II

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Acordei com o corpo um pouco dolorido. Tudo por causa daquele golpe que me derrubou no chão. Perda de tempo. Ainda bem que já havia arrumado todas as minhas coisas ontem à noite antes de adormecer. Então hoje só precisei fazer o check out na recepção do hotel e encontrar algum lugar para almoçar. Agora eu finalmente estava livre, podia ir embora da detestável DC e ir para qualquer outro lugar, não importa onde fosse.

Girei a chave da minha Lange Rover e dirigi pela cidade a procura de um posto de gasolina. O que não demorei para encontrar, é claro. Abasteci e parti, mas logo uma pessoa me chamou atenção na calçada e eu diminui a velocidade. A rua estava vazia e o homem de olhos azuis estava sentado sozinho em um banco. Parei o carro em frente à ele e baixei o vidro, o observando. Ele estava vestido de preto da cabeça aos pés, com uma calça skinny e um moletom. Ele tragou o seu cigarro e só então percebeu minha presença ali. Fechou a cara, arqueando uma sobrancelha.

– Essa roupa combina mais com um ladrão do que aquele terno "eu sou um estilista de moda gay" de ontem – comentei, só para incomodá-lo.

Por que eu tinha parado? Bem, a verdade é que eu tinha vontade de matá-lo só por ter me impedido de acabar com a vida daquele desgraçado. Quero dizer, assim que eu o vi ali, sentado com a mala preta ao seu lado, a raiva surgiu com tudo. Porém, logo depois, a parte inteligente acordou e eu tive uma ideia. Ele era um ladrão; E parecia ser dos bons – já que lutava muito bem. Isso deveria ser bom; Eu poderia usar isso de alguma forma.

– Vai falar algo que não seja totalmente inútil? E não que te interesse, mas já avisando, eu sou gay, idiota.  – ele ficou me encarando.

– Bom saber que somos iguais nesse quesito - Admiti e vi o ser de olhos azuis bem claro arquear a sobrancelha direita. - Quer uma carona? – ofereci, já abrindo a porta e saindo do carro – Entra aí.

– E por que eu faria isso? – ele não se moveu, mas mudou seu questionamento logo em seguida – Aliás, por que você iria querer isso?

– Você pode ser útil para mim.

– Não vou fazer sexo com você – ele disse e eu ri.

– Estou falando de suas habilidades – revirei os olhos – Você sabe, não na cama.

Ele bufou e revirou os olhos mas levantou e pegou sua mala. Colocamos a mesma no porta-malas, junto com a minha.

Entramos em meu carro e o homem que estava ao meu lado no banco de carona me encarou.

– Para onde você está indo, afinal?

– Lugar nenhum – dei de ombros e ele riu, dizendo que também estava sem rumo.

Apesar de nenhum de nós dois estarmos indo para algum lugar específico, seguimos em frente, deixando a capital. Eu dirigi em direção ao leste, sem saber exatamente para onde iríamos. A adrenalina de arriscar era boa. Se bem que, pelo que eu vi ontem à noite, não era eu quem estava em risco, mas sim ele. O garoto era bom de luta, mas ainda tinha muito o que aprender. Eu já havia matado muita gente nessa vida.

– Posso pelo menos saber o seu nome? – resmungou – Ou vou ter que ir até o inferno sem saber do que te chamar?

– Segundo o homem que eu conheci ontem à noite – disse – Sou um otário filho da puta.

– E eu sou o anão babaca – ele riu, lembrando – Meu nome é Louis. Louis Tomlinson.

– Harry Styles. - Respondi sem tirar os olhos da estrada.

Logo Louis já tinha adormecido, o que era um tédio. Viajar sozinho é legal, mas não tem nada pior do que aquele tédio enorme quando você está viajando com alguém e a pessoa está dormindo. Dei graças a Deus quando ele acordou, uma hora e meia depois; Mas não porque teria companhia, é só que eu também não havia dormido muito noite passada e eu estava com sono. Pedi para ele trocar de lugar comigo e ele aceitou, mas antes de dar partida, perguntou onde estávamos indo.

– Não sei, Ocean City talvez.

– Não quero ir para lá – ele disse e eu arqueei a sobrancelha – Tenho péssimas lembranças daquele lugar.

– Então vamos para qualquer outra praia, você que sabe.

– Tudo bem – concordou e então voltou para a estrada.

– Espera um pouco – eu disse e ele me olhou de canto – Como eu sei que você não vai me matar enquanto eu estiver dormindo, ou me jogar na estrada e ir embora com meu carro e minhas coisas? Afinal, você é um ladrão.

– Exatamente, sou o ladrão. Eu roubo, não mato. Você é o assassino aqui – o olhei surpreso – Que foi? Pensa que não vi o que ia fazer com JJ?

– Se você sabia, porque veio comigo?

– Não tenho nada a perder. - Sorriu ladino.

***🌈***

Capítulo pequeno, sorry :/

Espero que estejam gostando e se puderem, deem uma lida na minha oneshot larry chamada Temporary Fix. All the love, Thay.

partners in crime (shortfic l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora