Me sinto tão confuso nessa multidão de dúvidas.
Minhas pernas tremem, sinto frio.
Meu corpo congela aos poucos.
Algo me diz que não está certo seguir assim.
Algo me diz que, em um futuro muito próximo, um buraco no chão se abrirá, mas não será
eu quem cairei nele.
Isso me preocupa, não quero que outras pessoas se percam no profundo e sem fim buraco que provoquei no meio do chão.
Me ajude.
Como parar o tempo?
Como chegar até você sem criar areias movediças pelo caminho?
Quero deixar tudo pra trás mas também não quero perder tudo lá na frente.
Não há ninguém que possa me ajudar.
Não arriscarei sem ter certeza.
O pequeno pássaro não caiu no meu jardim do nada.
Mas o cisnei branco pousou na água enquanto eu caminhava pelo parque, distraído.
Direita ou esquerda?
Água ou vinho?
Alto ou baixo?
As flechas me acertam á todo momento.
Qual escudo pegarei para me proteger?
Meu pedido de socorro não se pode ouvir.
Estou longe...
O que devo fazer?
Me de a mão.
Diga olá.
Fale.
