Capítulo IX

135 18 30
                                    

POV JAEBUM:

- Jaebum.

- Sim, mãe?!

- Eu vi na TV. Encontraram mais dois corpos. Este lugar não é mais seguro para nós.

- Você acha que são os caçadores de novo?

- Eles não fariam isso.

- Isso o quê? Matar pessoas?

- Assassinar crianças inocentes! Jaebum, elas foram encontradas exatamente como aquele garoto da sua escola. Mesmo que não estejam atrás dos seres sobrenaturais, isso certamente é um caso de serial Killer. E eu não quero que você seja o próximo.

- Mãe, eu agradeço a preocupação, mas eu sei me defender, me virar sozinho.

- Já sabe controlar os seus poderes?

- Não, mas eu sei me defender. Papai me ensinou a lutar.

- Seu pai não é como nós. Ele só fez taekwondo. Me sentiria mais segura se você treinasse com seu avô.

- O vovô já morreu! Não vou treinar com um espírito! Não quero ficar falando com as cinzas dele ou fazer qualquer ritual para invocá-lo! Muita bizarrice pra mim.

- Filho, faz pouco tempo que eu te contei sobre a nossa natureza. Fiz isso porque achei que já era maduro o suficiente para aprender a controlá-la.

- MÃE! – Ela assustou-se com o berro. – Será que não percebeu ainda? Eu não tenho poderes como a senhora! O DNA humano do meu pai falou mais forte.

- Seus poderes vão despertar! Todos da nossa família tem esse dom! Não existe a possibilidade de você...

- Ser o fracassado? – Interrompi-a.

- Não foi isso que eu quis dizer.

- Eu entendi o que você quis dizer. Só... me deixa sozinho.

E ela, sem mais alegar, entristeceu-se e se retirou do quarto.

***

POV JINYOUNG:

Depois do ocorrido, passei a receber mais e mais papeladas. Tive que ajudar o diretor a responder o questionário da polícia, entregar os arquivos do aluno assassinado, isolar o refeitório como cena de crime... e, para piorar, não vejo Mark há dias. Ele simplesmente desapareceu. Não vem à escola, não atende o telefone ou retorna às ligações.

Não vou mentir, a ideia de que ele possa ter sido a próxima vítima, me assombra.

- Jinyoung. – Uma batida na porta é ouvida por mim, me levantando para atender à porta.

- Youngjae? – O menino baixo de cabelos negros entra à sala, sentando-se no sofá. – Posso te ajudar em alguma coisa? – Me junto à ele.

- Sabe, eu estou me sentindo inútil. Não sei se notou, mas Mark está desaparecido. Jackson anda esquisito. Yugyeom mal fala comigo. Todos se isolaram e eu continuo sem entender o que realmente está acontecendo. Li no jornal que mais dois corpos foram encontrados, exatamente do mesmo jeito que o aluno daqui... você poderia me esclarecer? Sobre tudo?

- Eu não sei muito. Também não sei se estou autorizado a passar algumas informações, mas como eu confio em você, vou te contar o que eu sei. Eu grampeei o telefone do diretor há um tempo... – Notei o olhar estranho do outro me atingir, quando confessei tal. - ... longa história. E eu acabei escutando a conversa dele com o policial.

Cherry BlossomOnde histórias criam vida. Descubra agora