...Alex??

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... Eram três horas da manhã do dia doze de dezembro de 1996, uma noite fria e úmida numa delegacia no centro de Londres. Na sala de interrogatório haviam duas figuras sombrias, talvez os únicos ainda acordados e sóbrios a essa hora
-Nome? - Perguntou o delegado de forma serena para mascarar o ódio que lhe fervia o sangue
-Mor... É Alex...- (Mentindo) disse o jovem garoto de cabelos negros, longos e lisos.
-Alex... Poderia me dizer como um adolescente rouba mais de 505 mil euros de uma joalheria as 3 da manhã em 45 segundos, sem deixar pistas, pego em flagrante, mas sem nenhum centavo e muito menos identificação?- Disse o delegado já de pé e andando claramente nervoso pela sala branca e vazia.
-Olha senhor...- "Alex" forçava a visão para ler o crachá de identificação do agente da lei.-Olha senhor Holmes, eu realmente não sei como te explicar o porquê de eu estar na frente de uma joalheria com os alarmes tocando e todos os mostruários vazios, as 3 horas da manhã, sem nenhum documento e com bolsas vazias quando seus subordinados chegaram e decidiram me prender.- Disse em um tom notável, porém discreto, de sarcasmo enquanto olhava para o teto.
-É o seguinte pirralho, ou você é um ser místico com poderes magníficos e ligação com bruxaria, ou o maior ladrão desse planeta ou ainda apenas mais um azarado que não me importaria de trancafiar em uma cela pro resto da sua vida, então você pode colaborar e, quem sabe, você pode sair limpo dessa ok?- O delegado olhava firmemente para o rosto do garoto com um olhar sério e penetrante.
-Não tenho nada para perder senhor, por mim já teria morrido com aquela tempestade de vidro na "império de cristal", mas parece que tirei a sorte grande e vocês receberam uma denúncia super conveniente de um assalto numa joalheria durante a madrugada em uma rua comercial de segurança questionável.- O garoto continuava com o olhar perdido direcionado para o teto.
-Tá liberado moleque, mas não pensa que vai se ver livre de mim tão fácil.- O oficial da lei disse sem muita convicção enquanto destrancava e apontava para a única saída da sala, mal sabia ele que estava certo.

Apenas fantoches de uma triste inérciaOnde histórias criam vida. Descubra agora