Essa noite eu chorei de saudade

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Capitulo 4


Nicolas

Domigo era o pior dia da semana. Sempre tinha que acordar cedo por conta de ter prometido ir caminhar todas as manhãs de domingos com minha mãe.
- Ah mãe, não quero ir hoje - respondi eu naquele dia.
- Vamos Nicolas Leonard, você me prometeu. - resmungou minha mãe na porta.
Levantei fui direto pro chuveiro, estava frio então deixei o chuveiro pouco aberto para que a água ficasse mais quente. Logo após a chuveirada, sai do box peguei minha escova azul e escovei os dentes, lavei o rosto novamente e saímos para a caminhada. Sempre íamos ao mesmo parque que tinha um circuito redondo, que a pista erra bem sussurra que já não se via mais os riscos da estradinha da caminhada. Um parque bem simplesmente ao meu ver, um coreto no meio que já não tinha mais telas pois decorrente com o tempo e chuvas que dão na minha cidade já tinham as quebradas. Um campinho de terra batida aonde alguns garoto se juntavam nos finais de tarde para jogar bola.
- Como é bom fazer logo de manhã né Nicolas?
- Oi? O que senhora está falando mesmo? - perguntei eu dando sorrisinho de lado para não parecer não estar prestando atenção nela.
- De como é bom caminhar pela manhã. Você anda muito distraído mocinho em que pensando?
Pensei em contar para minha mãe que eu andava pensando em Elizabeth, mas convenhamos. Mães sempre são Mães e eu não irei aguentar suas perguntas sobre ela. Então simplesmente olhei para mamãe e disse:
- Nada demais Mãe, não se preocupe.
- Tudo bem. Disse ela me olhando e sorriu.
Se eu deveria contar pra minha sobre Elizabeth? É, talvez mais não vinha ao caso agora, mesmo sendo novato em questão " amor na adolescência" não era ainda o caso de pedir conselhos a ela. Até que eu a vi.

Elizabeth


- Tá na hora de acorda dorminhoca.
- Mas hoje é domingo mãe. - disse eu esfregando as mãos no olhos. - E ainda são sete horas.
- Eu queria caminhar um pouco Elizi, e queria que fosse comigo. E outra é pertinho e não tenho outra filha então trate de levantar e ir comigo.
- Mas... - disse eu mas antes que eu pudesse falar algo minha mãe retrucou.
- Nada de mas... Mas isso, mas aquilo. Vamos e ponto final.

Então fui. Aqueles dois quarteirões até o " maldito parquinho de caminhada ao domingo" foi o pior de todos, por conta da preguiça e pelo simples fato de eu também não querer ir.
- Bom chegamos.- disse mamãe toda animada.
- E aqui? - retrucou eu.
- Sim, não esta vendo as outras pessoas caminhando logo ali? - E não precisa de vergonha Elizabeth, pelo jeito você não é a única filha andando com sua mãe.
- Mas aposto que eles não foram obrigadas como eu não é mãe? - pensei, mas não disse. Aliás que me poderá de mal acontecer agora? Um ET cair na minha cabeça? Acho que não.
Não vi ET naquele manhã, mas vi algo que eu preferia de fato que um "ET" caísse na minha cabeça.
- Jennifer, e você mulher? - disse uma voz feminina atrás de mim e minha mãe. Fazendo com que eu e ela viéssemos a virar. E eu me surpreendesse.
O que ? Pensei eu, minha mãe conhece a mãe do garoto que eu venho tanto a pensar nesse últimos tempos? Não pode ser Meu Deus. O que eu faço agora? Pense Elizi, pense Elizi. Não pareça idiota menina.
- Amanda, como vai? Quem é esse mocinho com você?
- Vou bem e você? Bom, esse é meu filho Nicolas. Nicolas não seja mal educado filho, diga oi.
- Oi. - disse ele parecendo bem envergonhado.
- Estou bem. Prazer Nicolas.
- Prazer.
- Me desculpe, pelo Nicolas ele é bem tímido.
- Tudo bem, acho que conheço alguém bem parecida, não concorda Elizi?
- Eu? - disse eu quase correndo de vergonha.
Por primeiro: ela conhecer a mãe do garoto que eu tanto olho no colégio.
E segundo: por não esperar ele ali.
- Sim querida, você mesma. - disse ela e vi ela sorrirem olhando pra mim.
- Diga oi Elizabeth para Senhora Amanda e o Nicolas.
- Bom dia Senhora Amanda, bom dia Nicolas.
Ai Meu Deus. Já posso correr? Posso esconder meu rosto?
- Bom dia. - responderam eles quase juntos.
- E você vai caminhar também?
- Na verdade eu e Nicolas, já estávamos indo. Quem sabe na próxima.
- Ah que pena. Irei cobrar em.
- Pode cobrar, se cuide.
E foi ali que minha mãe, e a mãe de Nicolas se despediram. Andamos por alguns minutos quietas. Pensei em não tocar em nada sobre o acontecido ali, mas escapou.
- Simpática senhorita Amanda né?
- Sim, muito. - disse ela.
- Se conhecem do trabalho mãe?
- Uhum, para ser mais sincera. Ela que me ligou quando fui escolhida para o trabalho. - risos saíram quando ela disse isso.
- Agora me diga mocinha, você já conhece aquele garoto né? Vi na sua cara de vergonha. - disse ela rindo de mim.
Sério isso mãe? Pensei comigo, pensando em fazer outra pergunta pra fugir daquela.
- Sim, estudamos na mesma sala.
- Assim. - disse dando piscadela e encerrando a conversa.
Caminhamos por mais uns 20 minutos sem conversa, sem tocar em mais sobre o ocorrido mais cedo, nem sobre Amanda e nem Nicolas até que voltamos para casa naquela manhã.

Essa noite eu chorei de saudadeOnde histórias criam vida. Descubra agora