Capítulo 6 - Ninguém Vai lhe Fazer Mal

108 4 0
                                    

 * 2 semanas depois *

POV - ANNIE

- Certeza Annie? *Perguntou Thalia pela quinta vez

- Sim amiga, quero ficar em casa. Vão vocês, espero quando chegarem pra me contar tudo. *Disse me enrolando mais no cobertor.

- Você vai deixar de sair por causa do Jackson? *Perguntou uma Clarisse com cara de tédio

- Não é por causa disso Clari. Eu só não quero ir. Prefiro a minha querida Netflix.

- Ta bom sua chata. Quer ficar ai? Caguei. Vem Cali *Disse Piper puxando Calipso pra fora do meu quarto. Thalia me lançou um último olhar carinhoso e se retirou fechando a porta.

Me virei e fiquei encarando a janela que tinha vista para a casa dos meninos. A saudades de Percy sempre palpitava, cada vez mais. Desde aquele dia no hospital ele não falará mais comigo. Será que foi um erro ser gentil com Léo? Mas cara, ele tem uma doença, como poderia culpar se ele nasceu com isso?? Eu quase sentia a mesma dor que ele, por estar longe do Percy.

Continuei encarando a casa dele. E assim que encarei a piscina sentei na cama rapidamente, ele estava lá. Mas todos os meninos tinham saído pra mesma balada que as meninas foram. Porque ele não foi? 

- Ah mas ele vai falar comigo agora. *Peguei meu celular, arrumei meu pijama no espelho juntamente com meu cabelo e fui em direção as escadas. 

Então ouvi barulhos e vozes, será que alguém esqueceu algo?

- Você tem certeza que a casa ta vazia? *Ouvi um sussurro estranho que me fez dar um passo pra trás

- Sim cara, vi todas saindo com o pessoal da outra casa, depois vamos lá também. *Respondeu outra voz.  *Dois estranhos, na minha casa. Ladrões

Voltei para meu quarto com a mão na boca e fechei a porta sem fazer barulho. Ouvi um barulho no quarto do lado, Thalia. Entrei correndo no armário de quarto e me escondi atrás de uns vestidos longos. Percebi que estava chorando ao sentir um gosto salgado na boca.

Peguei meu celular e disquei o número da polícia. 

- Alô, policia. Qual sua emergência?

- Minha casa está sendo assaltada, tem dois homens roubando tudo. Estou sozinha em casa e logo eles vão me achar. Manda alguém pra cá por favor. *Disse meu endereço certinho e gelei ao ouvir a porta abrindo. 

- Ele entrou. Rápido *Disse pra mulher e abaixei o volume da voz dela. 

Ela disse pra não desligar em hipótese alguma e ficar quieta que logo eles iriam chegar. Quase sem respirar vi eles passarem na minha frente graças a fresta no armário. 

- Não tem muita coisa de interessante nesse quarto, só esse computador velho e livros. Não pega nada, essa bugiganga não vai vender nunca *Disse ao outro rindo e indo em direção a saída. 

Ao vê-los passar da porta soltei sem querer um suspiro de alívio, e foi alto demais. Eles pararam, se olharam e lentamente foram voltando. A lágrimas aumentaram enquanto via eles olharem em baixo da cama, no banheiro, até entrarem no armário. Não mexi na esperança de os vestidos me esconderem. 

- Olha olha olha. Temos uma princesa aqui *Ele disse ao tirar os vestidos da minha frente. Minhas lágrimas aumentaram e eu o encarei.

Era um cara alto, muito alto. Olhos negros, pele clara, cabelos louros.

- Olha só cara, será que dá pra gente se divertir com essa putinha *Disse me puxando pra cima e mostrando ao seu parceiro. Ele era baixo, moreno, olho azul e pele escura.

Quando o destino quer...Onde histórias criam vida. Descubra agora