Memorias

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  Acordei, o sol estava nascendo timidamente no horizonte, olhei para o lado e Eduardo dormia, dei um beijo nele, fazendo ele acorda sorridente, agradeci o seu sorriso com outro, mas logo meu rosto ficou serio, lembrei do que havia acontecido na noite passada. 

 descemos a colina e curiosamente descemos juntos com as pessoas que havíamos visto subir a montanha na noite passa, puxamos assunto e descemos conversando, conseguia distrair um pouco minha preocupação, lembro que Isabel uma das meninas que descia junto conosco, perguntou, se eu estava bem, ela disse que eu aparentava esta preocupado. 

 Alguns metros antes de chegar na ponte meu celular tocou, era minha mãe, meu mundo caiu novamente.

 -  Mãe ?

- É seu pai, sua mãe esta sem condição de fala,  desonra pra nossa família filho.

- Pai ? 

- Não te criei pra ser viado, quero você em casa ainda hoje.

 Nunca tinha ouvido meu pai com um tom de voz tão agressiva daquele jeito, não consegui me segurar, comecei a chorar, Eduardo me abraçou bem forte numa tentativa de me consolar, as pessoas que voltavam com nos, perguntaram o que havia acontecido, Eduardo explicou tudo enquanto eu chorava sentado numa pedra na beira da estrada. 

 Após retomar minha forças me levantei, o irmão de isabel me ofereceu uma carona até Rondonópolis, sem escolha eu aceitei.

 Eduardo e eu fomos até o hotel que eu estava hospedado me ajudar a pega minhas coisa, se algum dos meus "amigos" tentasse me bater ele já estaria comigo pra me defender. 

 Cheguei no Hotel, Samara veio correndo em minha direção pra me abraça.

- Sinto muito Lucas. 

- Um dia esse momento iria acontecer. 

- Como você vai volta ? Henrique ta falando que ele não leva viado no carro dele.

- Não se preocupe, consegui uma carona. 

 Eduardo e Samara ficaram conversando, entrei no quarto, levei um susto, Henrique estava sentado na cabeceira da cama, ele me olhava feio, Peguei minha mala rapidamente e sair do quarto.

 Ficamos esperando Isabel e seu irmão na frente do hotel, eles chegaram, coloquei minha mala no carro, e entrei na porta de trás, de repente Eduardo também entrou.

 - O que você ta fazendo aqui ? 

- Eles vão me da uma carona pra casa, uai. Ele sorriu pra mim, confesso que to aquele sorriso fazia eu esquecer todos meus problemas, e até hoje quando lembro daquele sorriso eu me acalmo.

- Estão prontos ? Perguntou Isabel, Dissemos que sim ao mesmo tempo.

 A viagem foi bem silenciosa, Isabel tentou tira o clima pesado numa tentativa de fazer uma piada sobre sogras. Eu não conseguia para de pensar no que meus pais iriam me dizer, lembro que Eduardo fazia carinho na minha mão discretamente, isso me ajudava muito por dentro, controlar o turbilhão de pensamentos que me  rodava. 

 Tava tocando Pink Floyd - Wish You Were Here  quando Eduardo pegou na minha mão, e disse, " Lucas, não se preocupe, eu sempre estarei pensando em você, não importa aonde eu esteja, não importa o que aconteça, a vida ira nos juntar novamente"  essa frase ficou marcada na minha cabeça, e toda vez que ouço essa musica eu choro ao lembra de Eduardo, depois desse dia eu nunca mais o vi. 

 Passei anos a procura dele, numa mais o encontrei.



Amores Quebrados ( Romance Gay ) Onde histórias criam vida. Descubra agora