Rodovía A12

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Estávamos planejando essa viajem a meses, mas sempre algo aparecia para impedir, fosse semana de provas, casamento de um prima, termino de relacionamento, sempre havia algo que nos fazia adiar, mas depois de muito esforço estamos aqui no carro do Alan a caminho da floresta Rendlesham, lá é um lugar lindo, há um riacho com uma cachoeira e pretendemos montar nosso acampamento lá.

- Quantas horas de  viajem? - O Rod pergunta para o Alan que esta no volante, nós estamos alternando o motorista, ninguém consegue dirigir por tanto tempo assim.

- Mais ou menos umas dez - Alicia o responde.

- Se eu soubesse que seria assim teria trazido comigo meu notebook, poderíamos assistir uns filmes nele - acrescentou o Will.

- A proposta não era essa lembra? Queremos nos livrar da tecnologia e aproveitar as coisas boas que a natureza tem as nos oferecer - eu o relembro.

- Agnes qual é ...

- Espero que não tenham trazidos seu celulares.

- Claro que trouxemos - disse o Rod - se algo acontecer? Teríamos que esperar por um milagre?

- É, você tem razão, mas por favor não fiquem usando eles durante o acampamento. Vamos conversar, brincar se divertir, sem usar a tecnologia.

O rádio está ligado, acho que está tocando alguma música dos anos oitenta, sei lá. Ainda está de madrugada, resolvemos sair cedo para que pudéssemos chegar ao final da tarde, para houvesse  tempo o suficiente para montar o acampamento.

É 2014, estamos todos a um passo da faculdade, terminamos de fazer a última semana de provas esses dias, falta pouco para nos livrarmos desse inferno chamado ensino médio.

- Ei pessoal, você sabem da história dessa floresta? - Alan pergunta sem tirar o olho da estrada.

- Lá é bastante visitado pelo o que eu vi no site, se e não me engano tem uma cabine policial perto da estrada - Alicia o responde.

- É, pelo fato de ter uma lago deve ser cheio de gente lá - Alan continua a conversa.

- Ai meu deus um posto de gasolina, para Alan - Diz o Will - se eu vou passar dez horas nesse carro que pelo menos tenha comida.

Alan estaciona em frente as cabines de abastecimento, um dos funcionários pergunta?

- Quanto?

- Não, não, só vamos comprar algumas coisas para a viajem - Ele responde.

- Tudo bem !

A loja de conveniências não era a melhor que você poderia encontrar, mas ao menos os preços eram em conta.

- Olham a validade pessoal - eu falo.

Não quero comprar nada. Trouxe comidinhas o suficiente de casa, nada melhor que sanduíches para a viajem, naturais, sem química, e muito saborosos.

- Não vai comprar nada Agnes? - Will me questiona.

- Não, não, trouxe meu lanchinho comigo.

Will enche uma cestinha só comida: salgadinhos, balas, marshmallows, doces e refrigerante. Os outros não são tão exagerados assim no máximo pegam duas coisas.

- Viajem longa? - A senhora no caixa me pergunta.

- Sim, quase dez hora dentro de um carro, isso não existe.

- Ao menos a estrada está boa.

- Isso sim.

- Me desculpe o atrevimento, mas para onde vocês vão?

- Rendlesham, vamos acampar lá.

A expressão no rosto dela se torna de medo, o sorriso que antes estampava seu rosto, agora dá lugar a uma expressão de medo.

- Acho melhor vocês irem para Lackervild, Rendlesham não é um lugar muito hóspito.

- Mas por quê?

- Já ouvi histórias não muito boas vindas de lá.

- Como assim?

- Histórias de...

- Bom dia - Alicia vem com suas comprar para o caixa, e nossa conversa se cessa.

Depois de todos pagarem por sua devidas compras nos dirigimos a saída.

- Ei mocinha, espere - a senhora do caixa me chama, eu vou até sua direção.

- Por favor, siga meu conselho, procurem outro lugar para irem - Alicia  observa tudo da porta da loja - está quase tudo abandonado por lá.

- Mas porque? O que de tão terrível há por lá?

Ela segura minha mão.

- Criaturas... criaturas de todos os tipos, e vá por mim, você nunca vai querer encontrar nem a mais dócil delas.

Ela puxa a manga da sua camisa amarela, e mostra a um ferimento que vai do seu pulso, até depois do cotovelo.

Alan busina.

- Vamos Agnes.

- Tenho que ir. 

- Por favor, pense no que eu lhe disse.

- Obrigado.

Me dirijo para o carro.

- O que foi aquilo Agnes? - Alicia me questiona.

- Nada... nada.

Uma sensação ruim invade meu corpo, um pressentimento de algo de ruim realmente vai acontecer.

As árvores passam pela janela numa rapidez incontável. Acho que Alan, como todos quer chegar o mais rápido o possível à  Rendlesham, e eu, agora, quero apenas voltar para casa.

ÁREA 52Onde histórias criam vida. Descubra agora