Davina Claire é uma adolescente que se muda para Seattle aos dezesseis anos. Acompanhada apenas por Marcel, um antigo amigo de seu pai que decidiu cuidar de Davina após a morte de seus pais, ela terá que se habituar ao novo colégio, à nova cidade e...
Me viro para trás e encontro um par de olhos azuis acompanhados de um sorriso gentil. O rapaz estendeu sua mão e nela estava uma foto, a foto dos meus pais.
"Caiu do seu bolso no meio do caminho". Ele disse e peguei-a rapidamente, quase não permitindo ele terminar sua frase.
"Muito obrigada mesmo" digo-o sinceramente. Se eu perdesse essa foto, eu não sei o que eu faria. Com certeza eu ficaria destroçada porque esse é o único registro dos meus pais que eu posso ter comigo, já que as outras fotos estão com Marcel, agora em algum lugar muito escondido na nossa nova casa. "Você não tem noção do significado dessa foto pra mim".
"Eu imaginei". Ele dá um sorriso sincero e, de repente, parece assustado. "Quer d-dizer, eu acabei olhando a foto" falou atrapalhadamente e eu sorri. "Espero que não se importe". Ele leva suas mãos aos seus cabelos numa forma simpática e atrapalhada.
"Claro que não". Tentei reconfortá-lo ao perceber seu nervosismo. "Eu faria o mesmo" dei uma risada fraca "digamos que sou uma pessoa bastante curiosa". Falei bem baixinho, como se fosse um segredo, desta vez tirando uma risada dele.
"Aqueles são seus pais na foto?"
"Sim, eram meus pais". Em minha voz já não se encontrava tanta força. Pela sua expressão, acredito que ele entendeu o que eu quis dizer.
"Sinto muito". Ele me olha com uma certa pena. "Você se importaria de me dizer seu nome?" Ele me perguntou educadamente numa tentativa de mudar de assunto.
"Davina" digo enquanto aperto sua mão "e você, como se chama?"
"Kol Mikaelson"
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O sobrenome não me parece desconhecido, acredito ter ouvido Marcel dizê-lo em alguma conversa, mas não tenho certeza. Talvez esse seja um sobrenome comum ou seja engano meu de qualquer forma.
"Você é nova por aqui?" ele diz e em seguida limpa a garganta. "Quero dizer, eu meio que conheço todos dessa cidade, então eu percebo quando aparece alguém diferente"
"Sim, eu sou. Acabei de me mudar, na verdade".
"Legal" ele me diz com um sorriso "Tenho certeza que você vai amar esse lugar"
"Eu espero que sim"
"Bom, eu tenho mesmo que ir" ele diz triste. "Então nos vemos por aí". Ele me dá um abraço apertado de despedida. Dou um sorriso esperando que isso seja mesmo possível, gostei bastante dele, quem sabe ainda possamos ser bons amigos...
Continuo meu caminho até o café para analisar melhor a foto e poder finalmente ler aquela carta, afinal foi pra isso que vim aqui. Sinto que esse vai ser meu lugar favorito desse bairro e talvez da cidade. Um sorriso invade meu rosto instantaneamente ao ver a felicidade no olhar dos meus pais na foto.
