Três

404 56 8
                                    

Desculpem a demora...

FELIZ ANO NOVO...

SEM REVISÃO....

ESTRELINHAS E COMENTÁRIOS...

BEIJUUSSS

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Onde estava com a cabeça mesmo? Me deixei ser conduzida pelo beijo do Roberto.

Quente, urgente... Se ficássemos mais um pouco transaríamos ali, na varanda da casa que fora de meus bisavôs, no meio do dia, com os vaqueiros e peões no fundo da casa, esperando a ordem de pagamento que estava comigo.

- Dona Suzane os rapazes... estão te esperando.... - a Leda nos pegou.

- Ai, meu Deus.... - me afastei do Roberto num salto.

O cachorro estava rindo de minha reação enquanto ajeitava minha blusa.

- Oh, se não é il miglior cuoco dessas bandas.

- Senhor Roberto... Quanto tempo... - eles se abraçaram, trocaram uns beijos na face.

Quando a Carla veio nos visitar com sua família,há um ano, trouxe de quebra o Roberto. Ele seduziu a Leda, que conheço desde pequena. Ela trabalha para meus pais desde o meu nascimento, e está aqui, me dando a maior força quando me vi sozinha.

- O que faz, por estas bandas?

- Vim resolver umas coisas.. E pensar, per ché non comer as coisas boas que Ledina faz com tanto amor?

- Mas, é um amor mesmo... Tão educado, mas.... mas um rapaz tão lindo não deve ficar com tanta poeira assim, vamos vou te levar ao quarto e lhe dar umas toalhas... Depois temos um almoço especial no barracão.

- Perffeto!

- O Rapazes te esperam, vê se não atrasa mais....

Ela seguiu corredor à dentro e fiquei plantada na porta.

Eles conversavam como grandes amigos. Só me faltava essa.

- Ôo Leda, se empolgue muito não, o rapaz tão lindo vai embora amanhã de manhã; - gritei e apenas o Roberto se voltou com a mochila na costa, piscando olho para mim.

- Merda!

Sai batendo os pés descalços sob o assoalho bem encerado, sentindo o frio da madeira.

Tomei um banho relaxante e vesti uma bermuda acima do joelho e uma regata de sutiã na mesma cor. Adoraria ficar sem ele, mas teria que almoçar e despachar os trabalhadores da semana, e como meus avôs e pais faziam, almoçaríamos todos juntos no fundo da casa, em um barracão armado embaixo de várias árvores.

Era uma mesa enorme, com bancos que acompanhavam a mesa de madeira de lei, entalhada na lateral com vários desenhos rústicos. Havia uma churrasqueira e um fogão e forno de lenha , assim era possível que os cozinheiros do dia não sentisse falta de nada para preparar o almoço para até 30 pessoas.

Meus pais reformaram o local e colocaram um freezer e uma geladeira, assim, todos se serviam confortavelmente.

Era uma segunda cozinha, menos sóbria do que aquela na casa sede, com mais histórias e muito mais aconchegante que um refeitório comum.

Com a morte de meus pais, muito pensarem que essa tradição não fosse continuar, até eu, uma vez que conquistar a confiança desses peões aqui não foi nada fácil.

DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora