Capitulo 43

237 22 0
                                    

Zayn's P.O.V. On

No mesmo hotel,eu e a Barbara fomos buscar o Liam e a Tamara para fugirmos dali enquanto podíamos.

Não sei o que é que a minha tia, irmã do meu pai possa ter a ver com a Barbara.Não sei mesmo,não faço ideia.Ela sempre foi uma mulher de negócios,uma modelo,sem marido,sem filhos.É verdade que recentemente se casou sim.Casou-se com o Daryl á 6 anos mas nunca tiveram filhos.A sua idade de modelo acabou e agora ela é uma mulher dada aos negócios,não de escravatura como o meu pai.Ela tem uma empresa de modelos com um nome meio estranho.

Por isso eu não faço ideia do que quer que esteja por trás de tudo isto.

A única coisa que eu sei,aliás não sei mas sinto é que a pessoa anónima que nos escreve as cartas,que diz que nos protege é alguém de confiança.

Não sei porquê nem como,apenas sinto.Talvez pela maneira como as palavras são escritas naquela carta...É difícil explicar mas é assim.Algo naquelas palavras escritas por computador que me fazem-me confiar, só não entendo o quê.

Assim que os encontrámos, pouco explicámos.Apenas avisamos que devíamos fugir.

Arrumaram poucas coisas que tinham e entrámos no elevador.

-Mas como é que vocês sabem?
-Depois explicamos.-disse a Barbara que tinha a sua mão entrelaçada com a minha.

Eu podia sentir o seu medo cada vez que os nossos olhos se encontravam.Ela podia esconder que de nada adiantava.

Saímos do elevador rápido e nem tempo tivemos para avisar que nós íamos embora.

Em passos largos,fomos em direção á porta grande.O Liam e a Tamara atrás de nós e a Barbara um pouco mais á minha frente apesar de termos as nossas mãos juntas.

Os seus olhos castanhos direcionaram-se para a rua e ela deu imediatamente um passo atrás.

Olhei lá para fora com cautela e vi muitos carros pretos com alguns homens que apenas por olhar, era possível se notar que não eram bons homens e pareciam estar armados.

-O que fazemos agora?-perguntou a Tamara.
-Eles são muitos,nunca os vamos conseguir vencer.-acrescentou a Barbara.
-Nós temos que sair daqui.Eles ainda podem entrar a qualquer momento.-disse eu.
-Tu és louco?-o Liam exaltou-se.-Se sairmos daqui por aquela porta é como se cometessemos suicídio.Nós estamos encurralados.

Por breves segundos pensei.

-Venham comigo.

Levei a Barbara e os outros dois seguiram-me.Fomos para dentro do restaurante do hotel.Muitas pessoas olharam para nós.Seja por estarmos a andar rápido,pela mochila que o Liam carregava ou até mesmo por entrarmos pela cozinha a dentro.

-O que é que vocês estão a fazer aqui?Isto é uma área restrita para empregados.-falou o que parecia ser o chefe de cozinha.

Dei-lhe um empurrão para que saísse da frente e acabei por chegar a uma porta de traseiras.

-Eu vou chamar o segurança e vocês vão-se dar mal com as autoridades!-ameaçou.

Dei um sorriso irónico.

-Acredite, a polícia é o menor dos nossos problemas.

Sai dali com os outros três e fomos dar a um beco.

-Temos que deixar os carros para trás ou seremos apanhados mais depressa.-disse o Liam correspondendo ao que estava a pensar.

Descemos por uma rua com poucas pessoas.Apenas drogados,alcoólicos e prostitutas.

-Onde estamos?-reparei que a mulher ao meu lado se sentia perdida.
-Eu sei onde,confiem em mim.
-Difícil confiar num filho de um traficante.

Ignorei o comentário do melhor amigo da Barbara.Em pouco tempo e a andar rápido acabamos por chegar a uma rua mais populosa com uma estação subterrânea.

-Estão a seguir-nos.-disse a Tamara o suficiente para ouvirmos mas não o suficiente alto para os outros ouvirem.

Comecei a andar mais depressa e os outros também.Empurrando pessoas,fugindo ao máximo.

Eles não demoraram muito para começarem a disparar e as pessoas,em pânico gritavam e tentavam fugir numa direção qualquer.

Nós corremos o mais depressa possível para dentro da estação,empurrando todos os que vinham.

Os tiros não paravam e parecia que quanto mais queríamos fugir mais difícil era pelo caos que eles estavam a causar.

Vimos as portas abertas de um metro e fomos a correr para lá.

Ofegante,empurrei primeiro a Barbara para lá e senti uma dor contra o meu corpo.

Felizmente conseguimos entrar todos,as portas do metro fecharam e nós saímos dali.

Suspirei.

-Zayn...

Ouvi a voz da Barbara e encarei-a.

-O que foi?
-Tu levaste um tiro.

Os seus olhos preocupados foram direcionados para o lugar onde fui atingido.

Merda, estou fudido.

 Business{Z.M.}Onde histórias criam vida. Descubra agora