Capítulo 7: O nome daquele que começa com D

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 Cristina tinha se instalado na varanda, ela estava disposta a esperar a chegada da minha mãe.

Subi a escada cautelosamente fui até o meu quarto e peguei celular, disquei o numero do celular da minha mãe e aguardei, ela atendeu no segundo toque.

-Filha?Ta tudo bem?-perguntou ela rapidamente.

-Oi, mãe, a Cristina tá na porta de casa-falei tentando controlar o nervosismo.

-Como assim?-perguntou Nora, sem entender.

-Ela quer falar com você, tá sentada aqui na varanda e parece que não vai embora tão cedo.

-Essa mulher é louca-disse mamãe-Eu to presa aqui no escritório.-disse ela exausta.

-Tudo bem-menti-Eu fico aqui quietinha-falei.

-Não, eu vou ligar para sua tia, não peraí ela tem uma reunião nesse horário, eu vou...ah, vou ligar para mãe da Lea já que eles voltaram de viagem, fica aí que ela já vai te buscar.-avisou Nora.

-Tá-concordei e desliguei o telefone mas não me atrevi a mudar de posição.

Não demoraria muito para a mãe de Lea, Haley, chegar pois os Mason moravam apenas algumas casas a frente da minha, eu não queria incomodar eles mas ficar perto de Cristina sempre me deixava nervosa e ela nunca cansava de tentar me manipular e antigamente isso tinha funcionado.

"Eu tinha acabado de tomar minha dose de remédios quando uma mulher alta, de pele claro, cabelos castanhos até os ombros e que trajava um terninho creme entrou no meu quarto.

-Desculpe mas eu acho que a senhora entrou no quarto errado-falei com educação por mais estranho que a situação fosse.

-Não, Audrey, eu sei que estou no quarto certo-e me dirigiu um sorriso doce.

-Quem é você?-perguntei dessa vez sem esconder o quão confusa estava.

-Prazer, Cristina Tanner-apresentou-se e esticou a mão.

Eu imediatamente peguei o controle e estava prestes a pressionar o botão que chamava a enfermeira quando senti um toque gelado no meu cotovelo, subitamente eu congelei como se aquele toque irradiasse pelo meu corpo inteiro me imobilizando.

-Eu só vim para conversar-avisou ela.

Foi só quando ela se sentou na poltrona um pouco distante da minha maca que eu virei o rosto e a encarei, pude perceber a semelhança entre ela e seus filhos, o mesmo queixo, formato do rosto e cor dos olhos.

 -Eu sinto muito pelo o que meus filhos e os amigos deles fizeram com você, é realmente vergonhoso-declarou a mulher enquanto escondia o rosto com as duas mãos.

-Vergonha?Só sente isso?Não está horrorizada?Seus filhos fizeram isso!-minha voz ia se elevando cada vez mais enquanto eu era afetada por vários espasmos por conta da raiva.

-Sim, sim-ela irrompeu em lágrimas -Eu só não sei onde eu errei, quando o policial ligou e me falou o que eles tinham feito pensei que era um trote e, ai deus-as lágrimas não davam brecha.

-Afinal, por que a senhora está aqui?Se foi para desculpar-se, considere feito.Agora vai embora.-disse com uma expressão dura como pedra.

Cristina parou de fungar e começou a secar o rosto.

-Na verdade, eu queria te pedir algo, sei que e muito atrevimento da minha parte, mas você poderia não mencionar o nome dos meus filhos quando for dar se declaração para as autoridades?

They - Vol. 1: Old FriendOnde histórias criam vida. Descubra agora