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   Muitas pessoas podem achar besteira ou podem achar que sou mimada depois, mas não sabem como é minha vida. Não sabem como é não poder viver, não poder fazer nada de errado, ser sempre a certinha, eu não sou assim. Nesses últimos anos foram horríveis para mim, meu pai me privava de tudo, eu tive que estudar em casa.

    Meu pai já era bem conhecido por ser um grande empresário e quando se tornou presidente piorou. As pessoas adoram uma fofoca, não sei o qual o prazer de saber da vida dos outros e mais ainda em julga-los, esses últimos dois anos foi um saco.

     Eu estava apenas me descobrindo, vivendo, confesso que exagerei um pouco, mas eu só queria me divertir como uma adolescente normal.
 
    Fui em algumas baladas, festas e tudo mais. Fiz algumas besteiras como consumir bebidas alcoólicas e pegar alguns caras, sim. Aprendi muito com tudo isso, mas não vou mudar meu jeito de ser por causa da mídia.

    Há um ano eu comecei a fazer aulas de português, sempre admirei o Brasil, estive lá uma vez quando tinha mais ou menos 14 ou 15 anos, e amei. O clima é ótimo, as músicas tem algo diferente, o carnaval, a o carnaval é incrível.

    Conheci uma garota de lá, ela mora no Rio de Janeiro, que foi uma das cidades que visitei e é para lá que eu vou.

    Conversei muito com o meu pai, ele achou loucura mas aceitou. Mas com algumas condições, sempre tem condições. Algumas delas são, ele me dar um apartamento, um carro, não expor muito a minha vida nas redes sociais, bom eu tenho apenas instagram e whatsapp, snapchat também mas não uso.

     Estou indo passar o dia com meu pai, essa também foi uma das condições. Só temos um ao outro, e não vai ser fácil para nenhum dos dois, nunca ficamos muito tempo longe um do outro. Mas será apenas 6 meses lá, talvez. Quem sabe eu goste e não queira voltar.

  Kath: Bom dia pai!

Digo me sentando a mesa.

Alexander:  Bom dia meu amor! Está ansiosa para a viagem?

Kath: Um pouco.

Alexander: O seu apartamento está pronto, o carro também. E seu vôo é amanhã de manhã. 

Kath: Obrigada pai, por tudo. Eu te amo. - digo o abraçando.

Alexander: Também te amo meu amor! E aquele meu amigo, ele vai buscar você no aeroporto e te levar até o apartamento. E claro pedi para as vezes ver se você está bem, já que não me deixou contratar seguranças.

Kath: Você não tem jeito mesmo não é Sr. Foster. Eu me viro, aprendi bem o português. - Sorrio.

Alexander: E o que vamos fazer hoje? Tirei o dia inteiro de folga, minha atenção é toda sua.

Kath: Bom, sair não é boa ideia, os jornalistas te perseguem. Então pensei em um filme com muita besteira.

Alexander: Então passamos a tarde aqui e a noite vamos ao cinema, tem aquele filme de ação que eu queria ver, podemos jantar depois ou comer aquelas besteiras que você tanto adora.

Kath: Fechado. É Mcdonald's pai. - digo sorrindo.

  E assim foi, passamos a tarde assim, assistindo um filme de comédia no netflix, e comendo. Ele recebeu algumas ligações e rejeitou todas, e depois desligou os celulares. Sim, celulares... Ele tem três um pessoal, um para negócios da empresa e outro com assuntos da presidência. Ele tem uma empresa de engenharia, a "K.F. engenharia".

    Eu compreendo que ele é bastante ocupado, ciumento e bem protetor e eu não reclamo por isso, ele sempre arruma um tempo pra mim, sempre passamos o domingo juntos.  Ele só tem medo de me perder, como sou a única pessoa que ele tem. Ele não fala muito da minha mãe, eu só sei que ela morreu, não me lembro dela só tenho uma foto. Tenho alguns tios e primos mas eles são bem distantes.

Katherine FosterOnde histórias criam vida. Descubra agora