A diversidade de Lilian

Capítulo 13 (Lilian)

Estava na sala, deitada no tapete assistindo TV, só aproveitando o meu domingo.

Quando de repente alguém toca a campainha, me levanto e vou abrir a porta e me deparo com a Paloma sorrindo.

-Oi Gatoza! -ela fala alto esbanjando um sorriso.

-Oi! - sorrio de leve. -Por favor não faz barulho que minha avó tá dormindo.

-Ah claro, eu amo a dona Cristina- ela fala entrando.

-O que lhe traz ao meu lar? -pergunto fechando a porta.

-Tédio - ela se senta no tapete. -E era o melhor jeito de ficarmos sozinhas pra conversar.

-É aquele assunto do Jean de novo? -falo me sentando ao lado dela.

-Claro né? -ela fala como se fosse óbvio.

Já tinha quase uma semana dês do dia que eu sai com o Jean, e des desse dia ela não parou de falar disso enchendo meu saco pra eu falar como foi.

-Tá, vamos terminar logo com isso - falo entediada.-O que quer saber?

-Tudo né - ela fala olhando pra mim.

-Não ia precisar falar se vocês tivessem ido não precisaria fazer esse relatório - falo entediada.

-Já te disse, nos fomos para outra sorveteira, nós nos confundimos -ela explica novamente. -E eu tô curiosa pra saber como você conseguiu esse calombo na testa.

-Não teve nada de mais!

-Então por que não para de enrolar e desembucha logo?- ela questioma mais seria pra mim.

-Tá bom, tá bom - falo de saco cheio.

Desligo a tv e explico pra Paloma tudo que tinha acontecido no bendito dia que eu fui me encontrar com o Jean.

-Então parece que as coisas saíram bem no encontro - ela fala sorridente.

-Não foi um encontro! - digo irritada pra ela.

Olho pra ela que estava com um sorriso contente no rosto.

-Espera ai...-começo a ligar os pontos. -Você armou com os garotos pra me deixar sozinha com o Jean, não foi?

-Quem criou essa idéia de loira burra não deve ter te conhecido -ela admite rindo.

-Eu não acredito! -dou um empurrão nela. -Eu vou te matar!
-Não, não vai - ela sorri e se afasta um pouco de mim. -Você me ama!

-Pode até ser, mas tudo tem limite! -resmungo irritada.-Você não podia ter feito isso!

-Poder eu podia, não era impossível -ela sorri. -Eu só não sei se devia ter feito isso.

-Ah fique tranquila - olho pra ela seria. -Eu vou te dar o troco.

-Aí, que droga - ela olha para mim parecendo mesmo assustada.

-Ei! Eu tenho uma coisa que eu quero te mostrar - digo me levantando.

Vou até meu quarto, pego meu caderno de poemas e mosto pra ela o poema Amiga que eu tinha escrito pra ela no outro dia.

-Onw! - ela fala assim que termina de ler e me dá um abraço apertado. -Amei Lili!

-Que bom que gostou - sorrio e retribuo o abraço.

-E ai? Já escreveu um poema pro seu amor? - ela pergunta se referindo ao Jean.

-Para! - falo envergonhada. - Eu nem gosto dele, não assim.

-Imagina se gostasse - ela fala rindo.

Fico corada e sem jeito, por que ela tinha que insistir naquela conversa?

-Quer que eu te mostre que você está apaixonada por ele? - ela pergunta convencida. -Me fala aí as coisas que gosta nele.

Olho pra ela descrente de que aquele "teste" iria mesmo funcionar.

-Fala logo! Tá na cara de que você gosta dele, você só não se tocou, ainda.

-Tá bom - falo só pra ver se ela me deixa em paz. -Ele é gentil, engraçado, bonito, sincero, educado...

-Hum...-ela olha maliciosa pra mim. -Nem gosta né?

-Besta!  -dou um empurrão nela de leve.

-Acho que eu já vou cair fora - ela fala olhando para o seu relógio.

-Tudo bem - me levanto.

Ela se levanta também e caminhamos até a porta, ela para se encosta na parede apoiada no braço e olha pra mim um tanto seria.

-Lili, só pensa um pouco no que eu te disse tá bom? - ela olha pra mim.

Por que ela tinha invocado tanto com isso?

-Tá bom... - falo sem entender.

-Até amanhã gata - ela sorri e vai embora.

Mas o que será que ela tanto queria de mim? Que eu me apaixonasse pelo Jean logo de cara?

Tudo bem, ele não era de se jogar fora, ma mesmo assim, não significava que eu estava afim dele.

Obrigada viu Paloma? Agora você tinha dado um belo de um nó nos meus pensamentos, e pelo jeito, ia me dar bastante trabalho pra desatar.