Uma Canção de amor- AyA

Surpresas...

As primeiras duas semanas foram muito difíceis, Christopher e Maite se encarregaram de tentar normalizar a vida de Anahi o máximo possível, reabriram a Liberty e Christopher ajudava no que fosse preciso, Anahi foi para a sua casa de infância onde Henrique morava, já que seu apartamento estava cercado de fotógrafos querendo noticias do futuro dela, na mansão ela conseguia estar mais segura e ter maior liberdade, aquele lugar estava repleto de lembranças, momentos felizes em família o que as vezes tornava sua dor ainda maior, mal se levantava da cama ou conversava com alguém, estava se sentindo mais sozinha que nunca, costumava levantar apenas para se sentar no jardim de sua mae nos fundos da casa, em um banco onde os pais costumavam se sentar para tomar um vinho juntos e assistir ao por do sol, tentando buscar forças dali para seguir adiante.

Maite a cada dia que passava e via que Anahi seguia sem reagir se sentia frustrada, por que havia tanta dor para alguém tao especial como Anahi, a vida as vezes era injusta, buscava não a deixar sozinha por muito tempo e nem lhe preocupar muito, cuidando pra que tudo seguisse em sua ausência, esperando o momento em que a amiga iria se encher de forças e dar a volta por cima, espantava a imprensa, cuidava dos compromissos de trabalho de Anahi e ajudava na Liberty, e ao mesmo tempo evitava maiores dores para Anahi, já que Alfonso se mostrava cada dia mais insistente em se aproximar de Anahi, o que ela o interceptava antes que conseguisse alcança-la.

As vezes se perguntava se estaria fazendo o correto, mas Anahi parecia tao fragilizada, e temia que qualquer outra dor pudesse quebra-la, todo cuidado era necessário, tentava sempre estar por perto para apoiar a amiga, as vezes a ouvia os soluços de dor de Anahi ecoando pelos corredores vazios da mansão durante a madrugada, foi por isso que quinze dias depois da morte de Henrique se surpreendeu ao encontrar Anahi sentada a mesa do café da manha vestida em um jeans, blazer preto e uma camisa azul, pronta para os negócios:

-Bom dia, vamos sair? Perguntou Maite.

-Tenho muitas coisas que resolver, se você puder ir comigo vou agradecer muito. Disse Anahi.

-Claro, e por onde quer começar? Perguntou Maite pegando sua xicara de café.

-Quero vender esta casa. Disse Anahi e Maite quase derrubou sua xicara.

-Anahi será que você não quer esperar mais uns dias? Talvez você mude de opinião, essa é a casa de seus pais, da sua infância, tem certeza? Perguntou Maite.

-É a casa deles, é enorme, e em cada canto eu tenho uma lembrança, é doloroso demais, nada vai ser como antes, e eu não posso viver achando que a qualquer momento os dois vao voltar por aquela porta, eu tenho que seguir em frente, estar aqui sem eles doi demais. Disse Anahi.

-Sinto muito Any, mas sua mae sempre falava do desejo dela de que um dia seus filhos crescessem nessa casa. Disse Maite.

-O futuro parece muito incerto pra mim nesse momento, tenho que deixar o passado ir pra seguir em frente.Disse Anahi.

-E a Liberty o que faremos? Perguntou Maite.

-Voce sabe que em todos esses anos não sei o que faria se não estivesse você comigo, me apoiando. Disse Anahi olhando agradecida para a amiga.

-E você sabe que sempre que precisar estarei aqui. Disse Maite estranhando o começo daquela conversa.

-Mas não posso esperar que mais uma vez largue sua vida e me siga, eu vou ficar Maite, vou assumir a Liberty e hornar minha família seguindo com seu projeto de vida. Disse Anahi.

-Não seja tola Anahi, você é a única família que eu tenho, o que seria de você comigo a milhares de quilômetros de distancia? Iremos fazer isso juntas, seus pais onde estiverem já se orgulham muito de você. Disse Maite a abraçando.