Capítulo VIII

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POV YUGYEOM:

Depois da ousadia que cometi ao insinuar que ele deveria me chupar, não deu outra: Bambam se abaixou até a linha do meu quadril. Retirou meu cinto e desabotoou a calça. Ao descer o zíper, encarou-me de uma maneira tão sensual que me fez puxar seus cabelos fortemente, forçando-o a abocanhar meu membro de uma só vez. Ele terminou de descer a cueca e assim o fez.

Levou suas mãos até a minha base, e brincou com a língua pela minha glande, não perdendo o contato visual. Quando meu pênis finalmente adentrou naquela cavidade, curvei-me de prazer, desequilibrando e batendo em uma das prateleiras, o que derrubou alguns produtos de limpeza no chão. Soltei uma gargalhada, o fato também arrancou um sorriso do outro, que engasgou logo em seguida com o volume em sua garganta.

Os movimentos ficavam tão intensos, que era difícil segurar um urro de prazer naquele momento. Peguei uma das toalhas no armário e coloque-a na minha boca, me privando de soltar o gemido.

Escorregava pela parede cada vez que ele finalizava o movimento de vai e vem com a cabeça. Seus dígitos da canhota desceram até as bolas, apertando-as e acariciando-as. Com a destra, cravou as unhas na minha bunda.

A onda de dor logo se tornou prazer, quando sinto-o descer a língua pelos testículos, passando a chupar aquela região.

- Quem disse que podia-ah, chupar aí? Disse pra você chupar meu pênis, não minhas bola-ah, bolas.

- Na verdade, você disse "me chupe", não "chupe meu pau".

- Desgraçado.

Levei minha mão até o membro esquecido e comecei a masturba-lo.

- Não, sem masturbação. – Bambam retira minha mão de meu próprio pênis.

- Então, me chupa porra.

E então ele voltou a tal.

***

- Rápido, bem rápido. – Bambam terminou de engolir aquela substância esbranquiçada e enxugou os lábios com a mesma toalha que antes me impedia de gemer.

- Vai se foder, eu tava necessitado. – Meu rosto corou e, assim, empurrei-o para o lado, para que não me visse naquela situação. – Vamos embora.

- Sim, senhor.

***

POV YOUNGJAE:

Depois da minha declaração, meus dias passaram de um cinza apagado, para um lindo tom avermelhado. Sempre tive medo de me confessar, achei que nunca iria me corresponder, mas ele tem sido ótimo para mim: me carrega para todos os lados com um sorriso estampado no rosto. Até colocou um apelido em mim: baobei. "Bebê" em chinês.

Toda vez que meu celular vibra ao meu lado, meu coração aperta, esperando ser uma ligação ou mensagem dele. E sempre que leio ou ouço a forma carinhosa com que ele me chama, meu interior arde em chamas. Esse menino ainda vai me causar um ataque cardíaco.

- Bom dia, baobei. – O chinês depositou um selo em minha testa e se sentou na mesa conosco.

- A relação de vocês tem andado estranha... – Yugyeom começou. – Tão namorando ou coisa do tipo?

Antes que pudesse citar alguma coisa para nos tirar daquela situação, Jackson entrelaçou nossos dedos e mostrou-os ao menor, que espantou surpreso.

- O que você acha, Yug? – Perguntou, irônico.

- Que vocês formam um belo casal, mas por favor, não me deixem de vela.

- Quem forma um belo casal? – Bambam se juntou a nós, intrometendo na conversa. Yugyeom, por algum motivo, se sentiu incomodado com aquela presença.

- Jackson e Youngjae... mas o que você tá fazendo aqui mesmo? Quem te chamou? Quem disse que pode sentar aqui?

- Ah, Yugyyyy. – O tailandês se movimentou como um gato manhoso, apoiando-se nos ombros do outro. – Achei que éramos amigos.

- É... amigos.

Ao fundo, um homem de cabelos escuros acenava para nós, acompanhado de outro. Reconheci-os como Jinyoung e Mark. Se sentaram e outro clima estranho foi estabelecido.

- Jackjae? Finalmente? – O presidente indagou sorrindo, o que me fez enrubescer.

- Como assim, "finalmente"? – Meu namorado parecia confuso, não me surpreendo pela lerdeza alheia.

- Jae gosta de você há um bom tempo, mas nunca notou.

- É-é? Tem tanto tempo assim? – Ele olhou-me aflito. Acariciei suas bochechas e sua expressão tranquilizou-se.

- O que importa é que estamos juntos agora.

Mark nos encarava descaradamente. Esqueci completamente que ele achava que Jackie era hétero. Eles têm muito o que conversar.

- Jaebum-ah! – O moreno se levantou e andou até uma figura que parecia perdido em meio àquela multidão.

- J-Jackson?!

- Vem sentar com a gente. – Ele se agarrou ao ruivo e arrastou-o até nossa mesa. O novato sorriu, o que fez surgir uma pontada de ciúmes em meu coração.

- Jaebum está sumido, não é mesmo? – Cruzei os braços e encarei-o.

- O-oi...? – Semicerrei os olhos. Como ele pôde esquecer meu nome?

- Youngjae... não se lembra?

- Ah, Youngjae! Lembro sim, desculpa. Jackie, eu te liguei no fim de semana, por que não atendeu?

Jackie? Desde quando os dois são tão íntimos assim? Só eu posso chamá-lo desse jeito.

- Ah... – Consegui perceber o nervosismo na fala do outro. Jackson estava coçando a nuca. Ato que somente realiza quando não sabe o que fazer. – Eu levei Jae no cinema, por isso não atendi. Esqueci de retornar.

- Entendi... – Jaebum parecia desconfortável com a situação. Não é à toa. Espero que ele tenha notado a real situação aqui. – Vocês dois estão...?

- Namorando. – Interrompi-o.

- Imaginei.

Naquele momento, um grito ressoou por todo o refeitório. Nós levantamos aflitos e logo uma multidão se formava ao redor da origem.

- Com licença, Presidente do Conselho passando. – Jinyoung abriu caminho em meio a muvuca e assim conseguimos perceber o que estava acontecendo.

Uma menina se encontrava aos prantos, enquanto olhava horrorizada ao corpo amarrado à escada.

- Mas que porra? Jackson, me ajude a tirar todos daqui. Yugyeom, vá procurar o diretor. Youngjae, você me ajuda a desce-lo.

Os meninos foram correndo fazerem suas tarefas e eu fiquei ali, atônito demais para mover um milímetro.

- Youngjae! – O moreno me gritou, me despertando do transe.

- Como isso aconteceu? Será que foi suicídio? – Subimos na escada e desamarramos o fio no pescoço que o prendia.

- Não acho que tenha sido. Está vendo essas marcas? – Ele aponta para um enorme machucado na cabeça do menino. – Alguma coisa o atingiu. E esse corte no pescoço é por causa do fio. Ele provavelmente não morreu por causa da pancada mas sim pelo estrangulamento.

- O que você quer dizer com isso?

- Isso não foi um simples caso de suicídio. Ele foi assassinado.

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