𝗣𝗮𝗿𝘁𝗲 𝗜. 𝖮 𝗃𝗈𝗀𝗈 𝖼𝗈𝗆𝖾𝖼̧𝗈𝗎!

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Os detalhes podem estar escondidos onde menos esperamos, então, fique atento!


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Sherlock estava de pé em frente à cama tocando seu violino com a calma de uma criança que sonhava com anjos. O som razoavelmente alto do instrumento que ecoava pelo quarto fez John acordar. O doutor levou a mão até seus olhos esfregando-os a fim de amenizar a turbidez que os mesmos adquiriram assim que entraram em contato com a luz forte do visor do celular. Com as vistas mais acostumadas à luz, pôde ver que o relógio marcava 3 horas da madrugada. Watson se sentou na cama a fim de chamar a atenção de Sherlock, mas desistiu. Em vez disso, resolveu observá-lo.

— Qual é essa? Acho que nunca escutei — John disse com um tom de voz sereno encarando Sherlock que acomodava o violino e o arco escorados nos pés da cama assim que acabou de tocar.

— Adágio para Cordas de Samuel Barber — disse se acomodando cautelosamente ao lado de John.

— Ela é triste. Você está triste?

— Confuso.

Sherlock, ainda sentado na cama, inclinou seu corpo até alcançar o abajur e o acendeu fazendo uma luz baixa invadir o ambiente.

— Por que está confuso?

Sherlock apoiou sua mão esquerda na bochecha de John e deixou ali um carinho suave com seu polegar enquanto olhava fixamente para o rosto do doutor. Watson não pareceu se incomodar com a análise que Holmes fazia, mas a falta de respostas o deixou preocupado.

— Sherl, por que está confuso? — insistiu na pergunta.

— Eu me arrependo de não ter lhe dito antes o quanto eu te amo — o tom melancólico de Holmes era quase tão triste quanto à música que acabara de tocar.

— E isso te deixa confuso? — perguntou oferecendo um sorriso gentil.

— Você é muito importante para mim, Jawn, para a minha vida.

— Não pense desse jeito, Sherl.

Tudo naquela cena era sereno e o beijo que Sherlock deu em John não foi diferente. Ele levou a mão, que até agora descansava na bochecha levemente corada de John, até sua nuca, puxando-o gentilmente para perto. John deixou um selinho nos lábios de Sherl e logo se aconchegou sobre o seu colo sentindo os braços dele rodearem sua cintura. Watson apoiou uma mão no ombro de Holmes e a outra sentou entre o pescoço e o maxilar do detetive, que fechou os olhos no mesmo segundo para aproveitar ao máximo aquele toque. Suas bocas se encontraram acabando com a calmaria que havia dentro de Sherlock. Assim que sentiu os lábios de John tocarem os seus, todo o seu corpo deu sinal de vida. John causava em Sherl muito mais do que simples borboletas no estômago ou calafrios; no momento em que tinha a oportunidade de tocar e ser tocado por John, Sherlock era capaz de sentir cada gota de seu sangue correr em suas veias, o ar parecia dançar em seus pulmões e todos os seus neurônios trabalhavam arduamente para não perderem um detalhe sequer daquela ocasião. Cada movimento de John deixava tudo mais vívido para Sherlock.

As mãos de Watson resvalaram devagar, traçando um caminho delicado que partiu de seu pescoço, passou por sua clavícula, e correu por todo seu torso até chegar ao seu destino final. Watson acomodou ambas as mãos na barra da camiseta branca que Holmes usava como pijama, e a subiu devagar fazendo o beijo parar num estalo. O tronco de Sherlock parecia brincar no ar acompanhando o ritmo de sua respiração ofegante. John tirou sua própria camiseta e avançou até o pescoço de Sherl, deixando ali pequenos chupões intercalados por beijos. Watson empurrou seu corpo contra o de Holmes suavemente o fazendo deitar na cama com ele sobre seu colo. John começou então a traçar com seus lábios uma linha sutil que se inicializou na clavícula alva do detetive até estar enfim com os lábios rentes aos dele. O beijo que se iniciou fora um beijo plácido, Sherlock deu total liberdade para John explorar cada canto que quisesse de sua boca, e assim ele o fez, docemente, arrancando gemidos sôfregos de Holmes.

THE GAME IS OVER ❪case!lock❫Onde histórias criam vida. Descubra agora