1 dia no mundo dos mortos.

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O escuro era presente, sendo apenas cortado, pela Tv chiando alto, canal nenhum mais pegava, eu ainda tinha a esperança de que no escuro, não fosse possível ser visto, o frio era o mais forte ali, fazia meu corpo tremer, e era sentido nos ossos.Com o ranger de meus dentes, escuto as grotescas batidas na porta, não eram uma, muito menos duas, eram varias, deitei minha cabeça no chão, chorando ambas mãos nos ouvidos, coração disparado e angustiado, esperando pelo fim daquilo.As batidas se intensificaram, a porta a qualquer momento cederia, meu corpo em medo e frio, começou a tremer, me forcei a me levantar, e pelo pouco que a luz da Tv iluminava, caminhei até porta daquele cômodo, me preparando para sair.

Abri a porta logo a frente, coloquei a cabeça pela pequena fresta aberta, olhando pelos lados, vendo se havia algum perigo ali, pela falta do mesmo, passei o corpo pela porta a fechando logo em seguida, corri pelo corredor já a muito conhecido, logo ouvindo o estrondo da outra porta sendo quebrada, com o coração acelerado, entrei no primeiro cômodo livre que vi, o trancando.

Desesperado, comecei a procura do interruptor de luz, já que sem luz,minhas limitacões seriam muito além das que já tinha, logo o achei, sem demoras o liguei, e me vi na cozinha, comecei a procurar por algo na cozinha que pudesse me ajudar a sair dali, algo que servisse como uma arma.

Depois de minutos de demora, achei a um martelo, o qual meu pai usava mais cedo, antes do acontecimento,  para arrumar a um dos armários da cozinha, e uma pistola em uma das gavetas do armário.

Pela porta de vidro da cozinha, eu vi, antes os dois seres que me perseguiam, estavam eufóricos bem ali, batendo na porta de vidro resistente, na expectativa da mesma ceder, sangravam, e pela perseguição feita por dois dias, seus corpo começavam a feder, os olhos sem vida, eram apenas brancos, as íris não  eram mais vistas, as bocas, machucadas e a sangrar, assim como boa parte do rosto arranhado, e o corpo, estavam roxos e avermelhados.Aqueles seres a minha frente, a dois dias atrás eram meus pais, Marta Oliver, e Jhon Oliver, mas aí é que está, meus pais, a exatos dois dias atrás foram mortos, pelos mesmos monstros que se tornaram hoje.

No dia 23 de 2026, o exercito sobrevoou todo o Japão e a China, espalhando pelo mesmo, um certo gás, o mesmo não fez mal a nenhum dos humanos, mas nos animais, teve uma reação nem um pouco esperada, os mesmos, começaram a atacar os humanos, independente do quanto eram fiéis ou leais, em menos de 7 horas, todos os animais atacavam aos humanos, e com o tal vírus presente no corpo dos animais, com a mordida que rasgava muitas vezes a pele das vítimas, o vírus era transmitido por meio da saliva dos animais, passando assim para os humanos, e em mais uma vez, menos de 12 horas, metade da população do Japão e da China estava contaminada com tal vírus, em menos de um 1 dia, tínhamos boa parte da população do Japão atacando uns aos outros, assim como os animais, a mordida representava de certa forma, a morte.

Ser mordido por um deles, animal ou humano contaminado, matava as pessoas em si, deixando apenas o impulso de reação do corpo, o qual o vírus contaminava, deixando as pessoas sem controle, eram literalmente, mortos vivos.

Em dois dias, tínhamos boa parte do mundo contaminado com esse vírus, para uns, o mundo dos quadrinhos onde Zombies eram apenas fantasia, vieram a realidade.Como um castigo dos próprios homens para a criação, de tal forma, boa parte do mundo seria aniquilada, e os sobreviventes, seriam os mais fortes e inteligentes, prontos para um novo mundo. Não foi uma ideia aceita apenas por um país ou dois, foi aceita, por todas, com pressão ou não.”É um novo mundo, uma nova preparação para um vida melhor “ de acordo com eles “Ao final disto, a revolução será refeita, e pelo terror já passado, coisas idiotas como o preconceito ou o descaso com o próximo, não irão nos abalar, não haverá mais imperfeições em nosso mundo, um mundo, perfeito!”

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Sentia uma dor extrema, sabia que não era mais minha família, e que só queriam me matar mas, doía tanto os ver assim, coloquei a mão sobre meu peito o apertando, e caminhei lentamente até ambos, deixei as lágrimas caírem, e senti um bolo tomar lugar na garganta, lhes dei um sorriso triste encostando a testa no vidro.

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