Elisa e o Resgate de Ares

2. O Trio Espanta Monstro

Tudo bem sou uma garota extremamente anormal.

Acabei de descobri que minha professora, é na realidade Equidna, a mãe de muitos monstros mitológicos. Melissa Tompsons traiu Erick, e eu ainda irei contar a ele que é corno. E que se eu não sair da frente de Equidna agora, irei atravessar o portão da escola de maneira muito cruel e desagradável.

Equidna estava a poucos metros de distância quando Erick me empurra para a esquerda, caindo por cima de mim. Bati a cabeça com uma leve pancada no chão. Rápido dei um soco no estomago de Erick.

- Sai de cima de mim, seu gordo!

Ele se levantou e sacudiu as roupas para tirar o pó da terra.

- Um "obrigado" seria de bom gosto, sabia? - Retrucou de forma calma.

Olhei em direto a Equidna. Ela estava ainda no chão com o rosto enfiado no portão. Segurei Erick pelo o pulso, e corremos para baixa da arvore no centro do pátio da escola. Quando chegamos lá, Erick parecia apreensivo, mas decidir não discutir com ele, ainda estava muito brava com o que houve com a Melissa.

Erick me encarou como se estivesse se arrependendo de algo. "Sua tonta! Ele se arrepende de não ter defendido você àquela hora!". Odeio quando meu subconsciente está certo. Ou errado. Mas no momento, se eu quiser continuar brava com ele, temos que dar um jeito de se manter vivos, sem Equidna nos atacar.

- Qual é o plano? - Perguntou Erick preocupado. Parece que só eu tenho cabeça para isso.

Comecei a analisar a situação. Equidna é um monstro que, com toda a certeza do mundo, é incrivelmente forte, e se quiser, pode acabar conosco a qual quer momento, apesar de, alguma forma ter conseguido bater o rosto em um portão de escola. Eu e Erick não temos sequer força para enfrentar ela.

Comecei a imaginar o que eu poderia usar como defesa, mas não tínhamos nenhuma arma se quer. Foi então que percebi que não é só uma arma de fogo que pode ser usada como defeso. Encostada na arvore, havia uma parte de um tronco e algumas pedras ao lado. Perfeito.

Mais a esquerda, havia também uma grande quantidade de pedras de jardim. O pior, é que as pedras se encontram bem ao lado de Equidna, que por sinal, estava já se levantando.

- Erick, sabe ser um bom arremessador? - Perguntei discretamente.

Ele percebeu a direção que eu estava olhando, e rápido, entendeu o plano.

- Sim, você sabe bem disso. - Ele disse irônico. O que realmente é certo, ele é bom nisso. Quando pequenos quebramos o vidro da janela de um dos vizinhos. Aquele dia foi muito engraçado.

Equidna já erguida nos encarou com uma fúria, que a quilômetros se notava. Ela novamente se preparou para dar o bote. Erick se vira para mim, e percebi o medo estampado em seu rosto.

- Você tem que ficar viva. Essa ideia é maluca, mas se veio de você eu acredito que pode dar certo. - Disse com a voz mais calma que eu imaginava ter em uma situação dessa.

Eu queria abraçar ele, e não soltar mais. Só que Equidna já havia avançado novamente. Rápido peguei o pedaço de tronco e algumas pedras do chão. Se isso não der certo, eu morro.

Erick correu para o local onde se encontrava as pedras que mostrei a ele, e ficou acenando com os braços. Mas não podia deixar que ele me distraísse. Equidna berrava de fúria, eu estremecia de temor.

Sem pensar duas vezes, joguei a pedra em minha mão para o alto. Se eu realmente sou boa em física, três segundos é o suficiente para mim. Equidna estava agora a poucos metros de mim. Mas não se aproximava rápido, acredito estar tonta por ter ido de encontro com o portão. O que me deu uma vantagem boa. A pedra começou a descer.