Como Criar Personagens de uma Corte

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Por LauraaMachado e AndreaKAraujo

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Por LauraaMachado e AndreaKAraujo


 A coisa mais importante na hora de criar um personagem, seja ele vilão, mocinho ou coadjuvante, é que ele seja humano. Isso significa que seus personagens precisam ter características realistas, tanto defeitos quanto qualidades e, o que é essencial, que ele tenha limites.

Como eu, Laura Machado, explico no meu guia Dicas de Como Escrever uma História (que está no meu perfil LauraaMachado), limites fazem com que seus personagens não sejam improváveis ou impossíveis. Eles podem ser incríveis com uma espada, de se admirar toda vez que lutam, mas não podem ser impecáveis. Eles precisam de defeitos, de inseguranças, de momentos em que questionam a própria habilidade ou em que outra pessoa os questione. Eles não podem conquistar a todos, ou até mesmo serem odiados por todos. Eles não podem nem ser conhecidos ou reconhecidos por todos. Não podem ganhar sempre, nem perder. A vida não pode estar sempre do lado deles, nem sempre contra eles.

No meu guia, eu explico melhor os detalhes desses limites, e ainda falo do desenvolvimento dos personagens, a história deles, entre outras coisas. Tudo isso se encaixa também para personagens em uma história de realeza, então vale a pena dar uma olhada!

Uma coisa importante, aliás, de se considerar quando estiver escrevendo sobre personagens de posições altas em uma monarquia é que eles precisam ter modos e falas mais sofisticados do que plebeus. Então, tente prestar atenção nisso, principalmente se sua história for ficção histórica.

Membros de uma Corte

Se você quer escrever sobre intrigas na corte ou só sobre realeza, mas não tem ideia de que tipo de posição seu personagem pode tomar dentro da corte, aqui vai uma pequena lista das mais importantes para você se inspirar (posições do clero dependem muito da religião):

- Monarca: Rei ou Rainha, pode ser governante do reino ou só o símbolo da Coroa;

- Príncipe-Consorte: casado com a rainha, quando é ela a herdeira do trono;

- Rainha-Consorte: casada com o rei, quando ele é o herdeiro do trono;

- Príncipes e Princesas: podem ser filhos do rei e da rainha, ou irmãos (filhos de antigos reis);

- Damas de companhia: quase como criadas, mas com tarefas menos difíceis e mais próximas da rainha. Hoje em dia, são como amigas ou assessoras próximas;

- Criados pessoais: são aqueles que arrumam as camas, ajudam os membros da corte se vestirem, normalmente têm pouco espaço nas histórias;

- Duques e duquesas: título que vêm com terras. Normalmente, o título é dado ao duque e sua mulher vira duquesa. Mulher solteira não costuma receber esse título, mas homens solteiros, sim;

- Condes e Condessas: mesma coisa que os duques, mas referente a condados;

- Rei de Armas: cavaleiro que é responsável pelos brasões do país;

- Master dos Cavalos/da Caça: basicamente o que o nome diz. É um dos títulos 'inventados', que pode ou não conceder terras, depende do monarca;

- Secretário de Estado: cuja função era comunicar os desejos do monarca;

- Primeiro Ministro: apesar de hoje muitas vezes significar que é o verdadeiro chefe de Estado, é uma posição que existe há muito tempo, tendo sobrevivido até durante o absolutismo Tudor. Sua função era ser o conselheiro principal do monarca, além de assegurar que as ordens dele sejam cumpridas. Hoje em dia, onde é o chefe de Estado, é quem monta o governo;

- Conselheiros: grupo de pessoas, normalmente homens com títulos importantes, escolhidos pelo monarca para lhe aconselhar sobre suas decisões;

- Camareiro-Mor: chefe dos funcionários da corte, entre criados e servidores;

- Bobo da corte: encarregado de fazer o monarca rir quando ele quiser, apesar de ser uma posição bastante rara hoje em dia;

- Guardião do Selo: responsável pelo selo e a moeda do país. Título muitas vezes honorário;

- Ministros: quando membros de uma monarquia mais moderna e constitucional, se comportam como ministros de uma república;

- Embaixadores de diversos países: é uma função bastante antiga, que sempre carregou certa proteção diplomática. Até mesmo - ou principalmente, - quando os países estavam em guerra, os embaixadores moravam nas cortes estrangeiras para repassar mensagens entre monarcas;

- Grande Mestre: autoridade máxima entre ordens, como, por exemplo, a Ordem da Jarreteira, uma das mais antigas ordens de cavalaria da Inglaterra;

- Cavaleiros: soldado de antigamente.

Vale lembrar duas coisas importantes: o monarca tem o poder de criar títulos e conceder direitos ao seu portador, mas essa liberdade fica cada vez mais restrita em monarquias mais modernas. Um rei ou rainha absolutistas podiam criar títulos dos mais absurdos e não serem contestados. Mas, em uma época em que o povo está mais envolvido na política, como a nossa, isso seria improvável e provavelmente teria consequências.

Além disso, nós não somos profissionais nessa área e, caso você queira escrever um romance com personagens importantes em qualquer um desses cargos, aconselhamos pesquisar mais sobre ele antes!

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