Capítulo Dois

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Até que essa sala é bem confortável, pensei enquanto observava a sala de espera do setor de oncologia do hospital. Hoje era a minha consulta e eu estava louca para ver o meu Dr. Guilherme. Assim como Theo, eu confiava nele, além do fato de ser completamente apaixonada por aquela coisinha linda, de 1,95m, ombros largos, olhos acinzentados. Meu Dr. Tentação era realmente uma bela visão.

Estava perdida em pensamentos, encarando um quadro que enfeitava a sala, quando senti alguém atrás de mim.

―Bonito, né?

Respirei fundo, sentindo seu perfume e me inclinei um pouco mais para trás, como se estivesse observando melhor a gravura, quando na verdade eu queria mais do calor do corpo dele.

―Impressionante. As linhas, as cores, numa sintonia perfeita. ― Respondi e me virei para ele, que me encarou sorrindo.

―Se interessa por arte? ― Ele perguntou, meio incerto.

―Me interesso por vários tipos de arte. ― Se ele soubesse que a minutos eu estava pensando que ele era uma obra de arte... Sorri com a cara mais lavada do mundo. Ele não podia nem imaginar o que se passava por minha cabeça... o quanto eu o queria. Suspirei.

―Cansou de esperar? Demorei muito para te chamar? ― Guilherme disse, olhando o relógio.

―Não, tudo bem. E você ainda não me chamou. ― Eu era toda sorrisos. Isso não era certo, afinal eu estava prestes a ter uma consulta sobre o mal que me acometia.

―Bem, então vamos lá. ― Ele apontou para a porta, abrindo os braços de maneira teatral.

Entrei em sua sala e ele apontou a cadeira, em frente a sua mesa. Me sentei e ele se sentou à minha frente; começando a fazer as perguntas de praxe, pegou meus exames e olhou atentamente. Pediu para que eu sentasse na maca, examinou minha garganta, meus ouvidos, meus olhos... respirei fundo e prendi a respiração.

Ele estava tão perto...

Abaixou o aparelho que olhava meus olhos, mas não se afastou, os olhos presos aos meus, dançando de um para o outro. De repente caíram para meus lábios e passei a língua neles, umedecendo.

Guilherme então ge.meu baixinho e me surpreendendo, enfiou a mão em meus cabelos, na nuca, me puxando mais para ele e grudou sua boca na minha.

Nem em mil anos eu estaria preparada para tudo o que senti naquele beijo. Sua boca era exigente, me devorando. Sua língua acariciava e explorava os recantos de minha boca, me deixando doida. Então quando ele se enfiou entre minhas pernas, se encostando em mim, Jesus! Senti tudo lá por baixo pulsando, a umidade crescendo, o fogo me consumindo.

Guilherme se esfregou em mim e sua ere.ção acariciou meu cli.tóris. A mão livre dele foi para minha cintura, me apertando ainda mais contra ele. Passando a surpresa, meu corpo pareceu reagir sozinho e me vi agarrada a ele, acariciando seus cabelos, escorregando as unhas por suas costas, arrancando um gemido rouco dele. Não conseguia me conter. Meu corpo tinha vida própria e respondia as investidas dele com igual ardor. Fomos de 0 a 100 em segundos.

Parecendo juntar forças sabe Deus de onde, ele separou os lábios dos meus e encostou a testa na minha, respirando ofegante, de olhos fechados.

―Me perdoe Ella. Eu não me contive. Você assim, tão perto... Seus olhos nos meus, sua boca tão tentadora, tão perto. ― Ele suspirou se afastando e ajustando o membro dentro do jeans.

―Guilherme...

―Você é o fruto proibido Ella. É irmã do meu melhor amigo, basicamente te vi crescer...

―Guilherme, me escute...

―Mas eu sempre te quis. Era estranho, mas mesmo sendo mais nova que eu, era minha tentação, minha perdição... ― Ele tagarelava, andando de um lado para o outro na minha frente. ―Imagine minha surpresa quando você me deu aquele livro de aniversário, alguns meses atrás. Algumas pessoas ignoram completamente a ficha catalográfica, mas eu criei essa mania ainda na faculdade, por causa de vários trabalhos que tinha que fazer... ― Aquilo me gelou por dentro. Ele se virou para mim e veio mais perto, colocando os dedos em meu queixo, levantando meu rosto para olhar em meus olhos. ― Eu li o seu livro. E desde que percebi que seu personagem principal era muito parecido comigo, minhas fantasias em relação a você só pioraram.

Meu Deus! Nunca pensei que iriam ler a porcaria da ficha catalográfica do livro! Cacetada! Lá tinha todas as informações reais, nome completo e ano de nascimento. Engoli em seco e sem desculpas, o encarei.

―Ele... Sou eu? ― Perguntou, próximo demais para que eu pensasse em alguma coisa para dizer. Apenas assenti com a cabeça. Não conseguia desviar o olhar, ele me mantinha de alguma forma, presa a ele.

―Você realmente pensa tudo aquilo de mim? Comigo? ― Ele estava meio sem chão, perdido.

―O que eu mais quero em minha vida. ― Confessei num fiapo de voz.

―Por Deus, Ella. ― Ele me abraçou. Forte. Senti a ere.ção dele em mim, enorme e pulsando. Com um suspiro, ele me beijou novamente.

O que eu mais queria era que ele me fo.desse. Forte. Ali mesmo, sentada, daquele jeito. Caramba, eu nunca quis tanto uma coisa dessas na minha vida e já havia esperado tanto tempo... Pelo jeito ele também queria, pois suas mãos vagaram pelo meu corpo, explorando, me deixando mais louca por ele do que eu já estava.

De repente a realidade caiu sobre mim. Estávamos nos agarrando ali, no consultório dele, com alguns pacientes esperando do lado de fora.

―Guilherme... Eu quero muito, esperei tanto tempo.... mas estamos no seu consultório... Pode entrar alguém. ― Fui falando entre beijos.

Ele se afastou um pouco e deu uma última pressionada de seu corpo contra o meu.

―Você está certa. Vamos continuar seu exame. ― Foi auscultar meu coração. ― Humm, seu ritmo cardíaco está acelerado... Isso não é bom... ― Ele disse rindo, dissipando a tensão. ―Pode se levantar.

Guilherme voltou para a mesa dele e o segui, sentando na cadeira que ele havia me apontado antes. Me passou um remédio, para começarmos o tratamento, sem que houvesse a necessidade da quimio. Se esse não adiantasse, então não teria jeito.

―O que acha de nos encontrarmos no final de semana? No sábado está bem pra você? Podemos pegar um cinema e depois jantar. O que acha? ― Levantou-se e veio para meu lado, me oferecendo a mão para que eu ficasse de pé.

―Acho ótimo. ― Guilherme me abraçou e me beijou de leve.

―Mal posso esperar. Te apanho às sete. ― Me afastei e ele pegou minha mão, indo comigo até a porta do consultório. Nos despedimos e quando cheguei na calçada, Theo estava me esperando. Passamos para comprar os remédios e que Deus me ajudasse.

Incondicional - Kacau Tiamo *degustação*Onde histórias criam vida. Descubra agora