Como Escrever Histórias de Realeza

Como Criar uma Dinastia

Por breepls

O mundo da literatura nos dá uma liberdade infinita para criarmos, seja personagens ou universos. Contudo, se você deseja retratar a realeza, mesmo que criando sua própria Dinastia, existem algumas regras para tornarmos nossa história mais próxima da realidade e fazermos jus a este subgênero.

Como dito no primeiro capítulo, o enredo pode ter a realeza somente como plano de fundo. Entretanto, se você utilizá-la para pautar o enredo e até mesmo a construção de suas personagens, deve se ater às tradições monárquicas.  A realeza e a dinâmica social baseada em um rei e sua corte são resultados diretos dessas tradições.

Por exemplo, no período Medieval o Rei não era qualquer um. Esse possuía sangue nobre, poder e terras para governar, além do apoio do Clero e da Nobreza. Ele não estava ali apenas por estar, havia uma série de porquês.

Podemos então dizer que existem algumas regrinhas que podem te ajudar a criar uma dinastia e a tornar a história mais verossímil quando for retrata-la e desenvolvê-la.

Como pode surgir uma dinastia?

Além do direito de sangue, que imperava principalmente na Idade Média, que garantia que os herdeiros de um Rei assumissem tal posto quando este morresse ou um nobre mais próximo com pretensão, o direito de conquista também permeava o jogo Real.

Como assim?

Por exemplo, a Dinastia Tudor chegou ao poder após uma série de disputas entre a Casa York e a Casa Lancaster da Inglaterra, ambas possuindo representantes que possuíam "o direito de sangue" ao Trono, cada uma delas com diferentes representantes e motivações.

Todos eles possuíam alguma pretensão ao Trono inglês, ou seja, possuíam algum sangue real ou estavam na linha de sucessão, assim como o próprio Henry VII. Ele chegou ao poder depois de derrotar Richard III  e casar-se com a princesa Isabel de York, uma das herdeiras do antigo Rei York . Assim ele deu fim ao conflito entre as duas Casas e ainda deu início a uma nova Dinastia, a Tudor e a qual assumiu o trono de forma legítima.

Assim uma dinastia pode ter surgido da união de outras anteriores, como a dinastia Tudor, abrindo-se espaço para questões: como e por quê?

Eram dinastias rivais? Estavam em guerra civil ou foi um acordo vantajoso que foi selado com um casamento? São alguns dos motivos que podem representar a união de duas ou mais dinastias.

Às vezes, quando um Rei possui apenas herdeiras mulheres ao trono, o casamento delas pode alterar a dinastia vigente. Como quando a Elizabeth I, que não casou nem teve herdeiros, morreu e a coroa passou a James Stuart da Escócia, um primo seu e o primeiro herdeiro dentro de sua linha de sucessão, o que acabou por unificar seus tronos.