04/03/2017
Hoje, completo uma semana de namoro e exatamente dois meses desde que conheci Marcelo naquele bar, ainda o acho encantador, e uma pessoa maravilhosa. Depois daquela noite, nos encontrávamos quase todos os dias e quando ele ou eu não podíamos, simplesmente nos falávamos por telefone. Está tudo muito bem e eu nunca me senti tão feliz.
As únicas que andam um tanto estranhas são minhas amigas. No bar, haviam sido tão agradáveis com ele, e do nada, não se aproximavam mais, não falavam comigo também. Não sei o que raios está acontecendo, talvez não estejam felizes por mim, mas não me importo.
Marcelo anda meio ocupado ultimamente, e ás vezes, quando nos vemos, ele está irritado e cansado, mas tenho certeza que é apenas a faculdade exigindo muito. É o que me diz, e eu entendo totalmente, já que ela também exige bastante de mim.
Mas tudo está bem, afinal, eu o amo. E ele me ama também.
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25/03/2017
Eu estou deitada na minha cama agora. Meu braço provavelmente tem uma marca roxa, mas não sei dizer ao certo.
Minha cabeça parece estar prestes a explodir, eu não sei o que pensar, não sei o que fiz, o que aconteceu. Mas, bem, ele entrou aqui e me bateu. Meus pais não estão em casa, devem estar trabalhando e isso é bom, não quero que me vejam assim.
Sinto lágrimas escorrendo pelo meu rosto, deixando um rastro gelado, que diminui o ardor da bochecha direita, ainda vermelha e quente. Um tapa, vindo dele. O que aconteceu?
Foi tudo tão súbito. Eu acho que Marcelo me ligou, provavelmente para me dizer que sairíamos hoje, para comemorar um mês. Meu celular estava desligado, eu estava estudando. Mas para ele, não. Cgegou aqui, passou pela porta com um olhar quase assassino, meio louco. Eu o estava traindo, segundo ele alegou. Mas "não, meu amor! Eram apenas os estudos, eu juro!"
Não adiantou. Me segurou pelos braços, me balançou de forma totalmente violenta, depois veio o tapa e ele gritou, gritou tanto que eu não conseguia nem ao menos pensar.
Me jogou na cama e saiu da minha casa tão rápido quanto entrou. Eu estava assustada, com medo, desorientada e machucada, tanto por dentro quanto por fora. Ele não era assim, não era, me recusava a acreditar naquilo tudo, mesmo que sentisse as consequências.
Eu não sei o que pensar.
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27/03/2017
Marcelo veio aqui. Ele se ajoelhou e me trouxe flores, disse que estava arrependido, disse que não vai mais acontecer.
Eu acredito nele. Foi um momento em que estava preocupado comigo, não? Foi o que ele disse e sempre me diz a verdade, estava arrependido, eu vi.
Foi só um momento de tensão, quando queria cuidar de mim, tinha medo de me perder, foram as palavras dele e eu acredito.
Agora, está tudo bem, afinal eu o amo e ele... me ama também.
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Bem... o que acharam?
Nesse capítulo eu quis mostrar como a vítima pode ser manipulada pelo cara, acreditar nele porque ele usa frases como "quero te proteger" etc.
O próximo capítulo sai hoje ou amanhã, mas quero saber se estão achando-os curtos demais ou mal elaborados ou qualquer coisa assim.
Obrigada ❤
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Será que ele me ama?
Non-FictionDominique é apenas uma jovem de 18 anos que conheceu o "amor de sua vida" comemorando o dia em que se tornou "adulta". Marcelo era encantador e eles se amavam. Ou pelo menos era isso que Domi pensava. Então, ela relatou em seu diário como era viver...