"Minha mente é como o vento, e eu nem sei onde fui parar. -Ariel Walter "

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Ariel abriu os olhos e se deu conta em que estava deitado em um campo de futebol, ele olhou em volta estava de noite e não havia ninguém lá, tinha algo de errado, Ariel estava coberto de sangue! Ele ficou apavorado, não sabia o que fazer. Por sorte passava um carro de polícia próximo ao campo, ele saiu correndo gritando pedindo ajuda, chegando perto ao carro o rosto do policial se empaleceu!

- O que aconteceu? Você esta perdido? - perguntou o policial.

- Eu não sei - disse Ariel - não sei como vim parar aqui - ele falou quase chorando - você pode me ajudar a ir para casa?

- Tudo bem, entre no carro - abrindo a porta para que ele entrasse - você terá que me guiar - o policial falou olhando para o menino e viu que ele estava mais assustado que ele - me diz, qual a sua idade?

- Oito - a voz de Ariel saiu com um meio choro.

O policial não disse nada, pelo contrário, ficou quieto e pensando o que uma criança está fazendo na rua essa hora, já passará da meia noite. Ariel foi indicando onde era sua casa para  o policial. Chegando lá uma mulher os atendeu, Clarice, o semblante dela parecia preocupada mas ao ver o menino a expressão facial dela mudou.

- Ah você está ai menino! - as palavra saíram como um alivio e não houve surpresa ao vê-lo coberto de sangue - venha, entre! - Clarice abraçou o menino e estendeu a mão em direção a escada - suba, tome um banho e vista-se, irei conversar com o policial.

Ariel não disse nada, apenas retribuiu o sorriso doce que saia dos lábios de Clarice e subiu. Tomou um banho, vestiu-se e foi para seu quarto, deitou e adormeceu (...)

* * *

Setembro de 1997

Ariel abriu os olhos assustados, levantou como um pulo de sua cama, olhou em volta, olhou suas roupa e caminhou ate o espelho:

- Mais um sonho - disse para ele mesmo em frente ao espelho suspenso sobre a escrivaninha em seu quarto.

A vida de Ariel era como um filme que ele via distante, as vezes ele atuava e as vezes não, nem sempre sabia o que era verdadeiro ou o que sua mente projetava para engana-lo. Mas de uma coisa ele sabia, tinha algo de errado com ele, algo que ele não sabia o que era exatamente mas iria descobrir.
Ele se vestiu, desceu as escadas e foi a cozinha onde Clarice estava preparando seu café da manhã.

- Bom dia, Clarice.

- Bom dia, querido! - disse ela com o mais doce sorriso em seu rosto - fiz panquecas!

- Hummm - nesse momento aquele sonho da noite passada rodava em sua mente, ele não queria falar com Clarice sobre ele mas era preciso, a várias noites ele sonhava com aquilo, e isso começava a atordoa-lo, esperou um momento, começou a comer, respirou fundo e então perguntou:

- Clarice, quando eu tinha 8 anos aconteceu algo comigo?

- Não venha com essa de novo querido, vá direto ao assunto! Do que lembrou essa vez? - Clarice sabia que Ariel tinha certas perdas de memoria, não lembrava de boa parte de sua infância e as vezes de sua adolescência. Vez ou outra ele tinha alguns lapsos e ela tinha que explicar o que acontecia, já que seu amigo de infância, Jacob, não estava na cidade por que fora viajar com a família então, ela era a única mais próxima dele.
Clarice não era a mãe de Ariel, nem avó, não era da família de Ariel, mas ela o criou dês de pequeno e Clarice era sua segunda mãe, a mãe biológica de Ariel, Emma Walter, abandonou o menino com 5 anos de idade depois que caiu das drogas e no álcool. A última vez que Ariel ouvir falar de sua mãe ela estava em uma clinica de reabilitação. O pai de Ariel, John, depois que descobriu que Emma estava grávida a largou, e anos depois foi assassinado a facadas, nunca descobriram quem o matou. Emma nunca teve condições alguma de criar Ariel sozinha, começou a se drogar e beber, então o deu a Clarice que era a vizinha mais chegada a ela e já era como da família. E ela prometeu cuidar dele como se fosse seu próprio filho.

Meu Verdadeiro EuOnde histórias criam vida. Descubra agora