Vampiros na cidade

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-Queria saber o motivo de um cara como ele ter o apelido de Tarry.- Leon e eu estavamos sentados em um banco na frante do trabalho de Tarry. Ele trabalhava em uma loja de tenis. Leon colocou uma touca verde escura. Ele dizia ser o " disfarce perfeito" então eu fiquei na minha. Ele ficava tão fofo de touca.

-Não sei.- respondeu. Ele encarava um casal que se abraçava em outro banco.- Quer apostar quanto que aquele cara ali vai pedir aquela mulher em casamento?- comecei a encarar também.

-Como você sabe?- perguntei.

-Palpite.- não demorou muito até o homem se ajoelhar e abrir uma caixinha com um lindo anel na frente da moça.

-----------------------Leon

  Ela olhava aquele casal com ternura no olhar. Acreditava que em algum momento Bela juntaria as mãos ao lado do rosto e falaria " own...que lindo! ". Dito e feito.

-Own...Que bonitinhos!- disse ela. Eu a encarei segurando o riso. - O que foi? - perguntou com um pingo de irritação.- Desculpe por eu ter sentimentos.

-Seu sentimentalismo é ridiculo.- disse.

-Ter sentimentos Leon, não é ridiculo.- rebateu ela.- É ser humano.- ela estava certa. A humanidade era tudo que algumas pessoas tinham. Ser vampiro te possibilitava guardar esses sentimentos ou senti-los com toda a intensidade do mundo. A muito tempo que eu reprimia o sentimento da compaixão e do amor por outras pessoas. Mas Bela quebrou essas barreiras e esta mais perto a cada dia de ganhar meu coração.- Olha ali! - Tarry estava saindo do trabalho.

- Vamos atras dele.- me levantei e Bela veio atras. Seguimos ele a pé  até o hospital da cidade. Ele entrou e se dirigiu a sala onde retiravam sangue. Bela e eu ficamos esperando na recepção. Tentei me concentrar ao maximo para ouvir aluma coisa. A distancia era muito grande e isso dificultava.

-To com fome.- disse Bela pela milesima vez.

-Não sou geladeira!- respondi tentando me concentrar.

-Eu sei.- respondeu ela revirando os olhos. - Vo procurar alguma maquina da salgadinhos por ai.

-Isso...Vai.- ela levantou da cadeira e foi. Sem Bela me torturando eu pude me concentrar melhor. Fechei os olhos e  direcionei minha atenção a somente uma voz.

-Ja dei meu sangue. Agora quero as bolsas.- ouvi  ao longe. 

-Sabe que não pode vir aqui todos os dias!- a voz de uma mulher também se destacou perto dele.- Nosso trato era, você me dava um pouco de sangue de vampiro e eu te dava dez bolsas de sangue. 

-Eu te dei meu sangue.- respondeu um homem que supostamente era Terry irritado.

-E eu te dei as bolsas.- disse ela.- Agora não temos mais nada.

-Meus vampiros precisam de mais sangue!- mais vampiros? ele estava tentand criar um clã.fechei a cara e uni as sobrancelhas.- Você não vai querer pessoas feridas pela cidade, não é? Ou talvez seu filho. Joe.- demorou alguns segundos até a mulher responder.

-Se eu der as bolsas...-ela hesitou.-...Você não vai nem olhar pra o Joe.-pude sentir a tensão na voz da mulher.

-Feito.- disse com satisfação. Eu estava ouvindo tudo com a cabeça baixa.

-Não achei nenhuma!!- Bela voltou e  parou na minha frente e se abaixou. Segurou meus rosto com as duas mãos. O olhar preocupado.- Você ta bem? Quer que eu...-sacudi a cabeça.

-Eu to bem.- respondi. Ela se levantou, mas ainda com preocupação.-Só estou cansado.

-Se você diz.- responde Bela por fim.
  Terry atravessou o saguão e me encarou por alguns segundos, depois abriu a porta e saiu. Ele carregava uma bolsa termica grande. Provavelmente para levar o sangue.

-Nós vamos atras dele? -perguntou Bela

-Não.- Terry tinha me visto. Sabia que eu era um vampiro assim que me viu. Agora tinhamos que esperar mais pistas.- Vamos comer alguma coisa.

-Até que enfim!- disse Bela com alegria.- Sei um ótimo lugar.

Lorenzi Onde histórias criam vida. Descubra agora