Capítulo 4 O Pombo

30 1 0
                                    


Marcela acordou nove horas, desceu as escadas e o encontrou jogado na poltrona, ele à havia virado e estava de frente pra janela da sala, uma janela grande que ficava encostada a prateleira de livros de Marcela, tinha uma caneca meio vazia no banquinho que ficava do lado do sofá.

Ela se aproximou, não disse nada, pois ela entendeu que poderia ter sido por causa do depoimento, mas quando chegou perto ele estava acordado:

_ Eu preciso ir à chácara da minha mãe_ disse ele com uma voz rouca_ ela deve estar vazia agora. Ela se foi a pouco tempo...e nem eu e muito menos minha irmã queríamos ir lá tão cedo, mas preciso ver uma coisa...tem uma árvore na chácara que, bom, eu tive um sonho que teve ela e preciso ver o que aconteceu ali e....

_ Nem vem com historinha, você não vai lá nem ferrando, você não esta bem pra isso, está tenso por causa de ontem e não pode ter decisões precipitadas agora e muito menos sem minha concepção._ela respirou fundo medindo as palavras_ Renato, somos uma só carne você sabe disso, e acho que não seria bom, não agora, você não está bem e indo lá pode acabar ficando pior porque vai se lembrar de sua mãe, e...você estando mal eu também vou ficar, eu preciso da sua força aqui comigo, preciso de você.

Ele a abraçou.

_ Ok. Você tem razão...

_ Ta bom, vou fazer um café e torradas._ e saiu andando.

Ela colocou pó na cafeteira, e colocou água para esquentar, quando estava lavando uma caneca ela o sentiu abraçar sua barriga, com o nariz ele tocou à nuca de Marcela, isso a vez arrepiar.

Ela levantou o pescoço, ele aproveitou a aceitação e foi beijando seu pescoço se aproximando da boca até que ela o beijou, beijo lento, leves mordidas nos lábios e ela não resistiu, se virou, então a abraçou e começou a deslizar suas mãos pelas costas de marcela até sua bunda, onde pegou e a levantou na pia da cozinha sentando-a com as pernas cruzadas em volta de si.

A chaleira apitou:

_ Que droga!_ reclamou ela.

Ele apenas fez uma cara de frustração, pegou a chaleira e colocou a água na cafeteira.

Virou-se para a esposa que o olhava sorrindo serenamente, com parte do cabelo cobrindo um olho fazendo-a parecer ter dezesseis anos ao invés de vinte dois, Nato aproximou-se novamente e beijou-a, mas bem mais leve:

_ Vamos tomar esse café logo,_ sorrindo sarcasticamente, se virando.

Ela sorriu, desceu da pia e pegou na bunda de seu esposo:

_Ou. Que abuso é esse?_ riu.

_ Essa bunda é minha você ta falando o que?_ riu mais alto.

Estava tudo perfeito, Renato esquecera um pouco do pesadelo, Foi apenas um sonho! _ pensara.

O dia seguiu normalmente, depois do café ele resolvera dar um passeio com Safira e Marcela porque a semana toda ela sempre ficava sozinha o dia todo, apenas com seus brinquedinhos.

Depois que tomaram café eles pegaram a guia de safira e saíram com ela pela rua. Iriam até a praça que havia próximo ao bairro onde tinha um grande espaço pra poder soltar ela e ela correr bastante atrás da bolinha rosa dela.

Safira estava empolgada, ficava arrastando Marcela pela rua como se fosse ela que estivesse carregando sua dona. Renato pegou a coleira dela quando chegou à pracinha, comprou um sorvete e esperou-a comer. Ela percebeu pelo olhar dele e se virou de costas com vergonha.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Dec 18, 2016 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

SleepwalkWhere stories live. Discover now