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Mato. Campos. Árvores. É só isso que eu vejo se olhar para os lados. A sorte é que eu estou com os meus queridos fones de ouvido,e meus pais sabem que eu não escuto nada. O carro inteiro treme,fazendo com que meu celular caísse de minha mão. Olho para o lado de fora do carro,vendo que entramos em uma estrada de terra.

– Finalmente. – Meu pai fala.

– Finalmente,o quê? – Eu pergunto.

– Você tirou essas coisas do ouvido. – Minha mãe fala.

– Nós queremos te falar algumas coisas. – Meu pai fala.

– Ah,não. Eu me recuso a escutar coisas do tipo: "Não quero você perto dos lagos, floresta e blá blá blá." – Falo.

– Não é sobre isso. – Meu pai fala. – Eu sei que se eu falar isso,você vai fazer do mesmo jeito.

– Tá. Mas o que é então? – Pergunto.

– Lá tem um caseiro, e ele tem dois filhos e uma mulher. Eles moram lá. E como nós vamos morar lá também,eu quero que você faça amizade com os filhos dele. Eles são gente boa. – Ele fala.

O carro continuou andando por mais um tempo,até que o carro para, e alguém abre o portão. Era um cara com cabelos brancos,e um sorriso no rosto.

– Aqui tem rede pelo menos. – Falo,vendo o sinal do meu celular.

Meu pai estaciona perto de uma casinha,e eu saio do carro. Sempre adorei essa fazenda quando eu era criança. Talvez,agora que eu cresci,  esse lugar perdeu a tal magia que eu dizia que tinha.

– Filha,pegue as malas no carro. – Meu pai fala, destrancando a porta.

Reviro os olhos,abrindo o porta-malas. Pego algumas malas pequenas,até que vem a pior parte. Tento,com todas as minhas forças, pegar a mala dos meus pais, mas eu acho que eles colocaram pedra nessa coisa.

– Quer ajuda?– Ouço uma voz masculina ao meu lado.

Olho para o lado,vendo um garoto maior que eu, com o cabelo do tamanho do meu,no caso,nos ombros, e o pior,ele estava sem camisa e tem olhos azuis. Porra.

– Anh... Eu aceito. – Falo,indo um pouco para o lado.

Ele pega a mala,a colocando no chão.

– Nossa. Como eu sou fraca. – Falo.

– Tá pesada mesmo. – Ele fala,rindo.

Ele me ajuda a carregar até a casa, e assim que chegamos na porta, ele se vira para mim,sorrindo.

– Obrigado... – Falei,meio que perguntando o nome dele.

– Chandler. – Ele estende a mão.

– Ata. Obrigado, Chandler. Ah,e eu sou a Callya. – Falo,sorrindo.

– Nome legal. – Ele fala.

– Sinceramente, eu acho meio estranho. Preferia o nome da minha irmã. – Falo,meio triste.

– Tá tudo bem? – Ele pergunta.

– Ah,é que é meio complicado falar da minha irmã. Nós nem se conhecemos direito ainda e...

– Não seja por isso. Vem. Tem um lugar aqui que eu acho que você vai gostar. – Ele fala.

– Eu preciso organizar meu quarto. – Falo.

– Que horas você dorme? – Ele pergunta.

– Às vezes duas,três, quatro da manhã. – Falo.

– E seus pais? – Ele pergunta.

– Nove horas. – Falo.

– Ok. Dez horas eu venho aqui. – Ele fala, começando andar.

– Ata. Você vai me levar para o meio do mato,dez horas da noite? – Pergunto irônica.

– Não se preocupe. Vou levar você para um lugar bem legal para pensar. É tipo... Ah, tem uma rede, uns banquinhos, e na frente tem um
lago. – Ele fala.

– Certeza que não vai me sequestrar?– Pergunto.

– Certeza.

Perfect × Chandler Riggs {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora