Primeiro dia...

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Todos os dias era quase sempre a mesma coisa, Anahi dava sua aula na Liberty Music School, entrava pela escadaria da escola de música onde aprendeu a tocar quando criança era como sua segunda casa não só pelo fato da escola pertencer a sua família começando graças ao amor incondicional de seu pai pela música.

Tendo o pai Henrique Portilla como um pianista de primeira, e a mãe Marichelo Puente como uma violinista de sucesso que foi por muitos anos da orquestra nacional não poderia não herdar a paixão pela música, aprendendo a tocar piano aos 4 anos e violino aos 8 anos de idade, quando terminou o colegial se tornou professora na Liberty Music School o que lhe dava prazer e a ajudava a ensaiar para os concertos.

Aos quinze anos foi descoberta pela gravadora Records onde começou a compor suas músicas, cantar e tocar, tendo aos vinte e dois anos três turnês bem sucedidas e dois CDS, apesar de toda a fama e da riqueza de sua família, e a sua escola de música ser a mais disputada ela sempre tentava manter os pés no chão.

Em frente a sala de música que tinha as portas de vidro ficava o café da Liberty Music School, Alfonso começou a trabalhar lá no período da tarde todos os dias, e a noite ia para a Universidade de música e artes de Chicago- UCL, aprendeu a tocar violão sozinho quando pequeno, sabia que era isso que queria fazer de sua vida para sempre, mas seus pais não eram ricos e não aprovavam esse estilo de vida achando que o filho deveria manter os pés no chão, então para seguir em frente tinha que se esforçar muito e valia a pena.

Era apenas a primeira semana no café, seu chefe Juan tinha peço para Alfonso que preparasse o café de Anahi filha do dono da escola de música, um Capuccino gelado com creme e uma pitada de canela que ela sempre passava para buscar as 15:30 antes de começar a dar sua aula.

O que Alfonso conhecia e, toda sua vida sobre café era o que ele tomava em sua casa, simples e que era feito por sua mãe, seu chefe lhe passou leves instruções sobre como mexer nas máquinas e preparar as bebidas, porem depois de pedir que Alfonso preparasse o Capuccino de Anahi tinha saído para reabastecer a despensa para a hora do chá das cinco, onde seria servido um grande buffet de doces e salgados, pães e bolos.

Alfonso estava no balcão tentando fazer um Matte de chocolate amargo com creme para uma cliente, eram 15 horas, ele tinha que se apressar se quisesse terminar a tempo de fazer o pedido de Anahi Portilla, porem a cliente irritante uma das principais bailarinas da Escola de música ( é dança também ballet clássico claro) insistia que ele refizesse outra vez seu pedido nunca ficando satisfeita:

- Aqui está senhorita seu Matte de chocolate com creme. Disse Alfonso entregando aquele pedido refeito pela quinta vez.

Camila tomou um gole da bebida e cuspiu:

-Chama isso de Matte de chocolate? Depois da quarta vez pensei que enfim acertaria, onde está Juan? Perguntou a bailarina querendo falar com o chefe de Alfonso.

-Ele foi ao fornecedor pegar alguns pedidos, será que eu poderia ajuda-la com mais alguma coisa? Perguntou Alfonso tentando ser paciente.

-Não obrigada, prefiro beber lama a isso que você chama de Matte de Chocolate. Disse Camila.

-Camila como está? Mal chegamos à metade do dia e você já está ai espalhando sua simpatia, o que foi? Não conseguiu acertar as sequencias dos piquê de novo? Disse Anahi com uma voz firme e um sorriso nos lábios.

-Anahi Portilla a rainha das sinfônicas e das grandes turnês ainda perde tempo defendendo os fracos e oprimidos, será que você não se cansa de ser tão boazinha sempre? Perguntou Camila.

-E você porque não usa seu tempo para ser uma bailarina melhor? Talvez assim Simone pare de me pedir para estrear os musicais da Liberty. Disse Anahi.

Camila irritada deu as costas para os dois e começou a sair do café:

-Vou pedir para colocarem seus cinco Mattes de chocolate na sua conta querida. Disse Anahi fazendo Camila soltar um grito abafado e Anahi gargalhar ainda mais da irritação dela.

-Você é o novo funcionário do café não é mesmo? Sou Anahi Portilla dou aula de música ali. Disse ela apontando a sala com portas de vidro bem em frente ao café e sorrindo para Alfonso que enfim parecia se recuperar de seu estado de transe que entrou desde que Anahi chegou.

-Qual seu nome? Perguntou Anahi quando ele continuou sem falar nada.

-Alfonso, Alfonso Herrera, me perdoe senhorita Portilla, mas ainda não preparei seu pedido. Disse Alfonso nervoso tentando limpar a bagunça que Camila havia feito no balcão.

Calma ainda tenho algum tempo antes da aula, posso esperar você fazer meu pedido sem problemas Alfonso. Disse Anahi simpática ao nervosismo aparente dele.

-Capuccino com creme e pitada de canela a caminho senhorita Portilla. Disse Alfonso jogando o restante dos Mattes de chocolate de Camila no lixo.

Anahi riu do nervosismo dele: - Pode me chamar de Anahi, todos me chamam assim.

Apenas a beleza daquela menina já era o suficiente para deixar Alfonso nervoso, e ela ainda era simpática e sorria como um anjo, ele parou em frente as máquinas de Capuccino, o que Juan falou mesmo sobre o Capuccino gelado? Tentou lembrar ele em vão, puxou uma das alavancas das máquinas e saiu um café quente, tão quente que escorreu do copo e atingiu suas mãos fazendo ele soltar o copo no chão, Anahi que via tudo sentada de um banquinho do balcão correu ate ele que estava jogando agua fria nas mãos:

-Você está bem? Perguntou Anahi.

-Sim, me desculpe Anahi, me dê só um minuto que vou fazer seu cappuccino. Disse Alfonso.

Anahi deu uma leve risada do nervosismo dele e passou uma toalha papel pra ele secar as mãos:

-Porque não relaxa um pouco? Limpa essa bagunça enquanto eu preparo dois cappuccinos gelados pra gente? Perguntou Anahi começando a enrolar seus lindos cabelos castanhos que caiam em cachos ate a cintura para prender em um coque improvisado e depois colocou um avental para cobrir o lindo vestido verde claro que vestia naquele dia.

-Não posso deixar você fazer isso, se Juan chegar aqui eu perco meu emprego. Disse Alfonso.

-Calma deixa que eu me entendo com Juan se ele chegar. Disse Anahi pegando copos para Capuccino.

-Você sabe mesmo fazer isso? Perguntou Alfonso sorrindo fazendo Anahi reparar o quanto ele era bonito, com traços latinos e pele morena, cabelos pretos e encaracolados e olhos verdes com um sorriso que lhe tirou o ar.

-Confie em mim, quem você acha que colocou essa bebida no nosso cardápio? Perguntou Anahi, menos de cinco minutos depois de ter explicado como fazer a bebida para Alfonso e dele tentar se concentrar no que ela dizia, Anahi servia o cappuccino gelado com creme e uma pitada de canela:

-Brownie? Perguntou Alfonso.

-Não obrigada estou em cima da hora, aqui está prove o seu. Disse Anahi e ele tomou um gole e nunca havia provado nada melhor.

-Está delicioso muito obrigado. Disse Alfonso.

-De nada, tenho que ir ate depois Alfonso. Disse Anahi saindo para sua sala, passou pela porta de vidro e caminhou ate o piano, tinha 5 minutos antes de seus alunos chegarem e sua aula começar, Alfonso a fez ficar com uma melodia na cabeça, pegou seu caderno de composições soltou seu lindo cabelo e começou a dedilhar no piano a melodia.

Alfonso não conseguia para de pensar em Anahi, tinha a beleza de um anjo, era doce e simpática e ainda tocava com tanta paixão que o fez pensar que nunca mais se esqueceria dela, observou a doçura e a paciência com que ela ensinava piano a seus alunos, esperou ansiosa para que ela saísse da sala, porem no fim da aula após as crianças saírem, um rapaz com roupa social cabelos castanhos e olhos da mesma cor e entrou na sala.

Alfonso reparou com certo ressentimento que os dois formavam um belo casal e que Anahi ao vê-lo ficou feliz e abriu um daqueles sorrisos que o deixaram sem ar, logo depois o rapaz se aproximou e lhe beijou, ela juntou suas coisas e pegou sua bolsa e saíram de mãos dadas do prédio.

Que tolice pensou Alfonso, Anahi apenas ficou com pena dele e foi simpática, e ele aqui todo encantado por ela, mas apesar de tentar pensar assim não conseguia se impedir de no caminho da universidade parar em uma loja de CDS e comprar dois CDS de Anahi Portilla.

Uma Canção de amor- AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora