"Não seja como uma presa
Seja suave como uma serpente."- Obrigado por ter vindo, por favor se acomode. - disse para o policial Jeon. - Gostaria de um café?
- Sim por favor. - ele disse sentando no sofá.
Trouxe duas xícaras de café, entregando uma para Jeon, me sentei no sofá de frente para o policial que parecia curioso.
- Estou curioso para saber o que o senhor quer conversar que não podia ser na delegacia. - Jeon disse logo dando um gole em seu café.
- Bom, primeiro quero te mostrar uma coisa, antes de entrar no assunto ao qual te chamei. - disse colocando minha xícara na mesa de centro me levantando.
Jeon me olhou sem entender nada, mais se levantou e me acompanhou até o corredor que levava ao meu quarto, abri a porta para que Jeon entrasse primeiro e o segui.
- O que você quer me mostrar em seu quarto? - disse coçando sua nuca.
- Olhe para cima. - fiz um sinal apontando para o teto em cima de minha cama.
O policial parecia confuso, somente fitava o teto sem piscar.
- Essa... cruz... - deu uma pausa. - É a mesma dos assassinatos. - disse por fim me encarando.
- Sim. - disse esperando que ele compreendesse a seriedade do assunto.
- Então... você... é ele? - Jeon disse sério.
- Não, essas palavras não foram feitas por mim, por isso o chamei aqui.
Ele continuava me encarando com um certo temor nos olhos, estava estampado em sua feição que ele desconfiava de mim e quem não desconfiaria?.
- Alguém esteve aqui ontem e escreveu isso no teto. - esperava que ele acreditasse.
- Senhor Kim... - O policial ia dizendo a te a campainha tocar.
Saímos do quarto e fomos novamente para a sala, Jeon se sentou ainda cético e eu fui atender a porta.
- Doutor Min esse é o chefe da policia Jeon. - disse apresentando os dois.
Ambos se cumprimentaram e logo nos sentamos no sofá para enfim começar a conversa.
- Serei breve em explicar o real motivo dessa conversa, e trouxe o Doutor Min para me auxiliar nas explicações. - fiz uma pausa. - Eu tenho transtorno de falta de controle, faço tratamento à um pouco mais de três anos e durante alguns meses venho piorando gradativamente.
O policial prestava atenção em cada palavra que saia da minha boca.
- Que tipo de piora você teve? - Jeon perguntou.
- Ele não está mais respondendo ao tratamento com medicamentos. - Doutor Min disse.
- Faz alguns meses que venho tendo essa piora, por vezes tenho apagões e colapsos nervosos durante o dia e uma falta de controle muito forte.
- Eu aumentei a dosagem dos remédios a um mês, porém não vi mudança em relação a esses sintomas referidos, estamos tentando com doses mais altas fora do padrão de tratamento. - Min explicou.
- Entendo, mais oque esse assunto tem a ver com a polícia e os assassinatos?
- O motivo é que sonhei com cada assassinato. - disse vendo a reação do policial que não foi das melhores.
De princípio o policial riu, depois vendo a minha feição e a do Doutor parou perplexo.
- Você está falando sério?
- Cada palavra. - o Doutor disse.
Peguei alguns papéis e entreguei a Jeon, o mesmo olhou cada um com atenção, em seguida o Doutor lhe entregou uns papéis com análises e anotações das sessões feitas comigo durante os três anos.
- Isso são anotações de cada sonho com data e hora como pode ver, esses outros papéis são anotações das sessões que tive durante esses anos. - o policial somente olhava para os papéis. - Eu não matei nenhuma daquelas mulheres e não sei o porquê sonho com cada uma delas.
Eu estava nervoso e com muito medo, ele podia achar que eu havia matado aquelas mulheres e podia me prender a qualquer momento.
- Eu acredito que essa doença e os sonhos estão ligados com os assassinatos de alguma forma que não sabemos explicar. - Dr Min disse.
- O Senhor tem algum álibi que comprove onde o Senhor estava nas datas dos assassinatos? - o policial disse.
- Aqui estão cada um deles. - entreguei um cd com gravações. - Eu mantenho essa casa sob vigilância desde o primeiro sonho e tenho câmeras instaladas, nesse cd contém o meu álibi para cada um dos crimes.
- Arasso...eu vou verificar as imagens na delegacia, e se me permitir gostaria de levar todos esses papéis para comparar com os dos assassinatos. - Jeon disse. - Alguns policiais terão que vir aqui para recolher evidências do quarto.
- Compreendo, estarei aqui esperando. - Respondi para o policial.
- Leve meu cartão para quaisquer dúvidas em relação ao tratamento do Senhor Kim. - disse o Dr Min entregando o cartão para Jeon.
- De qualquer forma evite sair de casa por enquanto, manterei contato com o Sr. - disse Jeon se levantando.
- Kamsamnida. - Agradeci
Me despedi dos dois que seguiram para seus destinos e fechei a porta, desde a noite passada que eu não consegui descansar.
Enviei alguns relatórios para o jornal e avisei que ficaria um tempo longe por conta de minha saúde, depois de umas cinco xícaras de café os policiais chegaram para fazer a perícia do quarto.
Eles retiraram a roupa de cama, fotos e coletaram algumas digitais, coletaram também um pouco de tinta da escrita para análise.
Fizeram uma varredura no quarto todo atrás de provas e por fim liberam tudo para que fosse organizado e limpo, deixei a limpeza para o dia seguinte e fui tomar um café em uma cafeteira próxima ao meu apartamento.
- Annyeong, o de sempre Nam? - disse o garoto de cabelo rosados.
- Por favor Jin. - o garoto foi preparar o café.
Eu ainda sou o mesmo, o mesmo que sempre fui
O mesmo eu de antes está aqui
Mas essa mentira cresce mais e mais
Está ameaçando me engolir...
(✝)Olhei para aquele guardanapo deixado ao meu lado, levantei da cadeira do balcão e olhei pela cafeteria, não havia ninguém suspeito, fui para fora ver se achava a pessoa que deixou aquele bilhete, mais também não vi ninguém.
Entrei novamente na cafeteria e me sentei pegando o guardanapo sobre o balcão, aquelas palavras não faziam sentido algum, só aquele símbolo que era realmente assustador.
Abri o guardanapo e oque apareceu lá me arrepiou.
박초아
(Park Choa)
🌈
Espero que gostem obg 🎈
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Depois da meia noite // Kim Namjoon
FanficOs psicopatas, possuem lábia e sedução, capaz de manipular as pessoas que os rodeiam. Possuem um encanto inicial, que seduz a maioria das pessoas. Usam essas competências como meio de atingir os seus fins. Choa uma recém formada em jornalismo começa...