Capítulo 16

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"A vida não é só feita de vitórias, temos que aprender a aguentar as tempestades☁"

Escuto um estrondo na parede, a porta é batida com força e vejo Galego correndo para fora.

- Me espera! - grito assim que saio pela porta dos fundos.

Ele olha para trás, vejo seu olhar furioso e caminho até ele.

- Que foi?

Galego: - Quem é Kiko? - diz me analisando de cima à baixo.

- Alguém sem importância. - engulo seco.

Galego: - Eu vi como tu ficou quando falou dele e pode ter certeza que ele mexe contigo.

- Ata. - reviro os olhos. - Não adianta te dizer quem é.

Galego: - O que cêis tiveram? Só aceitei ele mudar pra quebrada porque disse que é parente seu.

- Parente meu. - sinto um enjôo. - Não é mesmo.

Galego: - Então o quê é?

- É da família do meu pai, mas jamais o considerei algo meu.

Galego: - Cêis tiveram algo?

- Infelizmente. - dou de ombros e coro.

Ele começa a andar em círculo, mexendo as mãos freneticamente e segurando forte seu colar que tem uma cruz.

Galego: - Fiquei sabendo de uma história de vocês. - suspira alto.

- Qual?

Galego: - Que ficaram juntos tempão, depois ele sumiu e voltou te maltratando.

- Hum. - digo nervosa. - Mais tu sabe disso desde quando?

Galego: - Já faz um tempo, depois que o povo começou a falar da gente ele resolveu aparecer, na hora que ele apareceu no escritório não acreditei.

- Você fez algo a respeito disso? - lembro das palavras da minha mãe: "parece que estamos sendo protegidos."

Galego: - Aham. - ele me encara.

- Não devia.

Galego: - Você devia estar falando "valeu pô, brigadão aê por me ajudar" e não brigando comigo porra! - sorri com irônia. - Tentei fazer o caralho da coisa certa dessa vez!

- Eu só não pedi, mas se você fez, obrigada. - agradeço baixando à guarda.

Galego: - Só isso que você tem a dizer?

- O que mais queria?

Galego: - PORRA LUNA! - grita.

- Não sei porque está gritando cara, estou falando baixo contigo. - falo quase sussurrando, o que o deixa ainda mais revoltado.

Galego: - Só quero que você entenda. - faz uma pausa suspirando. - E que coloque nessa sua cabeça dura, que tudo o que tiver a ver contigo é da porra da minha conta sim.

- Tá, tá. - afirmo balançando a cabeça diversas vezes.

Ele se senta na grama me chamando para mais perto de si, assim que me sento ao seu lado ele começa:

Galego: - Eu tô gostando de você de verdade, não é k.ô. - o encaro. - É serião pô.

- Já entendi, mas se tu já sabia da história do Kiko, o porquê de me perguntar?

(PAUSADA) Rainhas Do BaileOnde histórias criam vida. Descubra agora