Capítulo 2 - Botando em Pratica

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Acredite em uma coisa: Nem tudo o que parece é. Isso poderá salvar tua vida.

Três dias depois...

— Pai, por favor, colabora! – Lola pediu enquanto tentava acordar Frederick. Uma tarefa um tanto quando árdua, já que o homem se negava a se mover enquanto Lola o comparava com uma pedra. – Pai! PAI! – Gritou empurrando o homem com tudo que virou para o outro lado. Frederick abriu os olhos devagar antes de bufar e colocar o cotovelo sobre o colchão para poder apoiar o rosto e olhar para a garota.

— O que foi, Dolores? – Perguntou tentando manter a voz calma. – Desculpa eu lhe informar, mas acho que você perdeu a noção de horário, já que são oito e meia e você já está vestida para ir até a China.

— Precisamos sair. – Explicou ela sorrindo. Fred ergueu a sobrancelha lhe olhando de esguelha.

— Precisamos do plural de nós dois? – Ele questionou e Lola assentiu sorridente. Frederick olhou novamente para o relógio e depois para a Lola. 8h22. Fred simplesmente virou para o outro lado, empinando a bunda para o lado de Lola, tentando voltar a dormir.

— PAI! – Gritou o sacudindo de novo. Frederick bufou voltando a se sentar na cama.

— Me deixa dormir. – Pediu com olhos sonolentos.

— É importante.

— Pra quem? – Ela se segurou para não bufar e respirou fundo.

— Pra mim. E pra você. – Frederick ergue as sobrancelhas novamente. Lola pigarreou — Em breve.

— O importante pra mim no momento é dormir. – Explicou. Lola revirou os olhos. – Não revire os olhos pra mim!

— Então levanta! – Disse batendo o pé no chão.

— Então me obrigue. – Falou de modo birrento. Lola colocou as mãos nas têmporas e Frederick sorriu.

— O pai responsável aqui ainda é você. Sem birra, vai. – Pediu ela e Fred e suspirou antes de se levantar e ir em direção ao banheiro, com cara de poucos amigos.

Lola pegou o celular do bolso e digitou rapidamente a mensagem: Fase 001 concluída.

— O que exatamente você quer? – Frederick perguntou voltando. A menina guardou o celular no bolso rapidamente sentando-se na cama do pai.

— Precisamos comprar uma árvore de natal. – Explicou fazendo Frederick franzir a testa enquanto voltava para o banheiro.

— Pra que você quer uma árvore de natal, Lola? – Questionou e a menina precisou pensar exatamente no que dizer. – Lola?

— Crianças da Letônia. – Explicou tentando se lembrar de uma aula tosca de história. – Isso, crianças da Letônia. São culturas diferentes e idiotas no qual nós temos de "realizar" na escola. – Disse fazendo aspas com os dedos. – Eu vou matar você, Aidan. – Disse em voz baixa ao se lembrar que apesar de tudo, isso era meio que parte do plano que ele havia obrigado ela a realizar. O seu plano de prender os pais de cabeça para baixo no topo de um prédio era bem mais seguro.

— E por que você precisa de uma árvore?

— Trabalho da escola, já disse. Teremos de montar por que lá foi onde a primeira árvore de natal foi montada. E, tcharam, nós teremos de fazer o mesmo como se fosse à primeira vez.

— Você tem plena consciência que hoje é 23 de dezembro, não é? – Ele perguntou saindo do banheiro depois de alguns minutos. Lola coçou a cabeça assentindo.

Operação V I N C H (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora