Capítulo 19

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Acordei com dor de cabeça, fui ao banheiro fazer minha higiênes e troquei de roupa.

Lembrei do que Jimin disse ontem. Então saí do meu quarto, indo em direção ao dele. Bati uma vez, e abri a porta devagar, revelando meu irmão colocando uma camiseta.

—Bom dia. —digo entrando.

—Bom dia.

—Vamos que eu estou com fome.

—Ok.

—Você vai ir para a aula de dança hoje? —perguntei, quando saímos do quarto.

—Não vou hoje. Meu professor me liberou.

Descemos as escadas e lá estavam nossos pais, tomando café na cozinha. Fomos até lá, eu ne sentei na mesa e Jimin se sentou ao meu lado.

—Bom dia!! —minha mãe diz sorrindo. É a mesma mulher de ontem à noite?

Eu apenas servi meu café, enquanto Jimin se servia com uma torrada. Enquanto nós comíamos, minha mãe e meu pai se posicionaram na nossa frente nos encarando, mas precisamente, me encarando.

—Minha filha, com essa confusão toda, eu e seu pai, tomamos a liberdade de escolher um noivo para você.

Eu quase me afoguei com o café e Jimin quase de engasgou com sua torrada.

—Quê?! —soltei.

—Isso mesmo. Seu noivo se chama Sungjoo, Kim Sungjoo.

—A empresa do pai dele nada em dinheiro. O pai dele aceitou a proposta, e com esse casamento poderemos ser sócios, não é maravilhoso? —meu pai abriu os braços, pela primeira vez, sorrindo.

É isso? Minha vida vai ser assim? Sendo usada, para meu pai ganhar dinheiro? Meu pai acha que o mundo gira em dinheiro e empresas que abre mão da sua filha, para isso...

—EU ODEIO ISSO!!!!! —soltei gritando. Meu pensamentos me explodiram! Me levantei e fui correndo para meu quarto.

Eu só queria que isso fosse um sonho, que eu ia acordar e tudo isso acabaria. Que eu acordasse com uma mensagem de Namjoon, me convidando para sair.

Minha porta foi aberta, e minha mãe entrou. Eu a olhei, esperando que ela dissese para mim que não era preciso fazer isso.

—Olha aqui —ela segurou meu maxilar, o apertando, fazendo eu a olhar nos olhos.— você vai obedecer a mim e a seu pai, querendo você ou não! Hoje Sungjoo e seu pai vão vir jantar aqui em casa. Quero você bem linda e com um sorriso no rosto, ouviu?! —ela me largou bruscamente.— Faça tudo que for preciso para Sungjoo se apaixonar intensamente por você.

Abaixei a cabeça, então senti algo um pouco pesado cair me meu colo, meu celular!

—Eu vou te devolver, mas não quero ver você trocando mensagem com aquele idiota!!

Assenti e ela saiu do quarto. Rapidamente desbloqueei o aparelho fuçei em tudo. Não mudou nada, apenas minha conversa com Namjoon foi apagada.


Eu estava no meu quarto, me olhando no grande espelho. Eu não quero fazer isso, isso não era para acontecer. Por quê?!!

A porta do meu quarto foi aberta, revelando meu irmão.

—Sungjoo e seu pai já chegaram.

—Ok, já vou descer. —e voltei a minha atenção para o vestido bordô que eu usava.

—Me desculpe, dongsaeng. —ouvi meu irmão dizer em um tom baixo. O encarei, e ele levantou seus olhinhos brilhosos para me encarar.— Me desculpa por.. não poder fazer nada.

—Jimin-oppa. —fui até ele e o abraçei.— Não é sua culpa, realmente não tem o quê fazer.

—Tudo bem.

—Vamos descer, antes que a omma me leve até lá pelos cabelos.

Jimin soltou uma risada baixa.

Desci as escadas com Jimin átras de mim. Avistei um homem alto ao lado do meu pai. Ao lado desse homem, havia um menino, que eu deduzo que seja o tal Sungjoo.

—Olá, meu nome é Min San. —fiz uma reverência para os dois.— Prazer em conhecê-los.

—Que menina linda! Sou o Sr.Kim, e esse é o meu querido filho, Kim Sungjoo. —o homem disse colocando a mão no ombro de seu filho.

—Olá. —ele me fez uma reverência.

—Bom, agora vamos jantar? —minha mãe disse sorrindo.

•••

O jantar foi a coisa mais chata, nossos pais só falavam de negócios e mais negócios. Pude ver no olhar de Sungjoo que o mesmo não aguentava mais estar alí, assim como eu.

Depois de um tempo, senti a falta do menino na sala, então fui para o jardim. Abri a porta para o pátio e lá estava ele, sentado em um banco.

Fecho a porta e vou até lá, sentando ao seu lado.

—Oi.

—Ah, oi. —ele olhou para mim, mas logo voltou a olhar as flores que alí estavam plantadas. Ficou um silêncio entre nós dois, então ele me encarou.— Você.. não parece feliz com esse casamento.

—Ah... você.. está?

—Eu perguntei primeiro.

—Pra ser sincera.. não. Não é você, claro que não! É.. por outras coisas.

—Um menino? —o encarei.

—Talvez.. —olhei para minhas próprias mãos.

—Imaginei.

—Agora me responda. —o encarei novamente.

—Sabe.. eu gostei de você. Gostei muito. Por mais que temos conversado pouco, eu adorei você. Mas.. se existe outra pessoa, não temos como..

—Sungjoo, me desculpe. Eu gostei de você, mas.. eu não consigo fazer isso. Mas também, não temos escolha.. 

Ficou um silêncio, apenas com alguns grilos cantando alto. Sungjoo chegou mais perto de mim e sussurou:

—Nossos pais estão nos encarando. Devemos só.. fazer isso..

Eu virei meu rosto e fui surpreendida com seus lábios sendo selados aos meus. Eu fiquei estática, mas logo relaxei e fechei meus olhos.

Seus lábios tinham o sabor de hortelã, meio amargo mas doce. Sua mão foi até a minha nuca quando senti nossas línguas se tocarem.

Eu só estou fazendo isso por causa dos meus pais. Eu pensava.

Quando o beijo acabou por conta de nos faltar ar, Sungjoo sorriu.

—Eu vou te ajudar a ficar com esse garoto.

Um sorriso brotou em meus lábios.

Continua..

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