.

Eu estava muito feliz, nunca tinha me sentido tão bem assim, tomei um banho bem demorado, vesti a roupa mais bonita do guarda-roupa, e passei meu gloss preferido.

Quando desci para tomar café tia Catarina já havia tomado sozinha, por tanto resolví comer na padaria do shopping.

- Bom dia tia. - Falei com aquele sorriso enorme de orelha à orelha.


- Bom dia! Que belo sorriso. E aonde você vai tão bonita assim? - Perguntou ela bem curiosa.

- Obrigada. Acho que vou tomar café no shopping, e depois passar na livraria. - Falei dando um beijo nela.

  Depois que cheguei no shopping eu fiz como tinha dito pra tia. Mas eu não havia comprado o livro que tanto queria, pois minhas economias já não davam mais.

Na volta, eu avistei de longe um carro parado na frente da minha casa, pensei que era do vizinho, chegando mais perto ví que era o carro da noite passada, aquele do Isacc Alburqueque. A cada passo que me aproximava eu sentia coisas estranhas do tipo: meus pés e minhas mãos gelaram, meu coração batia mas forte e eu sentia borboletas no estômago.

Ele parecia esperar alguém. E pra minha surpresa esse alguém era eu.

- Oi. Você está linda. - Disse ele com um brilho nos olhos.

- Oi, obrigado. Você também não esta nada mal. - Falei tentando ser gentil.

Ele estava mesmo bonito. Usava uma camisa polo azul escura, o cabelo estava arrumado e bagunçado ao mesmo tempo e o  acobreado do seu cabelo brilhava com o sol.

Nossa ele é estonteamente bonito. Mais não posso deixar transparecer esse efeito que ele causa em mim.

- Você deve está se perguntando porque eu estou parado na porta da sua casa, nesse domingo tão bonito. - Ele disse isso olhando tudo em nossa volta.

- É isso passou pela minha cabeça. - Disse sendo sarcástica.

-Bom. Eu vim saber mais de você.  E te chamar pra tomar um sorvete. - Disse ele me encarando

Nossa por essa eu não esperava. Não quero ser grossa.  Mais não tenho escolha.

- Se eu ti falar que eu não gosto de sorvete.- Respondi com mentira deslavada.

- Á gente come uma pizza. Tudo que eu quero é sua companhia. - Ele disse se aproximando.

Não acredito que ele disse isso. Ele é um folgado. Falar que quer minha companhia.

- Você diz isso para todas é? . Eu não quero sua companhia. - Disse isso com raiva de mim.

- Valentina. Eu não vou te agarrar.  Só quero saber mais sobre você. Eu não sou um cafageste, na verdade eu sou um nerd que tem muita dificuldade de aprender as coisas, eu tenho deslexia. Não estou falando isso para você sentir pena de mim. Assim como você eu odeio pena. - Ele disse sendo  absolutamente sincero.

Nossa eu fui uma estúpida, e por cima de tudo magoei ele. Acho que vou dar um voto de confiança para ele.

- Me desculpa. Vamos comer logo essa pizza. - Disse sorrindo.

- Eba. Beleza. - Disse ele segurando um sorriso enorme.

Saí com Isacc Alburqueque foi uma nova experiência. Ele é mesmo inteligente.  Conversamos sobre várias coisas, e uma delas foi sobre sua  faculdade de direito.

Por conhecidencia é o mesmo curso que eu quero. Ele não tem nada de perfeito, ele é bem desastrado. E eu amei isso nele.

Depois da pizza ele foi me deixar em casa. Se comportou como um cavalheiro. Não marcamos de nos encontrar novamente, mais sei que vai ser supresa da parte dele.

O Lado Bom De Ser Eu MesmaWhere stories live. Discover now