Herdeira

ECap.21

 Dan é atencioso, abra a porta do carro para mim, percebo ao jeito que ele olha pra mim, ele é um doce. Ele me leva em um restaurante perto da praia, com música ao vivo.

- Ambiente legal.- Digo ao chegar no lugar.

- Sim, e sempre venho aqui, só que sozinho.- Ele diz rindo, escolhemos uma mesa, Dan puxa a cadeira e eu sento, ele é um verdadeiro cavalheiro, educado até demais.

- Sabe, você nunca me contou direito porque você veio parar aqui.- Dan comenta.

- Bom, isso é um pouco delicado, eu vim pra cá por causa de um herança que meu pai me deixou.- Digo, isso é a melhor resposta no momento. Não estou mentido, porém não entreguei toda a verdade.

- Entendi, e porque você mora com Adam?- Ele pergunta olhando o cardápio.

- Como ele trabalha com meu pai, foi um amigão que me acolheu por esse tempo.- Respondo a sua pergunta.

- Mas com o que seu pai trabalha mesmo?- Engulho seco, fico calada por alguns segundos.

- Vamos fazer logo o pedido.- Digo seca, Dan entende que quero mudar de assunto, logo ele chama o garçom, por indicação do garçom, fazemos o mesmo pedido, a conversa fluí normalmente, a cantora pergunta se alguém que que toque alguma música em especial, Dan levanta e faz o seu pedido. A bela cantora, começa a tocar, e logo reconheço a música, The Scientist do Coldplay, dou um sorriso grande.

- Gosta dessa música?- Ele me pergunto e eu digo que sim.- É a minha música favorita.- Dan comenta, não demora muito para nossas comidas chegarem, Dan tem classe, sabe manusear muito bem os talheres.

Assim que o nosso jantar termina, Dan paga a conta, e ficamos do lado de fora do restaurante, onde dá para uma vista linda para a praia, a lua cheia beija o mar, e a areia é iluminada pela luz da lua. Dan me puxa mais para perto dele, ele tira o cabelo de meu rosto e põe atraz de minha orelha, beija minha bochecha com delicadeza.

- Você é tão cheirosa Emma.- Dan diz, ele segue uma trilha de beijos até chegar a minha bocas, seus lábios se encostam no meu, começando um beijo quente e calmo, uma de suas mãos fica no meu quadril e outra em minha cintura, deixando nossos corpos bem unidos. Minhas mãos agarram seus pescoço, e eu lentamente arranho. O beijo vai lentamente se tornando animado, até que paramos, pelo som de uma freada brusca no asfalta, fazendo um barulho estrondoso, e logo em seguida o som de tiro, Dan me vira e me joga no chão, para e proteger, mas quem se machucou foi ele, no mesmo instante que caio no chão, sua camisa azul clara se manchar com seu sangue. Dan foi acertado, sua barriga sangre e ele chora de dor, o carro que freou bruscamente, que deve que foi o mesmo em que estava o atirador, acelerou, e sumiu pela estrada.

Fico desesperada, vejo Adam e Sebastian correndo do outro lado da rua, vindo em minah diração.

- O que houve??- Sebastian grita, Dan está quase inconsciente.

- Eu não sei.- Digo em meio a lágrimas que deixo escapar.

- Tudo vai ficar bem, calma.- Sebastian diz, pega o seu celular e liga para a emergência. Estou ajoelhada ao lado de Dan.

- Emma, se eu não aguentar, fala pra minha irmã, que eu a amo demais.- Ele diz, o que me faz querer chorar mais, ele só tem ela, e ela, só tem Dan.

- Você vai viver Dan, calma, respira comigo.- Eu digo, mas estou bem mais nervosa do que ele. Adam me levanta e me acolhendo em seus braços, mas me separo, quero ficar ao lado de Dan, no qual está sofrendo no chão.

(...)

 A emergência chegou a tempo, Dan está no hospital, a bala perfurou o fígado e ele teve que passar uma cirurgia, estou na casa de Adam, despedaça no sofá. Adam havia ido buscar uma pizza, e logo voltou.

- Falou com Dayse?- Adam pergunta ao entrar na sala.

- Falei, o irmão dela já foi para cirurgia, ela disse que me liga quando ele estiver no quarto.- Agora deixa eu te perguntar, porque você e Sebastian estavam por ali?- Pergunto, Adam parece surpreso com a pergunta, ele olha para os lados, como se estivesse procurando uma repsosta.

- Bom... Eu e Sebastian saímos também, num bar ali por perto, ouvimos os tiros, e fomos ver o que era.- Ele explica, porém duvido de sua resposta.

- Sei.- Digo, me levanto e vou pegar um pedaço de pizza.

 Acabo passando a noite na casa de Adam, que dormiu na sala, o que me fez sentir mais protegida. Tenho medo de acabar como a minha mãe, sei que muitos querem meu fim, mas não quantos querem meu bem.