Contato ➸ l.s [Em Pausa]

01. Atropelados

Caso você esteja pronto e abençoado o bastante para encontrar uma alma gêmea nessa vida, isso acontecerá de um jeito imprevisto e inesperado. Pode parecer desconfortável, desestabilizador e que seu chão está sendo tirado, porque é uma conexão diferente de tudo o que você já teve.

Música do Capítulo: Home By One Direction

Louis odiava drogas. Todas elas e sem exceção. Mesmo aquelas que ele consumia em noites agitadas. Até mesmo odiava seus cigarros malboro, sempre ao seu alcance em algum dos bolsos de sua jaqueta. E odiava também os uísques baratos que comprava em um tesco perto da sua casa.

Ele detestava ainda mais estar rodeado das mesmas coisas que odiava e consumindo-as. Era quase como involuntário, um ato feito para esquecer o quão detestável era ele.

Um pequeno saco de cocaína era segurado por seus dedos curtos, ele apertava o saco com força e pensava nas consequências de suas próximas ações. Sentado na sua cama, Louis jogou o saco de plástico longe, atingindo a janela e caindo aberto no chão, espalhando cocaína por todo carpete.

Louis se levantou, com passos lentos e arrastados, aproximou-se do espelho. Ainda de cabeça baixa enxugou as pequenas lágrimas que insistiam em correr por seu rosto com o polegar. Ele se sentia vazio a um tempo, então, quando mirou-se no espelho, foi como se pudesse tocar o vazio de sua alma.

Levou a mão esquerda para o cabelo, segurado os fios lisos com força e permitindo puxa-los com um pouco mais de força. Sua mão escorregou para seu rosto, apertou seu maxilar como se outro alguém tivesse fazendo isso.

Louis era só, ok, talvez ele exagerasse se dissesse isso. Mas era assim que ele se sentia. Quando acordava de manhã ou quando saia para comprar pacotinhos como aquele jogado no chão do seu quarto. Ele sentia falta de alguém que contasse com ele e que ele contasse com a pessoa.

Mas Louis era duro e arrogante para admitir isso.

Ele nunca admitira isso, nunca. Fazia pose de durão par seus amigos enquanto gritava por alguém, no escuro.

Como será amar alguém?

O garoto nunca tivera alguma experiência como o amor na sua vida. Talvez por nunca ter se relacionado com ninguém emocionalmente se sentia vazio. Mas ele negava, mentindo par si mesmo que nunca seria capaz de amar alguém.

Ele dizia que amar era para pessoas fracas, enquanto bebia demais nas baladas. Se convencia enquanto entornava garrafas de uísque, que amor era algo que tolo e sem necessidade alguma. As vezes chegava a dizer que era um empecilho para sua vida e carreira.

Mas só dentro do quarto, ele admitia que queria alguém.

− Louis. – Blanca grita, assustando Louis. O garoto encolhe os ombros antes de correr até perto da janela para tentar recolher a cocaína espalhada pelo chão, antes que a irmã chegue. – Não acredito, Louis Tomlinson.

Blanca entra rápido no quarto, não deixando tempo para Louis pensar, ela já tinha e pegado o pacote da mão do garoto. Louis se encolhia sentando na cama enquanto Blanca se aproximava com um dedo levantado em direção de Louis. Ele tinha medo dela quando a via com raiva nos olhos.

− Você tem noção de que tomou remédio e não pode tomar nenhum outro tipo de droga? – Perguntou mostrando o saco de cocaína mais de perto do rosto de Louis.

Está ai, o porquê dele odiar as drogas, em todas suas espécies.

A um ano ele vinha tomando remédios controlados, para ser exato, antidepressivos. Eles vaziam Louis ter coragem de levantar da cama e não gritar com todo mundo que lhe direcionava a palavra.