- Boa sorte minha filha!- Desejou o senhor Jhonson enquanto Jasmynne se afastava,a garota seguiu direto para a joalheria ali perto,não queria ter que vender o anel,mas era preciso para sair da cidade,era preciso.
- Vim vender-lhe um anel.- Disse quando entrou na joalheria, o joalheiro observou a peça e olhou para a moça sorrindo, mostrando-a um dente de ouro.
- É uma peça muito bonita querida. Dou-lhe 3 mil euros por ela,é bastante para uma peça assim.
Jasmynne nunca entendeu nada sobre peças caras,ou jóias assentiu rapidamente,o homem vendo que enganou direitinho a bela moça sorriu mostrando novamente o dente de ouro.
- Fez um ótimo negócio garota.- Jasmynne entregou-lhe a peça e ele deu-lhe o dinheiro. Saiu apressada após guardar o dinheiro,direto para casa. Estava com pressa para ir embora,antes que ela desistisse, o que o senhor Lourenço dissera para ela também a assustara um pouco.
- Você precisa ir embora daqui Jasmynne. Existem pessoas nessa cidade que querem machuca-la, pessoas ruins,que não ligam para os outros.
Naquele mesmo dia no café,ele prometera ajuda-la caso precisasse. Jasmynne entrou em casa e pegou uma mala deixada por sua tia,que ganhará de uma de suas patroas. Ela não tinha muitas coisas,então guardou somente alguns vestidos e calças, junto com seus 4 pares de sapatos. Colocou também todos os livros que cabiam e seus documentos. Era tudo o que ela tinha. Junto o dinheiro que conseguiu no anel com suas economias e separou um tanto para sua tia.
- Fique com isso tia.
- Não,não querida. Você vai precisar mais do que eu.
- Não titia,fique com isso. Assim que chegar,eu procuro um emprego.
- Lourenço te contou não foi?
Jasmynne assentiu com os olhos brilhando,não sabia que seus pais morreram protegendo-a. Mas agora que sabia devia ser forte e ir embora logo,antes que achassem sua tia.
Mais um motivo para ir embora- pensou ela.
No meio do jantar o telefone tocou,Jasmynne olhou para sua tia que assentiu deixando-a ir atender. A garota pegou o telefone e derramou mais lágrimas ao ouvir aquela voz. Ela também deveria proteger Henry,mesmo que ele a amasse, ela devia protegê-lo,se achassem ele,ela jamais se perdoaria.
- Alô? Jasmynne! Jasmynne!
- Henry...
-- Eu soube que irá embora. Nao vá,eu sei que havia pedido, mas ao menos me diga para onde irá! Vendeu o anel? Espero que sim,se não fez ainda venda-o e use o dinheiro. Não vá.....
- Eu vendi os dois anéis.
Aquela resposta pegou Henry de surpresa e fez o choro de Jasmynne aumentar,ela odiava mentir,mas precisava que ele se casasse e fosse feliz,precisava que ele a odiasse para ficar mais fácil de ir embora.
-- Jasmynne....... você vendeu o anel da minha avó?
- Sim..... e não me arrependo.
Tentou não falhar na voz,mas não conseguiu,Henry percebeu a falha,mas isso não importava, Jasmynne tinha vendido o que lhe tinha mais valor. Isso era demais para ele.
- Não me procure Henry,não quero você na minha vida! Casa-se logo com a mulher que seu pai escolheu. Será feliz com ela,não me espere porque eu não voltarei mais. Nunca mais.
Henry parou de respirar,o ar lhe faltou e ele pensou que desmaiaria a qualquer momento. Não podia ser verdade,embora tudo que ele ouvisse não fizesse sentido, Jasmynne nunca mentiu sobre nada. Nem mentiria agora. Ela o machucou,acabou com seu coração,e ele diminuiu ao tamanho de um grão de mostarda. As lágrimas tomaram sua camisa e seu rosto. Mesmo assim,mesmo depois de tudo isso,ele ainda a amava e pelo jeito que ela falava,sabia que ela ainda amava-o,tinha plena certeza disso. Jasmynne tinha o coração pisoteado por sua mentira e também pelo futuro casamento,ela sabia que era verdade,Henry tentando protegê-la só a machucou mais.
- Adeus Henry.....
- Mesmo depois de tudo o que me falou eu ainda amo voc...
- Nao torne tudo mais difícil Henryque,não acabe com tudo. Use um pouco do seu orgulho....
Escutando aquelas palavras Henry desligou o telefone,ele sabia que ela dizia a verdade, mas não queria admitir aquilo. Olhou pela janela e vou seu pai entrando,perdeu a razão,a emoção,tinha perdido seu coração,perdeu tudo de mais valor para ele. Levantou-se e correu em direção ao pai,que conversava animadamente com sua mãe,sua irmã e James.
- O que você falou para ela? - Henry gritou assustando a todos.- O que você disse para Jasmy aquele dia?- Seu pai notou que era com ele e tentou manter a calma.
- Eu não disse nada dem...
- Eu não acredito! E sei que você falou! Eu vi você lá. Junto com o senhor Lourenço!- Ele gritou mais alto. Se estivessem na rua certamente sairia no jornal do dia seguinte,mas enquanto ele gritava com seu pai,Jasmynne entrava no trem,direto para a França,onde ninguém a acharia.
- Eu só falei a verdade!- Gritou seu pai- e não grite comigo! Eu sou seu pai! Mereço respeito.
-- Pai? Pai? Você é um monstro! Você fez Jasmynne ir embora para sempre! Para sempre! Jasmynne me deixou! O que falou para ela aquele dia? Que eu não a amava? E aquele dia na fonte?- James tentava segurar Henry que desferiu um soco no cunhado. Ele estava com raiva de todos,estava vermelho e seus poros exalavam raiva e frustração,era tudo culpa do seu pai. Culpa dele,por não deixa-lo em paz, por querer acabar com a vida dele.
- Não grite com seu pai Henry!- Sua mãe chamou-lhe a atenção, ela derramava algumas lágrimas enquanto sua irmã socorria o noivo. Kath lançou-lhe um olhar preocupado perguntando se tudo estava bem. Ele decidiu ignorar a mãe e olhou impaciente pedindo a resposta ao pai.
- Sim Henry eu fui vê-la antes de você!- Gritou seu pai.- Eu disse que você não a amava,que era uma paixão jovial,passava rápido! Eu mandei-a ficar longe. Ela me tirou do sério,falando de seus avós, entao eu disse novamente para ela se afastar e fui embora!
As lágrimas de Henry se misturaram com sua saliva dentro da sua boca,seus punhos fechados para não sair e controle e bater em seu pai,sua cabeça balançando em reprovação
- Como pôde? - Perguntou com um fio de voz,o rosto enraivecido de seu pai.- Neste momento meus avos se reviram no túmulo!- Gritou fazendo a expressão de sua mãe ficar chocada.- Porque você nao aprendeu nada sobre humildade com eles!
O pai de Henry deu-lhe um tapa no rosto,mas a única dor que Henry sentia,era aquela dentro do seu peito que queimava por amor e ódio.
- Eu não vou me casar. Expulsa-me de casa se quiser! Eu não me casarei do Charlotte!- Gritou com seu pai.- E nunca te perdoarei.
- Henry meu filho- Sua mãe lhe chamou,ela sabia que o marido estava errado,mas o que poderia fazer? Brigar com ele na frente dos filhos? Henry caiu de joelhos na frente da própria família,ninguém nunca tinha visto ele tão vulnerável. Kath correu até o irmão e James tentava o levantar em vão, Henry era pesado e agora parecia estar muito mais pesado.
- Ela foi embora e não voltará mais.- Henry dizia quase sem voz.- O senhor acabou com tudo o que eu tinha. Tudo. O senhor a expulsou praticamente. Eu nunca disse que me casaria com a Charlotte.
- Por que o senhor gosta de me fazer sofrer? Por acaso eu te fiz algo?
- Meu filho..... Henry,por favo Henry.- Sua mãe o chacoalhava sem parar,seu filho parecia cansado e sem motivos para viver.- Isso irá passar querido, isso irá passar.
- Não mamãe. Eu a amava mais que tudo nessa vida.- Dito isso Henry caiu cansado,seu pai se assustou e sua vontade era abraçar o filho e lhe pedir perdão, explicar tudo,o por que de tudo. Mas ele era covarde demais para se mostrar abatido, pediu a James para ajuda-lo a carregar Henry até o quarto e tentou acalmar a sua mulher dizendo que tudo ficaria bem. Sentiu vontade de chorar,mas nao fez,não porque era um sem coração,mas porque queria se mostrar forte,forte para proteger sua família dos males que ele sabia que corriam atrás de Jasmynne. Estaria ele protegendo os dois amantes? Se não era isso,ele ao menos pensava que era. Afinal,vocês devem estar curiosos para me conhecer,certo? Eu estive acompanhando esta história bem de perto,claro que ninguém sabia que eu estava por perto,mas eu sempre és tive la. Vamos! Coloque a memória para funcionar! Mais saibam, onde tiver uma história boa, eu estarei acompanhando bem de perto.....
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Não Me Abandones
RomanceA história é uma mistura do clássico contemporâneo com os dias atuais,retrata-se no século XX. Um rapaz que veio da burguesia londrina e uma garota simples. Uma paixão nasce entre esses dois jovens. Henry de 21,pronto para seguir com os negócios da...