Enfrentando os medos

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"Eu sinto medo, essa é uma das poucas vezes que eu me sinto assim, sem você aqui meu mundo muda, e volta a ser o que era antes, vazio e escuro.
Necessito ver você, nem que seja só uma foto, pois você me completa como eu pensei que nunca poderia ser."

Mais uma vez eu havia escrito uma carta para ele, uma das poucas coisas que achei naquele quarto foi caneta e papeis, nunca achei que poderia escrever cartas sem nenhum intuito de envia-las.

Mesmo que ali não parecesse uma prisão, eu sabia que era. Nada poderia mudar o que eu sou, mas poderia me convencer que eu não sou.

Saudades, medo, solidão, angustia. Esses eram os meus sentimentos mais presentes naquele lugar.

A porta se abriu, e eu estava sentada da escrivaninha, onde eu fiquei depois de terminar a carta que eu escrevia.

A pessoa que entrou era totalmente diferente do que eu pensei que fosse.
Era um homem alto, pele clara, seus olhos eram vivos, como se penetrassem minha alma e a olhasse de cabo a rabo. E ele usava um brinco enorme na orelha esquerda.

- Quem é você?

Essa pergunta saiu involuntariamente dá minha boca, e guando eu percebi, ele já estava a respondendo.

- Chrollo.

Eu em espantei e levantei imediatamente dá cadeira em que estava sentada.

- Então é você que está por trás de tudo isso, e que também está selando esse quarto.

Ele sentou na cama, respirou fundo finalmente disse algo.

- Sim. Sente aqui.

Ele não parecia ser tão malvado como eu imaginava, pensei que ele fosse me matar logo na primeira vez que me visse.

Então aos poucos fui sentando na cama, ainda com medo, eu então fiquei a uma distância razoável dele.

- O que você quer de mim?

Chrollo se aproximou de mim e tocou minha testa.

- Eu posso roubar qualquer habilidade que eu quiser.
E a sua é exatamente a que eu preciso.

Nessa hora eu tomei um susto, nunca imaginei que um dia como esse chegaria.

- Como você sabe dá minha habilidade? Se você sabe dela, então deve saber que ela é perigosa de mais em mãos erradas.

Ele então chegou mais perto e sussurou em meu ouvido.

- Eu sei, e também sei que só uma pessoa pode possui-la, então eu terei de te usar como um brinquedo, para que você faça o que eu mandar.

Seu hálito era quente, e meus ouvidos sensíveis, o empurrei de perto de mim e voltei a cadeira em que estava sentada antes.

- E porque você acha que eu faria tudo que você me mandasse? posso estar com medo, mais não arriscaria a vida de todos no planeta para salvar a minha.

Chrollo caminhou até minha direção e pegou os papéis que deixei em cima da escrivaninha.

- Eu devolva isso! Elas são minhas!

Tentei ao máximo pegar as cartas de suas mãos, mas ele era mais alto que eu, e então não consegui.

- Cartas para seu amor, em? Pena que esse amor não irá durar tanto.

Minha raiva chegou ao limite. Subi em sima dá cadeira e pulei em cima dele. Nós dois caímos no chão, e nesse exato momento nossos lábios se tocaram.

Levantei rápido e peguei as cartas de volta.

- Vá embora daqui! Me deixe em paz e nunca mais volte! ESTA ME OUVINDO?!

Chrollo saiu do quarto, assim eu fiquei sozinha de novo. Mas o que foi aquilo? Não era pra nada disso acontecer, eu amo Killua, e ponto final!

Comecei a procurar um meio de sair daquele hospício, procurei na tubulação de ar, tentei as janelas, tentei cavar um buraco, e nada.

- Como eu vou fugir daqui agora?

Um Amor Impossível 2 - A GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora